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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Planejar para a vida

por Marcia Dessen

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Para falar de dinheiro e de planejamento financeiro, é preciso falar de vida

Quando o assunto é dinheiro, muitas pessoas se incomodam, não se sentem à vontade. Muitas vezes o assunto remete a lembranças desagradáveis, a sentimentos ruins (fracasso, impotência, frustação, ganância, inveja) e a práticas pouco nobres (corrupção, suborno, propina), com impacto na conduta pessoal e profissional das pessoas.

Esse ângulo feio distorce, deprecia, afasta as pessoas que querem distância dessa que parece ser a causa de tantas coisas das quais nos envergonhamos: o dinheiro. Mas o dinheiro é apenas um meio para alcançarmos as coisas que queremos, para o bem ou para o mal. Nossos caráter, princípios e valores ditarão como nos relacionaremos com o dinheiro.

Proponho uma nova forma de olhar para o dinheiro, olhar para o que importa, o que tem significado. Antes de pensar em dinheiro e fazer planejamento financeiro, é preciso falar de vida.

“Quero sossego, paz de espírito, nada de sufoco quando situações inesperadas acontecem e comprometem o orçamento do mês.” Uma reserva financeira resolve o problema. Mantenha uma reserva equivalente a seis meses de orçamento. Mantenha esse dinheiro longe, bem longe, das liquidações e ofertas imperdíveis de Black Friday. Esse dinheiro não está sobrando, é sua tábua de salvação.

“Sonho em ter uma casa para chamar de minha.” Poupe o suficiente para a entrada e use um financiamento imobiliário. O benefício será tão grande que justifica o esforço; lembre-se do conforto e bem-estar que está proporcionando a si mesmo e aos entes queridos e do patrimônio que está construindo.

“Vou proporcionar educação de qualidade para meus filhos.” Inicie um plano de acumulação de recursos na data do nascimento; o tempo e os juros facilitarão seu esforço, e o objetivo será alcançado.

“Quero dormir tranquilo.” Noites de insônia e assédio de credores cobrando dívidas vencidas podem ser evitados com uso consciente do crédito. Usar crédito para financiar consumo é fria. Reavalie suas escolhas, mude hábitos de consumo, controle seus gastos, priorize, estabeleça limites.

“Menos trabalho, mais lazer.” Guarde dinheiro para as viagens que você tanto aprecia. Analise as despesas, verifique se o dinheiro está sendo bem gasto, pense se você faria a mesma compra novamente, se valeu a pena. Descubra os excessos, os erros de consumo, e sua viagem de lazer acontece.

“Vou me preparar para a longevidade, não quero depender da Previdência Social.” Comece cedo. Quanto antes, melhor e menor será o desafio de acumular os recursos necessários para assegurar a qualidade de vida que você merece.

Seus sonhos e seus objetivos são as metas a serem atingidas, definem o que se quer.

Planejamento financeiro é uma ferramenta, um método que ajuda a entender como as metas podem ser alcançadas. Não se refere somente ao montante de dinheiro que cada meta requer, mas às escolhas que precisam ser feitas e permitem priorizar, identificar o que é importante e o que não é, o que é urgente e o que pode esperar.

Planejamento financeiro ajuda a entender os limites, seja de poupança, seja de gastança. Permite saber quanto chega, quando já temos o suficiente para viver a vida, o presente, sem esquecer que temos um longo futuro pela frente —nós, nossos ascendentes e descendentes que, a depender das circunstâncias, teremos que prover.

Sábios e privilegiados os que se preparam financeiramente para viver a vida na sua plenitude.

Fonte: Folha Online - 24/12/2018 e SOS Consumidor


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