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terça-feira, 24 de março de 2020

Crise do coronavírus poderia provocar grandes mudanças no futebol, diz presidente da Fifa

Gianni Infantino estuda "formatos diferentes, competições reduzidas, com mais equilíbrio e menos jogos"

Gianni Infantino estuda
Gianni Infantino estuda "formatos diferentes, competições reduzidas, com mais equilíbrio e menos jogos"
 

A crise provocada pela pandemia do coronavírus poderia provocar grandes mudanças no mundo do futebol, alertou o presidente da Fifa, Gianni Infantino, em entrevista publicada, nesta segunda-feira, pelo diário esportivo italiano La Gazzetta dello Sport. "Precisamos de uma avaliação do impacto econômico global" provocado pela pandemia do coronavírus, afirmou o mandatário da entidade que rege o futebol. "Vamos calcular o prejuízo, olhar como cobri-lo, fazer sacrifícios e seguir em frente", completou.
Infantino explicou que isso não significa "começar do zero" e alertou que é preciso "salvar o futebol de uma crise que pode ser irreversível". "Não sabemos quando voltará a normalidade", continuou o dirigente suíço de 50 anos, que vê na crise uma oportunidade. "Podemos talvez aproveitar para reformar o futebol dando um passo para trás. Com formatos diferentes, competições reduzidas, até com menos equipes, mas com mais equilíbrio e menos jogos para proteger a saúde dos jogadores", cogitou Infantino, garantindo que estas propostas "não são ficção científica".
Infantino revelou que a Fifa está trabalhando em medidas para os jogadores cujos contratos terminam em 30 de junho. "Pensamos em modificações e derrogações temporárias ao regulamento sobre o estatuto dos jogadores e de transferências para proteger os contratos". O dirigente insistiu que todas as medidas exigiram um "sacrifício". "São necessárias medidas rigorosas. Mas não há outra opção. Todos temos que fazer sacrifícios". Por outro lado, Infantino negou estar negociando a criação de uma Superliga fechada com clubes europeus, um pedido dos presidentes de alguns dos gigantes do continente. "No futuro, é preciso haver pelo menos 50 seleções que possam ganhar a Copa do Mundo e não só oito seleções europeias e sul-americanas. E 50 clubes que possam ganhar o Mundial de Clubes, não só cinco ou seis europeus. E, desses 50, 20 serão europeus, o que já me parece melhor do que atualmente", argumentou Infantino. "Não é momento de falar sobre isso, porque a saúde das pessoas é prioridade", completou.
O primeiro Mundial de Clubes com o novo formato de 24 clubes está previsto para ser disputado de 17 de junho a 4 de julho de 2021. "Voltaremos a jogar quando for possível, sem colocar em risco a saúde de ninguém", concluiu. ea/chc/mcd/am 

AFP e Correio do Povo

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