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sábado, 10 de outubro de 2020

FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA - História virtual

 FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA



A ideia de se criar uma força militar para participar do conflito surgiu em fevereiro de 1943, no encontro dos presidentes dos Estados Unidos e do Brasil, Franklin Roosevelt e Getúlio Vargas, na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte. Na ocasião, Getúlio argumentou que o envio de tropas dependeria exclusivamente do reaparelhamento bélico das Forças Armadas Brasileiras.

A FEB (Força Expedicionária Brasileira) foi criada com o intuito de levar o Brasil ao Teatro de Operações na Itália.


Figura 6: Encontro de Roosevelt e Vargas em Natal - RN

Fonte: http://www.natal-brazil.com/photos/franklin-delano-roosevelt.jpg

8.1. E A COBRA FUMOU

Em resposta a alguns críticos que diziam que seria mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil enviar tropas para luta na guerra foi esse o grito de guerra da FEB durante a campanha na Itália. O Desenhista americano Walt Disney já havia criado o personagem Zé carioca, em homenagem ao Brasil. Ele foi convidado a pedido do jornal o Globo para estilizar o lema da FEB, criara uma cobra verde, com um capacete e que fumava um cachimbo disparava duas pistolas nas mãos, rapidamente foi bem aceito pela população que logo foi estampado nos uniformes dos pracinhas


Figura 7: Desenho de Walt Disney em homenagem a FEB

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-Fonte:5oa95gyjF_g/TmgNGLs5z2I/AAAAAAAAEnU/ZcMVYOf8Tus/s1600/cobra.bmp

8.2. FALTA DE PRAPARO DOS PRACINHAS

A falta de preparo dos pracinhas era tamanha que muitos deles mal sabiam usar os armamentos que recebiam do exército estadunidense, os aliados ficavam preocupados com a pouca experiência dos pracinhas.

Os Estados Unidos, por exemplo, tinham tropas especializadas em montanha, a 10.ª Divisão de Montanha, os brasileiros não tinham experiência nenhuma, muitos deles nunca tinham visto uma montanha, como comenta um veterano no documentário Heróis Esquecidos: ‘’Eu nunca tinha visto uma montanha, vi o Pico do Jaraguá e o Pão de Açúcar de longe’’.

Os Americanos reclamavam muito das baixas desnecessárias às forças aliadas, um erro grotesco foi cometido em 12 de dezembro de 1944, por um pracinha. Os brasileiros invadiram uma casa abarrotada de alemães, matando todos os inimigos, saíram, contudo, sem verificar o porão, havia um único soldado alemão que metralhou 17 brasileiros pelas costas, uma lamentável negligência tal fato relatado no livro Bardudos, sujos e fatigados de Cezar Campiani.

Existem outros relatos de que combatentes brasileiros brincavam com minas antitanque no acampamento militar.

As dificuldades no front foram imensas, frio, a comida, e as péssimas condições de higiene, alguns combatentes chegavam a dormir ao lado de cadáveres, outra dificuldade era a qualidade dos uniformes produzidos no Brasil, que eram péssimos, seus uniformes se assemelhava muito com os dos alemães, chegavam até a confundir-se como prisioneiros de guerra.


Figura 8: Desembarque em Nápoles

Fonte: http://users.cjb.net/feb/foto_index.jpg


8.3. GENERAIS BRASILEIROS

Os nomes apresentados abaixo são de generais que já possuíam esse cargo antes da campanha da FEB:


João Batista Mascarenhas de Moraes (1883-1968); Comandante da 1ª D.I.E.


Oswaldo Cordeiro de Farias (1901-1981); Comandante da Artilharia Divisionária.


Euclydes Zenobio da Costa (1893-1962); Comandante da Infantaria.


Olympio Falconière da Cunha (1891-1967); Comandante dos Órgãos não Divisionários.

Os nomes apresentados abaixo são de generais que foram promovidos para esse cargo após a campanha da FEB:



Carlos de Meira Mattos; Oficial-de-Ligação da 1ª D.I.E.


Plínio Pitaluga; Comandante do Esquadrão de Reconhecimento.


Domingos Ventura Pinto Júnior (1915-2007); Comandante da CIA de Obuses 105 mm


11º RI – Regimento de Infantaria


Álvaro Alves dos Santos (1908-1974); Chefe do Serviço de Contra-Informações da 1ª D.I.E




Figura 9: Da esquerda para a direita Zenóbio da Costa (Comandante da Infantaria Divisionária) Mascarenhas de Morais (Comandante da FEB) Cordeiro de Farias (Comandante da Artilharia Divisionária).



Fonte:http://t0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRghCrCn06XMBaKPT0_H5A7VdPu9A363SzRF7cUD5EF5pbhKBEIIA

8.4. PERFIL DOS SOLDADOS

Existiam pouquíssimos soldados profissionais. Mais da metade os oficiais subalternos eram reservistas e metade os efetivos eram recém recrutados, maioria era da zona rural e com baixos níveis de educação, algo interessante na nossa tropa era que era a única que foi racialmente integrada, existia um política de segregação nas demais tropas, negros e brancos jamais lutavam juntos, existia uma divisão própria para negros, a FEB excluía seus soldados negros em desfiles, colocavam-nos onde era menos vistos, racismo típico daquela época.


8.5. VITÓRIAS DA FEB

Aqui está à lista de todas as batalhas em que a FEB foi vitoriosa:


Mazzarozza: em 16 de setembro de 1.944;


Camaiore: em 18 de setembro de 1.944;


Monte Prano: em 28 de setembro de 1.944;


Fornacci: em 06 de outubro de 1.944;


Galicano: em 07 de outubro de 1.944;


Barga: em 07 de outubro de 1.944;


Sam Quirico: em 30 de outubro de 1.944;


Monte Cavallaro: em 16 de novembro de 1.944;


Monte Castelo: em 21 de fevereiro de 1.945;


La Serra: em 25 de fevereiro de 1.945


Santa Maria Villiana: em 04 de março de 1.945;


Castel Nuovo: em 05 de março de 1.945;


Montese: em 14 de abril de 1.945;


Paravento: em 15 de abril de 1.945;


Monte Maiolo: em 19 de abril de 1.945;


Rivela: em 20 de abril de 1.945;


Zocca: em 21 de abril de 1.945;


Formigine: em 27 de abril de 1.945;


Colechio: em 28 de abril de 1.945;


Castelvetro: em 28 de abril de 1.945;


Fornovo: em 28 de abril de 1.945.




Figura 10: Roteiro da campanha da FEB



Fonte: http://www.19csm.eb.mil.br/feb/campanhadadafeb.jpg
9. PRINCIPAIS BATALHAS DA FEB


9.1. BATALHA DE MONTE CASTELO

A batalha de Monte Castelo foi a mais dramática e importante para os pracinhas e também para os Aliados. O combate ocorreu no dia 21 de fevereiro de 1945.

A FEB começou seu ataque às seis da manhã.

O 1º Regimento de Infantaria, o Sampaio, com suas tropas, constituía a ofensiva. Cada batalhão era responsável por atacar de um determinado ângulo: o 1º, comandado pelo major Olívio Gondin de Uzeda, avança pela direita; o 2º, comandado pelo major Sizeno Sarmento, segue pelo centro; e o 3º, comandado pelo tenente-coronel Emilio Rodrigues Franklin, ataca pela direita.

Enquanto os brasileiros iniciavam suas investidas contra os alemães, os americanos já haviam conquistado o Monte Belvedere, sendo assim, ambos se auxiliavam no ataque.

