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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Prefeitura e associação assinam contrato para os restaurantes Prato Alegre

Iniciativa substitui o antigo Restaurante Popular ao atender gratuitamente apenas pessoas em situação de vulnerabilidade social

Por Gabriel Guedes

Durante contratação que viabilizou dois novos restaurantes Prato Alegre, prefeito Nelson Marchezan detalhou como pretende utilizar os recursos públicos na transformação da vida das pessoas

Durante contratação que viabilizou dois novos restaurantes Prato Alegre, prefeito Nelson Marchezan detalhou como pretende utilizar os recursos públicos na transformação da vida das pessoas | Foto: Ricardo Giusti

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Foi firmado na tarde desta sexta-feira o contrato que vai viabilizar os dois primeiros restaurantes Prato Alegre, que atenderão pessoas em situação de vulnerabilidade social em Porto Alegre. Em ato no Salão Nobre da prefeitura, o prefeito Nelson Marchezan Júnior e a secretária de Desenvolvimento Social e Esporte, comandante Nádia Gerhard, assinaram o documento com a Organização Social Civil (OSC) Beith Shalom. A associação foi a vencedora do edital de chamamento público e agora tem o prazo de 30 dias para iniciar os trabalhos no Centro e na Vila Cruzeiro.

A comandante Nádia assegurou que os novos restaurantes "não servirão apenas um prato de comida". Segundo a secretária, as novas unidades possibilitarão que "pessoas em situação de vulnerabilidade social possam receber uma atenção completa". Para tanto, a pessoa que precisar almoçar em algum destes estabelecimentos, será cadastrada e passará por uma anamnese, para que possíveis problemas e dificuldades possam ser tratadas. Os restaurantes, de acordo com Nádia, terão nutricionista e assistente social. Em troca destes serviços, a prefeitura irá remunerar a Beith Shalom em R$ 79.200 mensais. Neste primeiro mês, excepcionalmente, a entidade receberá R$ 45 mil para montagem da estrutura.

A Beith Shalom, segundo seu presidente, Niles Kael, é mais conhecida pelo Projeto Amor, que já vem sendo realizada há dez anos. "Somos aquelas pessoas de colete amarelo que distribuem refeições pelas ruas da cidade durante à noite", lembrou. A assinatura do contrato vem em um bom momento para a associação. "Esta é a oportunidade de amadurecer este trabalho. A proposta aqui é o acolhimento, respeitar as pessoas que precisa desta ajuda". O contrato assinado prevê o fornecimento de 300 refeições, sendo 200 na unidade do Centro e 100 na da Vila Cruzeiro.

A ideia de implantar estes novos restaurantes foi colocada em prática logo que o tradicional Restaurante Popular, da Rua Santo Antônio, bairro Floresta, foi fechado em 9 de maio, pelo término do contrato da empresa prestadora do serviço com a prefeitura. No estabelecimento fechado, a comida não era gratuita, mas servida mediante o pagamento de R$ 1. Desde 13 de maio, em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), em caráter provisório, uma carreta equipada com cozinha industrial e lavanderia, passou a atender a demanda no Ginásio Tesourinha, servindo 150 refeições diárias.

O prefeito Nelson Marchezan Jr., reforçou o caráter transformador da iniciativa. "Não queremos apenas dar refeições. Temos que colocar dinheiro público para mudar vidas. Esperamos que a alimentação seja o meio de transformação destas pessoas em situação de vulnerabilidade", afirmou.

Também no mesmo ato onde foi assinado o contrato, foi lançado novo edital de chamamento público para entidades interessadas nos demais quatro lotes do Prato Alegre: Centro 2, Eixo Baltazar, Restinga e Lomba do Pinheiro.


Correio do Povo

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