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domingo, 6 de setembro de 2020

Empresa chinesa que vendia vacinas falsas contra pólio, tétano e difteria é a mesma produtora da Coronavac, que será testada em 9 mil brasileiros?




Após o anúncio da parceria do Governo de São Paulo com o Instituto Butantã e a empresa chinesa Sinovac Biotech para a realização da terceira fase de testes da chamada Coronavac (vacina feita pela empresa chinesa), que deverá ser testada em 9 mil brasileiros, alguns grupos começaram a tecer ataques e a compartilhar fake news sobre produção de vacinas chinesas.
COAR analisou a veracidade dessas postagens e concluiu que a notícia se referindo ao portal UOL é verídica. Inclusive, a matéria consta com o título da imagem, a data e o horário: Empresa chinesa vendia vacinas falsas contra pólio, tétano e difteria. Mas além do Uol, o G1 e o site Minha Vida publicaram a informação na época. Em primeira instância convém citar que as notícias relatadas sobre a falsificação das vacinas chinesas são datadas de 2018.
Em 2018, a empresa Changchun Changsheng foi indiciada pelo governo chinês pela fabricação de vacinas para tétano, difteria e poliomielite (paralisia infantil). Com fluídos misturados e expirados de validação e dados de produção falsos. No total, foram 250 mil o número de doses feitas pela Changsheng Life Science que já estavam sendo distribuídas. A empresa foi multada em 9,1 bilhões de yuans (moeda chinesa), aproximadamente R$ 6, 916 bilhões. Em 2019, a organização anunciou falência.
Após essa constatação, a COAR buscou informações sobre a procedência da vacina que será testada no Brasil para a Covid-19. A Sinovac Biotech é uma empresa farmacêutica chinesa que está realizando uma vacina com um método já conhecido, utilizando o vírus inativo para estimular o corpo a combater o invasor. A empresa já possui três décadas no mercado e foi a primeira no mundo em 2009 a obter a licença na comercialização da vacina do H1N1. Em contrapartida, já recebeu denúncias sobre suborno na aprovação de medicamentos em 2014.
Portanto, a empresa não possui ligamento com a Changchun Changsheng, acusada em 2018 de produzir vacinas falsificadas. É claramente perceptível a vinculação dos testes com a falsificação de vacinas em um contexto inapropriado e errôneo. Nesse ponto, a informação relacionando as duas empresas é falsa.
Essas postagens advêm de grupos piauienses, visando atacar o comércio chinês. Inúmeros casos de ineficiência advindos da China já foram desmentidos por agências de fact-checking em todo o Brasil, no intuito de esclarecer e iluminar o que se é verdadeiro num cenário de confusão e caos devido a pandemia.
Escrito por: Isaac Haron
Edição: Marta Alencar
Referências da COAR:


COARNOTÍCIAS

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