Eis aqui alguns trechos do livro, O Inverno da Guerra, do escritor e correspondente de guerra, Joel Silveira, que versam a batalha de Monte Castelo. A ordem cronológica dos acontecimentos está descrita por Silveira(2005, p 95) da seguinte maneira:
Às doze horas o general Mark Clark, comandante da frente italiana, o general Truscott, comandante do 5º Exército Americano, o general Crittenberg, comandante do 4º Corpo do 5º Exército, e o comandante-em-chefe das Forças Aéreas do Mediterrâneo estiveram em visita ao general Mascarenhas de Moraes, no seu Posto de Observação, uns 3 quilômetros à direita do Posto de Comando do general Cordeiro.

Às 12h30 o major Uzeda, que avança pela esquerda, pede proteção da Artilharia para que possa alcançar um ponto na sua frente, e o general Cordeiro ordena às baterias: “Cinco rajadas de morteiros sobre a cota 813.”

Ás 13h55 um dos batalhões avisa que foram avistados reforços alemães que começam a chegar a Castelo. Ao lado direito, o coronel Franklin está detido com o seu 3º Batalhão. O major Uzeda previne pelo rádio que tentará envolver Castelo pela esquerda.

Às 14h20 o major Uzeda avisa que vai atacar a cota 920, penúltimo ponto antes da crista de Castelo. Pede mais tiros ao general Cordeiro, que transmite, através dos seus auxiliares (o coronel Miranda Correia e o capitão Souto Maior são dois deles), ordem às baterias. O major Uzeda se encontra precisamente a 5 quilômetros do Posto de Observação, tendo realizado já uma progressão de mais de 2 quilômetros. O diálogo entre Alma I, AlmaII e Alma III (os observadores junto aos batalhões) e Lata I, Lata II e Lata III (oficiais de ligação em plena luta) se repete de minuto a minuto.

Às quinze horas o major Uzeda se encontra firme na cota 930, mas coberto por metralhadoras alemãs. Seu objetivo final será a cota 977, ou seja, o cume de Castelo, onde tenciona chegar depois das 16h30min. Fica combinado, então, que às 16h20, quando seu batalhão iniciar a marcha definitiva sobre a crista de Castelo, toda a Artilharia Divisionária concentrará seu fogo sobre as encostas e o cume do monte. Estamos disparando com canhões 105 e 155 e com morteiros.

Às 15h30 o major Uzeda informa pelo rádio: “Meus homens estão prontos para atacar.” Olho pelo binóculo que me emprestou o coronel Miranda Correia e vejo lá em cima, na cota 930, os soldados em formação de ataque, espalhados pelos pequenos vales, deitados na pouca neve que o sol fraco ainda não desfez.

Entre 15h30 e 15h50 há uma relativa calma: somente os morteiros alemães, os aviões mergulhando e metralhando o Torracia e um teco-teco brasileiro da Esquadrilha de Ligação e Observação (ELO), que navega solitário sobre o campo de luta.

Às 16h05 o coronel Franklin informa pelo rádio que seus homens ocuparam Fornele, à direita de Castelo e bem próximo do seu cume. Trava-se, até a véspera, de um ponto forte inimigo, eriçado de metralhadoras, que acaba de ser dominado pelos nossos soldados. Fornele – como Abetaia, mais ao sul – foi um dos pontos em que foram barrados, em novembro e dezembro últimos, os anteriores e frustrados ataques brasileiros a Monte Castelo. Continua progredindo o batalhão do coronel Franklin.

Sem dúvida alguma, o instante mais sensacional de toda a luta do dia 21 aconteceu às 16h20, quando toda a Artilharia Divisionária concentrou seu poder de fogo sobre Castelo. No céu de inverno a noite já se prenunciava, de forma que se notavam nitidamente as chamas que surgiam a cada explosão dos obuses. Chamas altas que o binóculo me mostra tão próxima.

Às 17h40 os homens do major Uzeda alcançam Esperança, outro ponto de resistência dos alemães na cota 930.

Às 17h45 o general Cordeiro de Farias afasta-se da luneta, volta-se para mim e diz:”Praticamente Castelo está conquistado.” Chegam logo depois informações sobre a situação da 10 Divisão de Montanha norte-americana: eles ainda não conseguiram tomar Torracia, de forma que o avanço brasileiro terá que ser feito sem o apoio deles e com a estratégica posição ainda em poder dos alemães.

Ás 17h50 a voz do major Franklin vem, forte, pelo rádio: “Estou no cume de Monte Castelo”. E pede fogo da Artilharia sobre posições inimigas além do monte. “Castelo é nosso”, me diz o general Cordeiro. Mais alguns minutos, e nossas baterias já estão bombardeando Caselina, Serra e Bela Vista. Os alemães respondem com morteiros. Mas nada mais lhes adiantaria, porque, como me diria na manhã seguinte o coronel Franklin, “estamos em Castelo e ninguém mais nos tira daqui”.


Figura 11: Soldados no Cume do Monte Castelo

Figura: http://www.portalfeb.com.br/wp-content/gallery/fotos-da-feb-forca-expedicionaria-brasileira/feb-tomada-de-monte-castello.jpg
9.2. BATALHA DE CASTELNUOVO - SOPRASSASSO
Castelnuovo ficava a noroeste de Monte Castelo em direção a Bolonha. duas semanas após a tomada de Monte Castelo, a operação foi em conjunto com a 10 ª Divisão de Montanha

A batalha foi travada no final da segunda guerra mundial que tentavam conter o avanço nazista no norte da Itália

Durante os dias 5 e 6 de março de 1945, na aldeia de Castelnuovo na comuna de Vergato, na província de Bolonha. Esse confronto foi de imenso valor no quesito estratégico, pois se trata de uma importante rota ate o vale do rio Po importância ligação até o norte da Itália, foi planejado um cerco para a conquista desta comuna, a seguir esta o relatou a situação da tentativa de conquista de Castelnuovo naquela ocasião:

O cerco começou de manhã cedo (dia 5 de março), antes que os norte-americanos dessem o sinal para o início do ataque. O lº Batalhão do 11º Regimento de Infantaria, comandado por Manoel Rodrigues de Carvalho Lisboa, conquistou o controle de Precaria, ao Sul de Castelnuovo, enquanto o 2º Batalhão do mesmo Regimento, comandado por Orlando Ramagem, num movimento que lhe custou 22 baixas, alcançou o terreno a Sudeste de Castelnuovo.

Com o sinal dos norte-americanos, dado ao meio-dia, o 1º e 2º Batalhões do 6º RI, comandados por João Carlos Gross e Henrique Cordeiro Oeste, iniciaram sua primeira missão, que era a de dominar as eficientes posições de fogo dos alemães em Soprassano, ao Sudoeste de Castelnuovo. Ao redor de Precaria, o 1º Batalhão do 11º RI cobriu o flanco do 6º RI e, ao mesmo tempo, apoiou o principal ataque imediato a Castelnuovo, executado do leste, pelos homens de Ramagem.

Campos minados e pesado fogo inimigo retardaram o progresso do batalhão de Ramagem. Crittenberger (General Willis D. Crittenberger, Comandante Aliado do Teatro de Operações do Mediterrâneo), chegando a Riola, às 5 da tarde, queixou-se da demora pelos brasileiros e telefonou ao comandante do 6º RI, coronel Nelson de Mello, para enfatizar a tomada de Castelnuovo antes de cair a noite. O coronel então ordenou que o batalhão do major Gross continuasse rumo a Castelnuovo, sem esperar a tomada de Soprassano. Às 6 da tarde, com ajuda considerável da artilharia, Castelnuovo caia em poder da FEB. Ao mesmo tempo, o batalhão de Cordeiro, a Oeste, conquistava o controle de Soprassano”.
9.3. BATALHA DE MONTESE
Depois da conquista de Monte Castelo, chegou a hora de Montese, segundo o documentário Heróis da FEB o cuidado era dobrado: um olho para cima fugindo dos tiros inimigos, e o outro pra baixo, desviando-se das minas alemãs, os alemães se encontravam na parte de superior da cidade em quanto os brasileiros na parte de inferior, foi uma luta árdua, não sendo uma luta de campo aberto, os pracinhas tiveram que conquistar casa por casa, houveram muitas baixas em Montese, presente a maior concentração de artilharia inimiga e grande parte dos pelotões presentes terminaram a batalha com menos de 50% do seu efetivo.

