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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Justiça do Rio suspende decisão de Salles que acabou com proteção a manguezais e restingas

Determinação barra os efeitos das resoluções aprovadas por órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente

A medida agora suspensa também é alvo de parlamentares e do MPF (Ministério Público Federal)

A juíza Maria Amelia Almeida Senos de Carvalho, da 23ª Vara Federal do Rio de Janeiro, decidiu nesta terça-feira pela suspensão das mudanças nas regras que protegiam manguezais e restingas. As resoluções foram aprovadas na segunda-feira pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), órgão comandado pelo ministro Ricardo Salles.
"Tais resoluções fixam parâmetros de proteção para APPS tais como restingas, manguezais e outros ecossistemas sensíveis, com fito de impedir ocupação e desmatamento", escreveu Maria Amelia. 
“Tendo em vista o evidente risco de danos irrecuperáveis ao meio ambiente, defiro antecipação dos efeitos da tutela para suspender os efeitos da revogação apreciada na 135ª Reunião Ordinária do Conama”, determinou a juíza.
A decisão se baseia em uma ação popular proposta para anular as resoluções que revogaram as Resoluções 302 e 303 Conama, que regulamentam o regime das áreas de preservação permanente.
A medida agora suspensa também é alvo de parlamentares e do MPF (Ministério Público Federal), que questionam a constitucionalidade das resoluções aprovadas pelo Conama.
Em reunião, o órgão ligado ao Meio Ambiente revogou três resoluções e aprovou uma quarta. Além da extinção das regras que protegem manguezais e restingas, a norma também estabelecia faixas menores ao redor de lagos e nascentes.
Outra norma revogada trata da resolução que estabelecia parâmetros, definições e limites de APPs (Áreas de Preservação Permanente) de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno.

R7 e Correio do Povo

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