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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Metroplan apresenta proposta emergencial de unificação do transporte coletivo

 Iniciativa, que tem como objetivo diminuir a perda de pessageiros, depende de adesão dos municípios para sair do papel



A Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) apresentou nesta terça-feira, projeto para unificação do transporte público na Grande Porto Alegre. A ideia, que já foi também discutida com os prefeitos da região, é diminuir a sobreposição de linhas e melhorar a eficiência do sistema de transporte metropolitano e das cidades, principalmente em resposta à crise provocada pela pandemia de Covid-19. Mas a iniciativa, que não é impositiva, depende de adesão de cada um dos municípios para poder sair do papel.

O secretário de Articulação e Apoio ao Municípios do Rio Grande do Sul, Agostinho Meirelles Neto, diz que o projeto vem tentar diminuir a perda de passageiros do sistema, que em 10 anos, perdeu 48 milhões de usuários/ano, passando de 150 milhões em 2010 para 102 milhões em 2019. “É inviável que o Estado faça um aporte no sistema de transporte ou que se dê isenção ou redução da carga tributária nos insumos do transporte coletivo. É uma discussão de médio e longo prazo”, alega Neto, ao responder sobre alguns dos pedidos feitos pelos prefeitos.

O superintendente da Metroplan, Rodrigo Schnitzer afirma que a solução imediata é diminuir as sobreposições das linhas para suprir a queda na demanda e a dificuldade em manter o serviço durante pandemia de Covid-19. Em algumas cidades, como Alvorada, por exemplo, as linhas intermunicipais cobrem 145,75 quilômetros, as urbanas 113,19 quilômetros e a sobreposição ocorre em trechos que somam 87,57 quilômetros.

As cidades que resolverem aderir, precisam passar por uma etapa institucional, onde é feito um protocolo de intenções e um diagnóstico da situação, e uma etapa operacional, onde são feitas a racionalização do sistema, como será a gestão, modelo tecnológico e tarifário, além do plano de implementação. “São arranjos operacionais que deem sustentabilidade a isso, para que o metropolitano não fique subutilizado”, coloca Schnitzer.

O superintendente acredita que devido à ligeira implementação, não seja possível ainda ter um cartão de passagens único, integrando inclusive com o Trensurb e o Catamarã. “Dentro daquela proposta de rearranjo tecnológico, vamos tentar ter um cartão único. Mas a ideia é caminhar para aceitar vários cartões, não tendo diferença entre o ônibus ser metropolitano ou municipal, desde que tu pagues a respectiva tarifa” acrescenta.  

A unificação não afeta a licitação das linhas metropolitanas, prevista para ser lançada até o final deste primeiro semestre, mas segundo Schnitzer, terá pontos em comum: “Mas já estamos prevendo também, nos contratos da nova licitação, poder promover este arranjo com novos municípios a qualquer tempo”, conclui.  


Correio do Povo

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