A Batalha de Montese foi travada no final da campanha da FEB entre os dias 14 e 15 de abril, na chamada Ofensiva de Primavera. Na ação pela primeira e única vez, envolveu os três regimentos de infantaria e o esquadrão de reconhecimento verde-amarelo. O ataque a Montese fora planejado para ser executado em duas fases.

1ª Fase: Missão secundária às 9h - ataque com dois pelotões a dois postos avançados do inimigo.

2ª Fase: Missão principal às 12h - ataque á cidade de Montese, com dois pelotões também.

O jornalista Egydio Squeff, correspondente de guerra do jornal O Globo, relatou a situação de Montese naquela ocasião:

Escrevo de dentro de Montese destruída. Montese já não existe. Nenhuma casa ficou intacta e só agora podemos avaliar o efeito terrível causado pelos disparos de artilharia. Montese é uma cidade deserta, envolta em ruínas. Em suas casas destroçadas, as manchas de sangue assinalam a violência da batalha com que os alemães a defenderam”. Mais adiante, continuou: “Procurei em vão encontrar um habitante de Montese. Só deparei com portas destroçadas, leitos vazios, cômodos em desordem. Penso que, desde que começou a batalha pela sua posse, a população abandonou a cidade. Os brasileiros venceram os nazistas, entre os quais se achavam muitos prussianos, num combate verdadeiramente épico, depois de encontro de ruas, de casa em casa, onde ficaram mortos e feridos muitos combatentes nossos. Jornal O Globo
Depois da batalha de Montese, a missão agora era impedir que os alemães cruzassem o Vale o Rio Pó e pudessem se reorganizar nos Alpes.



Figura 12: Tanque após o ataque a Montese

Fonte: http://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2009/04/entrada_em_montese.jpg


9.4. BATALHA DE FORNOVO DI TARO

A batalha de Fornovo foi a última batalha travada pela FEB, marcando o fim da campanha da FEB na Itália, os brasileiros e americanos bloqueavam as possíveis saídas dos nazistas nas cercanias de Fornovo, após violentos combates que se estenderam, os alemães decidiram se render. Rederam-se a 148ª Divisão de Infantaria e remanescentes da 90ª Divisão Panzer alemãs e a Divisão Bersaglieri italiana, eram 14.779 alemães e italianos, cerca de 4.000 animais e 2.500 viaturas das quais eram 1.00 motorizadas.

O general Mascarenhas descreve o momento da rendição:
Prosseguiu pela noite adentro a rendição do pessoal da tropa motorizada. Aproximadamente às vinte e três horas [dez horas depois do início da entrega das armas], apresentou-se a primeira unidade de tração hipomóvel, um Grupo de Artilharia de 75 mm, seguido de uma coluna ligeira de munição (C.L.M.).
Os carros apresentavam-se repletos de munição de artilharia e a C.L.M. com a metade da carga. Outras viaturas continham copiosa quantidade de munição de infantaria, inclusive granadas de mão e de morteiro.
Havia também muito material não militar, sobretudo fazendas de toda espécie; sedas, algodão fino, linhos, casemiras, etc.. As bicicletas que então desfilaram, dada a enorme quantidade e extrema variedade de tipos, deram margem a comentários terríveis pouco abonadores da conduta germânica.
(...) O total apresentado, nessas vinte horas de trabalho, ascendeu a 14.779 prisioneiros, 4.000 cavalos, 80 canhões de diferentes calibres, mais de 1500 viaturas de todos os tipos, além de abundante cópia de munição e centenas de veículos de tração animal. (...) Compunha-se a tropa capitulante, grosso modo, de duas partes: uma de veteranos, cuja idade orçava pelos quarenta anos; e outra, sensivelmente igual a primeira, de jovens com menos de vinte anos.
O aspecto geral era bom, senão excelente. Os uniformes, algo sujos e em desalinho, demostravam longo trabalho. As formações, mesmo no escuro da noite, apresentavam traços evidentes de disciplina e preparo técnico. Algumas, a maioria talvez, dirigiram-se para os postos de revistamento cantando canções militares. Todo o armamento era novo e mui bem tratado. A cavalhada apresentava aspecto magnífico e revelava índice elevado de adestramento ( extraído do site Grandes Guerras).


Figura 13: Rendição do148ª Divisão de Infantaria

Fonte: http://www.aore.org.br/images/FEB/04.jpg

10. CORPO DE ENFERMEIRAS

Com a declaração de guerra aos países do eixo, surgiu a necessidade de criar um corpo de enfermeiras da FEB, mulheres que tinha presenciado navios mercantes brasileiros serem afundados causando centenas de mortos, gerou grandes revoltas, principalmente por parte delas que tinha obrigação e dever de proteger sua pátria.

O Quadro de Enfermeiras da FEB, seu deu em função de uma solicitação dos aliados norte-americanos já que: “[...] as [enfermeiras] americanas já estavam sobrecarregadas de serviços, além do mais não falavam a língua dos futuros pacientes [brasileiros]”

O quadro de Enfermeiras da Reserva do Exército foi criado pelo decreto-lei 6.097 de 13 de Janeiro de 1943, assinado pelo presidente Vargas e o então Ministro de Guerra Eurico Gaspar Dutra.

O jornal O Globo, de 9 de outubro de 1943, publicou uma matéria solicitando mulheres entre dezoito e até trinta e seis anos para serem voluntárias. A se apresentarem deviriam atender as exigências, ser solteiras, viúvas ou separadas e comprovar alguma qualificação no serviço de enfermagem.

Após serem selecionadas, as enfermeiras participaram de um Curso de Emergência de Enfermeiras da Reserva do Exército (CEERE), dirigido pela Diretória de Saúde do Exército que tinha o objetivo de formar o Quadro de Enfermeiras, tal curso tinha três módulos distintos, parte teórica, preparação física e instrução militar.

O corpo de Enfermeiras era completamente heterogêneo, com condições sócio-econômicas diferentes um fato que dificultava o comando, muitas por falta de adaptação acabaram retornando ao Brasil.

Foram enviados à Itália cento de oitenta e seis profissionais de saúde entre eles, sessenta e sete enfermeiras do exército, sendo poucas profissionais. Dentre as enfermeiras houve uma participação ilustre, a escritora Clarice Lispector.


Figura 14: Enfermeiras da FEB

Fonte: http://rede-social.creativeboxdesign.com.br/ow_userfiles/plugins/base/29-enfermeiras1.jpg
11. CEMITÉRIO DE PISTÓIA

Cemitério que foi construído na região da Toscana, Itália, à margem da estrada para Candeglia, em uma das saídas da cidade de Pistóia. O objetivo principal para a construção desse cemitério era reunir os restos mortais dos soldados brasileiros, que no final dos combates no teatro de operações italiano, somava 443 sepultados no recinto.

A iniciativa de construir o cemitério partiu do Coronel Oswaldo de Araújo Motta, ajudante geral da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, e do 1º tenente intendente Lafayette Vargas Moreira Brasilini, comandante do pelotão de sepultamento.

No local também existe o Monumento Votivo Militar Brasileiro, estrutura criada para homenagear a memória dos soldados que haviam tombado na Itália. O monumento foi inaugurado em 5 de agosto de 1960.

Figura 15: Cemitério de Pistóia

Fonte:http://3.bp.blogspot.com/_o7MZRBJ1zfQ/Smtnud6E5pI/AAAAAAAACvo/36z7_3q6RXw/s400/Cemit%C3%A9rio+dos+soldados+brasileiros+mortos+em+servi%C3%A7o,+localizado+em+Pistoia,+na+It%C3%A1lia.jpg
12. SOLDADOS DA FEB MORTOS

A seguir, esta a lista de nomes dos soldados que tombaram em combate de acordo com o site Ecos da Segunda Guerra:


Abel Antônio Mendanha

Abilio Fernandes

Abilio José dos Santos

Abilio dos Passos

Achyles Brasil Antônio Bento de Abreu

Antônio Cação

Antônio Caetano de Souza Filho

Antônio Carlos Ferreira

Antônio Coelho da Silveira

Antônio Costa Ernesto

Antônio Durval de Morais

Antônio Farias

Antônio Martins de Oliveira

Antônio Mathias de Camargo

Antônio Pais Almeida

Antônio Patrocínio Fernandes

Antônio Pinton

Antônio Romano de Oliveira

Antônio de Souza

Antônio Vicente de Paula

Aquino Araújo

Aristides Gouveia

Aristides José da Silva

Arlindo Gonçalves dos Santos

Arlindo Lucio da Silva

Arlindo Sardanha

Arnoldo Cândido Raulino

Arthur Lourenço Staerck

Ary de Azevedo

Assad Feres

Attilio Piffer

Atualpa Pereira Leite Filho

Augusto Gonçalvez Cardoso

Aurélio Sampaio

Aurélio Venancio de Oliveira

Ayres Quaresma

Ayres da Silva Dias

Ary Rauen

Adalberto Cândido de Melo

Adão Wojcik

Adelmir Dias dos Santos

Adir Jorge

Agnaldo Saturnino Rocha

Agostinho da Silva Monteiro

Ailson Simões

Alberto Mello da Costa

Alberto Vicente Cardoso

Albino Cezar

Alcebiades Bobadilha da Cunha

Alcebiades Sodré

Alcides Maia Rosa

Alcides de Oliveira

Aldemar Fernandes Ferrugem

Aleixo Herculano Maba

Alessio Venturi

Alfredo Estevão da Silva

Alicio Clara Simeão

Almir Bernardo

Altino Martins da Vitoria

Álvaro Gomes Santiago Sobrinho

Almandio Goering

Aluizio Farias

Amarilho Gonçalves de Queiroz

Amaro Felicíssimo da Silveira

Amaro Ribeiro Dias

Américo Fernandes

Américo Pereira da Rocha

Américo Rodrigues

Amphilofio Silveira Lessa

Ananias Holanda de Oliveira

Andirás Nogueira de Abreu

André Ermelindo Ribeiro

Anelio da Luz

Anesio Antão Ferreira

Antenor Ghirlanda

Antenor Costa

Antônio Engenio Vieira

Antônio Agostinho Martins

Antônio Alvares da Silva

Antônio Alves

Antônio Aparecido

Basileo Nogueira da Costa

Basílio Zechin Júnior

Belmiro Ferreira da Silva

Benedito Alves

Benedito Alves dos Santos

Benedito Eliseu dos Santos

Benedito Esteves da Silva

Benedito Francisco da Silva

Benedito Patrício

Benevides Valente Monte

Benjamim Pedroso da Silva

Benjamim Theotonio de Lima

Berone Falcão de Gouveia

Berly Azevedo Vieira

Bermardino Silva

Brasílio Pinto de Almeida

Bruno Estrifica

Cândido da Luz Paiva

Carlo Bertini

Carlos Côco

Carlos Walter Hisserich

Celio do Nascimento

Celso Barbosa Lima

Celso dos Santos

Cesario Aguiar

Claudino Pinheiro

Claudovino Madalena dos Santos

Clerio Bertolo

Clíto Antônio de Araújo

Clóvis da Cunha País de Castro

Clovis Rosa da Silva

Clower Bastos Côrtes

Constantino Maroqui

Cosme Fontes Lira

Cosme Henrique dos Santos

Cristino Clemente da Silva

Cristovan Moraes Garcia

Cybber Porto de Mendonça

Damazio Rodrigues Gomes

Daniel Rodrigues dos Santos

Deniz Pinto de Matos

Dermeval de Souza Gil

Diogo Garcia Martins

Dionízio Chagas

Dionízio Lorenzi

Dirceu de Almeida

Djalma Corrêa

Donato Ribeiro

Durvalino do Espírito Santo

Edesio Afonso de Carvalho

Edgard Lourenço Pinto

Edmundo Arrabar

Edson Salles de Oliveira

Eduardo Gomes dos Santos

Eiduarte da Silva Pontes

Eleaquim Batista

Elias Vitorino de Souza

Elidio Machado Martins

Elidio Rodrigues Pinto

Elizeu José Hipolito

Elizio da Rocha Passos

Elizeu Pinhal

Epitácio de Souza Lucena

Erminio Cardoso

Ernani Marones de Gusmão

Ernesto Gonçalves

Ernezito José das Chagas

Estanislau Wojcik

Euber Queiroz Júnior

Eugenio Alves da Silva

Eugenio Martins Pereira

Eurides Fernandes do Nascimento

Euripedes Rodrigues de Lima

Eutropio Wilhelm de Freitas

Evilasio Rocha de Assis

Fabio Pavani

Felicio Tomazini

Felisbino dos Santos

Felix Marqueti

Fernando Fontes

Fleury Silva

Francisco de Almeida

Francisco Alves de Azevedo

Francisco Alves de Oliveira

Francisco Antônio Valter Savastana

Francisco Batista Rios

Francisco de Castro

Francisco Dias

Francisco Firmino Pinho

Francisco Ferreira Malafaia

Francisco Franco

Francisco Gomes de Souza

Francisco Hierro

Francisco José de Souza

Francisco Luiz Roberto Boening

Francisco Martins Theotonio

Francisco Mega

Francisco de Paula Lopes

Francisco de Paula Moura Neto

Francisco Perreira dos Santos

Francisco dos Santos Filho

Francisco Tamborim

Francisco Vitoriano

Frederico Antônio Bressan

Frederico Gustavo dos Santos

Fredolino Chimango

Gastão Gama

Genesio Valentim Corrêa

Gentil Guimarães de Oliveira

Geraldo Augusto dos Santos

Geraldo Baeta da Cruz

Geraldo Berti

Geraldo Elias

Geraldo Martins Santana

Geraldo Ribeiro de Rezende

Geraldo Rodrigues de Souza

Geraldo Rosa

Geraldo Sant’Ana

Gerhardt Holtz

Germinio Aurelio Sampaio

Gildo dos Santos Pereira Lira

Godofredo de Cerqueira Leite

Gonçalo de Paiva Gomes

Gregorio Vilalva

Gumercindo da Silva Hamilton da Silva Costas

Harry Hadlick

Hélio Thomaz

Hercilio Gonçalves

Herminio Antônio da Silva

Hereny da Costa

Hilario Decimo Zanesco

Hileno Ramos

Honorio Corrêa de Oliveira Filho

Hortêncio da Rosa

Hugo Gonçalves

Humberto Alves Nogueira

Hyvio Domenico Naliato

Ignacio Gomes

Irací Luquinha

Isanor Furquim de Campos

Ivo Robach de Oliveira

Izidro Matoso

Jacinto Lucas da Costa

Jair da Silva Tavares

Jamil Dagli

Jesuino Ventura

João Alberto Alves

João Américo da Silva

João Batista dos Reis

João Batista Rotelo

João Espinard

João Fagundes Machado

João Ferreira da Silva

João Florindo Zanetti

João Gonçalves dos Santos

João Inácio Nascimento

João Lopes de Assunção

João Lopes Filho

João Mancias Alves

João Maria Batista

João Maria Silveira Marques

João Maurício campos de Medeiros

João Monteiro da Rocha

João Moreira

João Moreira Alberto

João Nunes

João de Oliveira Carmo

João Peçanha de Carvalho

João Pereira da Silva

João Protzek

João Rechocoski

João Rodrigues

João Rodrigues Franco

João Soares de Faria

João Soares Pimentel

João Zapela

Joaquim Antônio de Oliveira

Joaquim Onilio Borges

Joaquim Pires Lobo

Joaquim Severino

Joaquim Xavier de Lira

John R. Cordeiro

Jorge Alvarenga da Silva

Jorge da Costa Lima

Jorge Martinho Prado

Jorge Monçores

José Alexandre Machado

José Alves de Abreu

José Amaro de Souza Peçanha

José de Andrade

José Antônio Moreira

José Antônio dos Santos

José de Araújo

José de Assunção dos Anjos

José Bladino

José Belfort de Arantes Filho

José Bravos

José Carlos da Silva

José da Costa Valerio

José Custodio Sampaio

José Domingues Pereira

José Fernandes

José Fernandes da Silva

José Ferreira

José Francisco de Souza

José Furtado Leite

José Garcia Lopes Filho

José Gomes

José Gomes de Barros

José Graciliano Carneiro da Silva

José Guilherme da Silva

José Higaskino

José Januario da Costa

José Jerônimo de Mesquita

José Leite da Silva

José Lima

José Luiz dos Santos

José Manoel de Oliveira

José Maria Pinto Duarte

José Martins Dias

José de Morais

José Pessoto Sobrinho

José Pires Barbosa Filho

José Rufino Costa

José Sragim

José da Silva

José da Silva Almeida Filho

José de Souza

José de Souza Oliveira

José Varela

José Vicente de Paula

José Vivanco Solano

José Vieira da Conceição

José Wsoek

Julio Conceição

Julio Nicolau

Jupyr de Souza Pinto

Justino José Ladeira

Laudelino Nogueira

Lazaro Moncef

Laercio Xavier de Mendonça

Laudelino Vieira de Campos

Lurentino da Silva Nonato

Lelio Martins de Souza

Leonidas Moreira

Lino Pinto dos Santos

Lourival Alves de Souza

Lucindo Nepomuceno Cebalio

Luiz Geraldo da Silva

Luiz Gomes da Silva

Luiz Manoel Ferreira

Luiz Lopes Dornelles

Luiz Ribeiro Pires

Luiz Rodrigues Filho

Luiz Stobl

Luiz Tenorio Leão

Manassés de Aguiar Barros

Manoel Amaro dos Santos

Manoel Apolinário dos Reis

Manoel Barbosa da Silva

Manoel Chagas

Manoel Eduardo de Souza

Manoel Francisco Gomes

Manoel Furtado

Manoel Lino Paiva

Manoel Pinto

Manoel de Souza

Marcelino Jazinski

Marcelino Lourenço

Marcio Pinto

Marino Felix

Mario Nardeli

Mauricio Araújo Maritns

Mauricio Moreira Rodrigues

Max Wolff Filho

Michel Jacob Cheib

Miguel Francisco Dias

Miguel Marotti Cabral

Miguel de Souza Filho

Moisés de Oliveira

Nelson Alves Fonseca

Nevio Baracho dos Santos

Noraldino Rosa dos Santos

Norberto Henrique Weber

Nilio Morais Pinheiro

Olavio Soares do Amaral

Oldegard Sapucaia

Olimpio José Borges

Olivaldo Barbosa Vila-Nova

Omar Bento do Nascimento

Orlando Ferreira Martins

Orlando Randi

Oscar Rossim

Oscar Schade

Osmar Côrtes Claro

Oswaldino Mendes Rocha

Oswaldo de Carvalho

Oswaldo Conceição

Oswaldo José de Oliveira

Oswaldo Lellis

Oswaldo Pereira

Otacilio de Souza

Otavio Carlos da Silva

Otavio Sinesio Aragão

Otelo Ribeiro

Otto Unger

Paulino José de Oliveira

Paulo Damasio Rolla

Paulo Emygdio Pereira

Paulo Inácio de Araújo

Paulo Morais Pinheiro

Paulo Moreira

Paulo Pereira da Silva

Paulo de Souza Pereira

Paulo Tansini

Pedro Graciano Moreira

Pedro Krinski

Pedro Laurindo Filho

Pedro Mariano de Souza

Pelopidas Pessamani

Prim Rodrigues Canes

Rafael Pereira

Rafael Rogerio Buzarello

Raul Marques Marinho

Ricardo Marques Filho

Roberto Marcondes

Rodolfo Gome de Campos

Rodoval Cabral da Trindade

Rodrigo Leme da Silva

Rolland Rittemeister

Romeu Casagrande

Romeu Cocco

Rosalio José da Conceição

Rubem de Souza

Rubens Coelho Galvão

Rubens Leite

Ruy Lopes Ribeiro

Sansão Alves dos Santos

Saulo Lima de Vasconcelos

Sebastião Cerrato

Sebastião Clementino Machado

Sebastião da Costa Chaves

Sebastião Felicio

Sebastião Garcia

Sebastião Ribeiro

Sebastião Vanna

Sergio Bernardino

Sergio Grevinski

Servino Mengarda

Severino Barbosa de Faria

Severino da Costa Villar Filho

Simião Alves de Almeida

Simião Fernandes

Simplincio Vieira de Lara

Teodoro Francisco Ribeiro

Teodoro Sativa

Teonilo de Souza

Thomaz Antônio Machado

Toribio da Silva

Ulpiano dos Santos

Vasco Teixeira da Silva

Vergilio Lucio

Vicente Batista

Vicente José de Almeida

Vital Fontoura

Waldemar Adelino da Silva

Waldemar Cardoso Teixeira

Waldemar Ferreira Fidalgo

Waldemar Marcelino dos Santos

Waldemar Martins de Almeida

Waldemar Rodrigues

Waldemar Rosendo Medeiros

Waldir Pequeno de Mello

Walmir Ernesto Holder

Walter Pereira de Souza

Wenceslau Firmino

Wenceslau Spancerski

Wilson Abel de Oliveira

Wilson Ramos

Wilson Ribeiro Bonfim

Wilson Viana Barbosa





13. RETORNO DA ÍTALIA




O Cessar fogo no front Italiano foi decretado em dois de Maio de 1945, com o fim da campanha, foi contabilizado 443 baixas e cerca de 3.000 feriados.

No dia 18 de julho desembarcará no Brasil o primeiro escalão de embarque com 5.300 pracinhas no transatlântico General Meings, sob o comando do General Zenóbio da Costa, O 2° Escalão deixou a Itália nem 12 de agosto, com 6.187 homens a bordo do navio ''Mariposa'' chegou ao Brasil em 23 do mesmo mês. O 3° escalão, com 1.801 homens, a bordo do navio Duque da Caxias chegando ao Rio em 19 de setembro. O 4° escalão com 5.342 homens a bordo do General M.C. Meigs chegando no dia 19 do mesmo mês e finalmente no dia 3 de outubro chegava o 5° e último Escalão com 2.742 homens, a bordo do James Parker.

Os pracinhas tiveram uma calorosa recepção na cidade do Rio de Janeiro que então era a capital da república, ainda a bordo os pracinhas receberam cumprimentos do Presidente Vargas do ministro de guerra Eurico Gaspar Dutra e dos comandantes Clark e Crittenberger do V exército americano e do IV corpo de exército respectivamente.

Milhares de pessoas esperavam para o ver o desfile dos nossos soldados, teve início às 14 horas, a multidão muito entusiasmada, aplaudia incessavelmente nossos heróis que honraram o nome da pátria em solo europeu a multidão rompeu as faixas de isolamento e desfilou com os soldados.

A tropa caminhou na Avenida Rio Branco e os automóveis seguiam em marcha lenta cheios de populares as manifestações se repetiram nos quatros desembarques das tropas, o Brasil tinha muito que comemorar depois dos horrores da guerra.

O soldado Eliseu narra a emoção ao reencontrar seu pai no desfile:

[...] Não sei o que fazia naquele instante inesquecível. Tinha uma vontade de chorar, de dormir, - nem sei bem o que...

Na Avenida Rio Branco, quando desfilávamos sob aplausos frenéticos e ensurdecedores do povo, sob os beijos de tantas moças bonitas- avistei num de grupos de joeenses, meu querido pai. Vencemos custo à maré humana e nos abraçamos demoradamente, sufocadoramente.

A paz do meu pai, minha terra! Três coisas tanto desejam, consubstanciadas num amplexo, dentro de movimentada via pública, num dia festivo para o meu país (Silva, apud Douglas, 2011, p 209).
A Partir daí deixara de existir a Força Expedicionária Brasileira que tanto lutou para a paz mundial.



Figura 16: Desfile na Av. Rio Branco-RJ

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2010/02/febianos3.jpg
14. OUTRAS FONTES HISTÓRICAS SOBRE A FEB


14.1 TRÊS HERÓIS

Os três soldados brasileiros Geraldo Baêta da Cruz, então com 28 anos, natural de Entre Rios de Minas; Arlindo Lúcio da Silva, de 25, de São João del-Rei; e Geraldo Rodrigues de Souza, de 26, de Rio Preto, foram mortos como heróis na Itália.
Eram Integrantes de uma patrulha os três pracinhas se viram a frente de 100 alemães, receberam ordens para se renderem, contudo continuram em combate até o último minuto, foram metralhados em 14 de abril, enterrados em valas rasas e receberam honras especiais dos alemães.

Admirados pela sua persistência, puseram uma cruz e uma placa com a seguinte descrição: Drei brasilianische helden, que em português significa ‘’Três heróis brasileiros ‘’ Com o fim da guerra eles foram transladados para o cemitério em Pistóia e depois nos Monumentos aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo no Rio.


14.2. BOOBY TRAP

Os pracinhas tinham de enfrentar vários obstáculos na guerra para garantir sua sobrevivência e também o êxito de suas missões, como suportar temperaturas abaixo de zero (o inverno de agosto de 1944 foi o mais severo em 30 anos), noites em claro, lama, artilharia ferrenha dos alemães nos fronts, e além das armadilhas tradicionais que eram as minas espalhadas pelos campos de batalha, havia uma armadilha fatal aos mais incautos, os booby traps.

Booby trap era o nome que os soldados americanos davam a uma espécie de armadilha disfarçada deixada pelos tedescos sobre os corpos dos soldados alemães que tombaram. Essas arapucas poderiam estar camufladas em canetas tinteiro, capacetes nazistas ou até latas de suprimentos. Este tipo de atitude tomada por parte dos nazistas se deve ao fato de que alguns soldados brasileiros coletavam esses tipos de itens seja para levarem à sua pátria como suvenires ou também para necessidades básicas como a alimentação. No momento em que qualquer um tocasse as booby traps, estas explodiam. Essa forma de combate adotada pelos nazistas partia do pressuposto de que, mesmo morto, um alemão ainda era capaz de matar.


14.3. PIN-UP GIRLS

A rotina seguia extenuante nos postos de comando avançado, nas trincheiras (também conhecidas como foxholes) e nos fronts. Os soldados brasileiros já condicionados aos horrores da guerra, também tiveram de se habituar a certas medidas adotadas pelos inimigos, como as propagandas, que eram transmitidas pelos rádios e também pelos panfletos que eram lançados sobre seus postos de comando, que tinham como conteúdo, as “pin-up girls” (é uma modelo cujas imagens sensuais produzidas em grande escala exercem um forte atrativo na cultura pop) com mensagens nazistas. Os panfletos tinham como foco as imagens de belas mulheres que eram retratadas em situações comuns de um cotidiano, como a lavagem de roupas, pratos e limpeza de casa, mas tudo com um fator predominante: as poses sinuosas e provocantes.

As musas vinham acompanhadas de propagandas nazistas que dentre as mensagens mais comuns, pode-se destacar esta:

Olhem o que vocês estão perdendo. Desistam desta guerra e venham para os campos de concentração alemães. Nos campos de concentração vocês serão bem tratados.

As pin-ups eram conhecidas e populares entre os Aliados. Muitos deles colecionavam as musas e até mesmo as deixava a mostra nas paredes de seus dormitórios e, por conseguinte em seus foxholes.

O exército Aliado, ao receber os prospectos, não deixava a oportunidade passar de também mandar seus panfletos com suas pin-ups e também com a devida réplica.

Além de as pin-up girls serem impressas em prospectos, também eram pintadas na carroceria dos aviões da Força Aérea alemã.



Figura 17: Soldado americano desenhando uma pin-up em avião

Fonte:http://lh6.ggpht.com/_8gEewSdLE3w/TDcxJQwV6KI/AAAAAAAAD8I/nH0kHHKSRfQ/1392801_00002.jpg?imgmax=800


14.4. MONUMENTO AOS PRACINHAS


O Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, também conhecido como “Monumento aos Pracinhas”, é uma estrutura que foi idealizada pelo Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes. A obra foi erguida na cidade do Rio de Janeiro e inaugurada em 24 de junho de 1960. O monumento é composto por uma área de 6.850 m² e três planos: plataforma, patamar e subsolo.

Figura 18: Monumento aos Pracinhas

Fonte:http://4.bp.blogspot.com/_h39qKEIY0Ps/S6nrQ3vB_6I/AAAAAAAAAm0/egqFiacNL94/s320/Monumento+aos+Pracinhas+da+FEB..jpg


14.5. EQUIPAMENTOS

14.5.1. Armamento utilizado pela FEB

A FEB fora equipada com armas e equipamentos dos EUA, sendo bastante modernos para a época.

A seguir podem-se conferir os armamentos utilizados pela FEB em combate as tropas nazi-fascistas. As figuras a seguir foram extraídas do site Ecos da Segunda Guerra. Fonte das imagens: http://segundaguerra.net/as-armas-da-feb-na-segunda-guerra-mundial/

Carabina M-1


Figura 19: Carabina M-1

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/07/m1car.jpg
Calibre: .30 M1 ou .30 Carbine
Sistema de Operação: A gás, com ferrolho rotativo
Regime de Fogo: Semi-Automático
Peso: 2,7 kg com carregador de 15 cartuchos
Capacidade: 5, 15 e 30 cartuchos
Comprimento: 905 mm
Submetralhadora M-3, “Grease Gun”


Figura 20: Submetralhadora M-3, “Grease Gun”

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/07/greasegun.jpg
Calibre: .45 ACP
Sistema de Operação: Blowback, ferrolho aberto
Regime do Fogo: Apenas Automático
Peso: 4,48 kg (carregada)
Capacidade: 30 cartuchos
Comprimento: 762 mm (com coronha estendida)
Cadência de Tiro: 450 tiros por minuto
Submetralhadora Thompson M1A1 .45 ACP


Figura 21: Submetradora Thompson M1A1. 45 ACP

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/07/greasegun.jpg
Calibre: .45 ACP
Sistema de Operação: Blowback, ferrolho aberto
Regime do Fogo: Semi-Automático e Automático
Peso: 4,7 Kg com carregador de 30 cartuchos
Capacidade: 20 ou 30 cartuchos
Comprimento: 813 mm
Cadência de Tiro: 700 Tiros Por Minuto
Pistola Colt .45 ACP


Figura 22: Pistola Colt .45 ACP

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/07/colt45.jpg
Calibre: .45 ACP
Funcionamento: Semi-Automático
Principio de Funcionamento: Blowback, ferrolho aberto
Peso:1,106 Kg
Capacidade: 7 cartuchos
Comprimento: 21,6 cm
Alcance Útil: 50 m
Revolver Smith & Wesson .45, modelo 1917


Figura 23: Revolver Smith & Wesson .45, modelo 1917

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/07/Rev45.jpg
Calibre: .45 ACP Auto Rim
Funcionamento: ação dupla
Peso: 2,26 Kg
Capacidade: 6 cartuchos
Comprimento: 27,43 cm
Alcance Útil: 50 m
Fuzil Springfield

Figura 24: Fuzil Springfield

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/07/Rifle_Springfield_M1903A3.jpg
Calibre: .30-06 (7, 62 x 63)
Principio de Funcionamento: Ação muscular do atirador
Peso: 3,910 Kg
Capacidade: 5 cartuchos
Comprimento: 1,115 cm
Comprimento da Baioneta: 0,306 cm
Fuzil Garand


Figura 25: Fuzil Garand

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/GarandRifle.jpg
Modelo: M1
Calibre: 7,62 x 63 mm
Alimentação: clipe de oito cartuchos era impossível alimentação individual de cartuchos
Velocidade inicial: 822,96 m/s
Comprimento: 109,22 cm
Comprimento do cano: 60,96
Peso: 4,3 kg
Miras: de abertura ajustável, 100 a 1200 jardas
Método de operação: recuperação a gás
Tipo de fogo: tiro a tiro
Fuzil Metralhador Browning – B.A.R


Figura 26: Fuzil Metralhador Browning – B.A.R

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/bar1918.jpg
Calibre:30-06 (7, 62 x 63)
Sistema de Operação: A gás, com ferrolho aberto
Regime do Fogo: Semi-automático
Peso: 8.33 kg
Capacidade: carregador com 20 cartuchos
Comprimento: 1214 mm
Cadência de tiro: 500 tiros por minuto (cíclica)
Alcance: preciso até 550 m.
Metralhadora Browning M-919



Figura 27: Metralhadora Browning M-919

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/m1919a4_2.jpg
Calibre: .30-06 (7, 62 x 63)
Princípio de Funcionamento: Curto recuo do cano
Funcionamento: Automático
Peso:14,07 Kg
Carregador : Tipo fita de lona
Capacidade: 100 ou 250 cartuchos
Comprimento: 1,036 m
Cadência de Tiro: 250 tiros por minuto
Alcance Útil: 540 m
Metralhadora Bronwning M2


Figura 28: Metralhadora Bronwning M2

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/Browning-M2HB.jpg
Calibre: .50 (12,7 mm)
Funcionamento: Semi-Automático e Automático
Peso: 39 Kg
Carregador : Tipo fita de metal
Capacidade: 100 ou 250 cartuchos
Comprimento:
Cadência de Tiro: 400 a 600 tpm
Alcance Útil: 1.800 m
Granada de Mão MK-II A1


Figura 29: Granada de Mão MK-II A1

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/MkII_07.jpg
Estilhaços: Aproximadamente 50 fragmentos
Peso: 540 g
Diâmetro: 5 cm
Comprimento: 10 cm
Explosivo: Pólvora granulada
Espoleta: Detona em aproximadamente 4 segundos
Raio de Ação: 30 m
Lança-Chamas


Figura 30: Lança-Chamas

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/M2Flamethrower.jpg
Alcance: 70 metros, dependendo da mistura de combustível
Peso: 34 Kg carregado
Capacidade: 20 cargas intermitentes
Lança-Rojão 2.36 pol. M9A1 (Bazooka)


Figura 31: Lança-Rojão 2.36 pol. M9A1 (Bazooka)

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/bazooka.jpg
Calibre: 2.36 pol. ou 60mm
Funcionamento: Repetição
Principio de funcionamento: Ação de uma corrente elétrica, sobre o rojão
Peso: 6,800 Kg
Comprimento: 155 cm
Alcance Útil: 270 m
Peso do Foguete: 1,53 Kg
Fonte de Energia: Magneto colocado no punho
Aparelho de Pontaria: Visor fixo, graduado de 0 a 600 jardas
Morteiro de 60 mm


Figura 32: Morteiro de 60 mm

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/mort60.jpg
Calibre: 60 mm
Sistema de Operação: Ação muscular do atirador
Regime do Fogo: 12 disparos por minuto
Peso do tubo (cano): 3,8 kg
Peso do tripé: 5,0 kg
Peso da placa – base: 4,0 kg
Alcance Útil: 2.050 m
Morteiro de 81 mm M-1

Figura 33: Morteiro de 81 mm M-1

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/mort81.jpg
Calibre: 81 mm
Sistema de Operação: Ação muscular do atirador
Regime do Fogo: 12 disparos por minuto
Peso do tubo (cano): 38,6 kg
Peso do tripé: 14,3 kg
Peso da placa – base: 12 kg
Alcance Útil: 5.800 m
Canhão de 37 mm


Figura 34: Canhão de 37 mm

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/37mmM3c.jpg
Calibre: 37 mm
Regime do Fogo:
Peso: 413.68 kg
Comprimento: 3.92 m
Alcance: 6.9 km
Canhão de 57 mm, “SixPounder”


Figura 35: Canhão de 57 mm, “SixPounder”

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/can57.jpg
Calibre: 57 mm
Alcance: 2.800 m
Poder de Penetração: em blindagens, 80 mm
Peso: 1.200 kg
Obus de 105 mm M-101


Figura 36: Obus de 105 mm M-101

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/1b55tg.jpg

Calibre: 105 mm
Alcance: 11.000 m
Peso: 2.270 Kg
Obus de 155 mm M-1


Figura 37: Obus de 155 mm M-1

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/08/obus155.jpg
Calibre: 155 mm
Cadência de Tiro: 3 tiros por minuto
Peso: 5.700 Kg
Peso da granada: 45 Kg


14.5.2. Uniformes utilizados pela FEB

A seguir podem-se conferir os uniformes utilizados pela FEB em combate as tropas nazifascistas:





Figura 38: Uniforme de Combate



Fonte:http://www.19csm.eb.mil.br/feb/brasil_febun11ifor me.jpg

Figura 39: Uniforme de Inverno Fonte:http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSS3fY5Qp56qSBz0AOAnk_rL3WYVLaJeecRl8meCUrLeT7Mh5d2OQ



14.6. INSIGNIAS DE UNIDADES DE COMBATE

A seguir podem-se conferir algumas insígnias de Unidades da FEB, da Marinha de Guerra brasileira e do Exército dos EUA, com os quais a FEB operou.







Figura 40:

Força Expedicionária Brasileira

Fonte: http://segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/12/FEB-logo.png



Figura 41:



Emblema identificador das
Unidades do Exército Brasileiro

Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.br/FEB/escudos/br.jpg




Figura 42:

1º Grupo de Aviação de Caça, FAB

Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.br/FEB/escudos/1gpavca.gif


Figura 43:



1ª Esquadrilha de Ligação e Observação, FAB

Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.br/FEB/escudos/1elo.gif



Figura 44:



CT "Marcílio Dias”
Marinha de Guerra

Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.br/FEB/escudos/ctmarciliodias.jpg


Figura 45:

CT "Mariz e Barros"
Marinha de Guerra

Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.br/FEB/escudos/ctmarizebarros.jpg



Figura 46:

CT "Greenhalg"
Marinha de Guerra

Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.br/FEB/escudos/ctgreenhalg.jpg



Figura 47:

V Exército EUA

Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.br/FEB/escudos/5us.jpg




Figura 48:



10ª Divisão de Montanha, EUA

Fonte: http://www.rudnei.cunha.nom.br/FEB/escudos/10mthdiv.jpg









15. CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO




Letra: Guilherme de Almeida



Música: Spartaco Rossi
Primeira Parte
Você sabe de onde venho?

Venho do morro, do Engenho,

Das selvas, dos cafezais,

Da boa terra do coco,

Da choupana onde um é pouco,

Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,

Das montanhas alterosas,

Dos pampas, do seringal,

Das margens crespas dos rios,

Dos verdes mares bravios

Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá;

Sem que leve por divisa

Esse “V” que simboliza

A vitória que virá:
Nossa vitória final,

Que é a mira do meu fuzil,

A ração do meu bornal,

A água do meu cantil,

As asas do meu ideal,

A glória do meu Brasil.
Eu venho da minha terra,

Da casa branca da serra

E do luar do meu sertão;

Venho da minha Maria

Cujo nome principia

Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,

Lábios de mel de Iracema

Estendidos para mim.

Ó minha terra querida

Da Senhora Aparecida

E do Senhor do Bonfim!
Por mais terras que eu percorra,

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá;

Sem que leve por divisa

Esse “V” que simboliza

A vitória que virá:
Nossa vitória final,

Que é a mira do meu fuzil,

A ração do meu bornal,

A água do meu cantil,

As asas do meu ideal,

A glória do meu Brasil.
Segunda Parte
Você sabe de onde eu venho?

E de uma Pátria que eu tenho

No bojo do meu violão;

Que de viver em meu peito

Foi até tomando jeito

De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreiro,

Meu limão, meu limoeiro,

Meu pé de jacarandá,

Minha casa pequenina

Lá no alto da colina,

Onde canta o sabiá.

Por mais terras que eu percorra,

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá;

Sem que leve por divisa

Esse “V” que simboliza

A vitória que virá:
Nossa vitória final,

Que é a mira do meu fuzil,

A ração do meu bornal,

A água do meu cantil,

As asas do meu ideal,

A glória do meu Brasil.
Venho do além desse monte

Que ainda azula o horizonte,

Onde o nosso amor nasceu;

Do rancho que tinha ao lado

Um coqueiro que, coitado,

De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,

Do mais dourado amarelo,

Do azul mais cheio de luz,

Cheio de estrelas prateadas

Que se ajoelham deslumbradas,

Fazendo o sinal da Cruz!
Por mais terras que eu percorra,

Não permita Deus que eu morra

Sem que volte para lá;

Sem que leve por divisa

Esse “V” que simboliza

A vitória que virá:
Nossa vitória final,

Que é a mira do meu fuzil,

A ração do meu bornal,

A água do meu cantil,

As asas do meu ideal,

A glória do meu Brasil.



16. CONCLUSÃO

No decorrer do ano letivo de 2011, muitas ponderações e deliberações foram feitas acerca da Força Expedicionária Brasileira e sua atuação no âmbito da Segunda Guerra Mundial. A FEB teve papel fundamental em algumas conquistas ao lado dos Aliados, como por exemplo, nas batalhas decisivas de Monte Castelo no dia 21 de fevereiro de 1945 e Montese em 14 de abril de 1945. O nosso grupo de Trabalho de Conclusão de Curso, Felipe João Costa Borges, Lucas Barbosa Vinhas e Tiago Avelino da Silva chegamos à conclusão de que o nosso empenho gerou belos frutos, pois acreditamos que o resultado final de meses de esforço acerca de várias pesquisas, leituras de livros que versam o tema proposto foi alcançado com louvor, mostrando o valor dos pracinhas que lutaram arduamente enfrentando o inverno rigoroso da Europa, o mau treinamento inadequado e os horrores da guerra pela paz mundial.

O fato de a FEB ter lutado na Segunda Guerra Mundial significou muito para o país, pois de acordo com o acordo feito entre Estados Unidos e Brasil que versa a ida dos brasileiros para os fronts italianos, o país seria agraciado com a tecnologia para a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), fato importantíssimo para a economia do Brasil.

Concluísse com êxito que a FEB teve papel de relevância para a pátria e também em âmbito internacional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Filmes:

Livros:

GONÇALVES, J.; Maximiano, C.C. Irmãos de Armas. São Paulo: Códex, 2005. 304 p.

MASCARENHAS de Moraes, J.B. A FEB pelo seu comandante. São Paulo: IPE, 1947. 342 p.

MATTOS, Carlos de Meira. O Marechal Mascarenhas de Morais e sua Época. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1983. 204 p.

SILVEIRA, J., Mitke, T. A Luta dos Pracinhas. Rio de Janeiro: Record, 1984. 351 p.

SILVEIRA, Joel. O Inverno da Guerra. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. 171p.

SANDER. Roberto. O Brasil na mira de Hitler: a história do afundamento de navios brasileiros pelos nazistas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. 264p.


Sites:

ALMEIDA Denise. 1942-Conferência interamericana. [S.l.] 14 jan 2009. Disponível in:http://www.jblog.com.br/hojenahistoria. php?itemid=11079>. Acessado em : 12 abril 2011
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UOL EDUCAÇÃO. Pracinhas brasileiros foram à guerra sem preparo. Disponível in: . Acessado em 05 outubro 2011.
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Sentado a pua. As Origens. Disponível in:. Acessado em 11 de Setembro 2011
Cunha. Rudnei. História da Força Aérea Brasileira. Disponível in: . Acessado em: 11 Setembro 2011.
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ECOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. As Enfermeiras e seus contratempos. Disponível in: . Acessado em 24 de Setembro 2011
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E A COBRA FUMOU. Insígnias. Disponível in: . Acessado em 07 Outubro 2011
CPDOC FGV. Fatos & Imagens > 1944: O Brasil vai à guerra com a FEB. Disponível in: . Acessado em 26 outubro 2011

Teses:

GUIMARÃES, Carvalho. Ex-Combatentes Do Brasil – Entre a História e a Memória. Recife: UFPE, 2009. 129p. Tese (mestrado) - Programa de Pós-Graduação em História Mestrado em História, Recife. 2009.
NASS, Fátima. Legião Paranaense do expedicionário: Indagações sobre a Reintegração Social dos Febianos Paranaense (1943-1951). Curitiba: UFPR, 2005.148 p. Tese (Mestrado) - Pós-Graduação em história, Setor de Ciências Humanas, Letras da Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2005.
GLOSSÁRIO

Cabotagem: É a navegação realizada em águas costeiras de um só país

Cruzadores: São navios de combate, de tamanho médio, grande velocidade, proteção moderada, grande raio de ação, boa mobilidade e armado de calibre médio e tiro rápido. Destinados a efetuar explorações, escoltas de comboios, bombardeiros na costa, etc.

Destróir: São navios destinados a combater as torpedeiras, amadas com canhões de médio calibre e tubos lança-torpedos

Encouraçado: São navios de combate, armados de canhões de grosso calibre, fortemente protegidos por couraças nos pontos vitais e por subdivisões internas do casco em compartimentos estanques.

Foxholes: Eram trincheiras individuais utilizadas durante a segunda guerra mundial.

Luftwaffe: É a força aérea alemã.

Monitor: São navios de combate, armados com canhões de médio ou grosso calibre

Pacto Anti-Comintern: É o acordo para combater o comunismo internacional, firmado pelos países do Eixo.




História Licenciatura

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