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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Maria Bolena–História virtual

Maria Bolena

Retrato por Hans Holbein, o Jovem

Cônjuge
Guilherme Carey
Guilherme Stafford

Descendência
Catarina Carey Knollys
Henrique Carey, 1.° barão Hunsdon
Ana Stafford
Eduardo Stafford

Casa
Família Bolena (por nascimento)
Família Carey (por casamento)
Família Stafford (por casamento)

Nascimento
c. 1499/1500

Blickling Hall, Norfolk, Inglaterra

Morte
19 de julho de 1543 (43 anos) ou (44 anos)

Pai
Tomás Bolena

Mãe
Isabel Howard

Assinatura
Assinatura de Maria Bolena

Maria Bolena (em inglês: Mary Boleyn; c. 1499/150019 de julho de 1543) foi uma dama da corte, filha de Tomás Bolena, Conde de Wiltshire, e de Isabel Howard, filha do Duque de Norfolk. Mais velha do que sua famosa irmã, Ana Bolena.

Maria teve destaque em sua época por ter sido amante do rei Henrique VIII da Inglaterra e provavelmente do rei Francisco I da França, além de ter sido irmã da segunda esposa do rei Henrique, a rainha Ana.

Índice

Vida

Na corte francesa

Em 1514, ela e a irmã Ana Bolena, que estava estudando nos Países Baixos, com aproximadamente 15 e 13 anos de idade, respectivamente, foram enviadas para a corte francesa como damas da princesa inglesa Maria Tudor, de 18 anos, que casar-se-ia com o rei da França, Luís XII. Luís morreu poucos meses depois, sem deixar herdeiros, e sua filha, Cláudia de Valois casou-se com o novo rei Francisco I, tornando-se sua consorte, já que não poderia reinar devido à lei sálica.

Ana Bolena permaneceu na França para servir à rainha Claudia; Maria regressou à Inglaterra. Diferentemente da irmã, Maria saiu com uma péssima reputação da França: tinha fama de "extremamente devassa".

Na corte inglesa

Maria é descrita como "uma jovem leviana, que desfrutava de todos os prazeres da corte" na obra "As seis mulheres de Henrique VIII", de Antonia Fraser. A reputação que adquiriu na França não era exatamente “honesta”. Talvez por isso ela logo tenha chamado a atenção do rei Henrique VIII, que a tomou como amante. Ao fim do romance, Maria foi imediatamente casada com um mercador de nome William Carey.

Em 1522, Ana Bolena retornou à Inglaterra para se casar. Apesar de ser a filha mais nova, tinha possibilidades maritais melhores do que as que tivera a irmã, já que esta envolvera-se com o rei antes de se casar, portanto notoriamente não era virgem, o que complicava sua situação. O escolhido para Ana Bolena foi um primo seu: James, lorde Butler. O casamento entre os dois encerraria uma velha disputa a qual o pai de Ana e Maria, Thomas, dedicava-se há muito tempo: a posse do condado de Ormonde, uma possível herança para a família Bolena. As negociações falharam. Ana, entretanto, acabou permanecendo na corte inglesa. Estava muito mudada: os sete anos na França haviam-na transformado em uma francesa. E ela logo surpreenderia a todos.

Em 1524, nasceu o primeiro bebê de Maria com seu esposo William: uma menina, a quem chamaram Catarina. Em 1526, Maria deu à luz um menino de nome Henrique. Em seu "As seis mulheres de Henrique VIII", Antonia Fraser mostra que é impossível os filhos de Maria serem também do rei Henrique, fruto do tempo em que ele e Maria foram amantes. Por apenas dois motivos: A primeira criança, Catarina, nasceu em 1524, e o romance real havia terminado em 1521. O outro motivo era o desejo desesperador do rei em relação a um filho varão: seu casamento com a rainha Catarina de Aragão havia resultado em apenas uma menina, o que deixava a sucessão Tudor balançada. Quando a primeira amante de Henrique, Bessie Blount, deu à luz um menino (Henry Fitzroy) em 1516, ele foi reconhecido como filho ilegítimo do rei e, entre outras honrarias, feito duque de Richmond. Se os filhos de Maria tivessem como pai o rei Henrique, com certeza seriam reconhecidos, como acontecera com Fitzroy.

Em 1526, o rei Henrique VIII apaixonou-se por Ana Bolena. Ao contrário de Maria, Ana recusou-se a ser amante do rei. Inteligente, não cedera facilmente: estava disposta a ter a coroa da Inglaterra. Apaixonado e movido pela falta de um herdeiro varão, Henrique tenta divorciar-se de Catarina de Aragão para casar-se com Ana. A Igreja Católica não atende ao apelo.

Durante o verão de 1528, uma epidemia de suor maligno atacou a Inglaterra, matando centenas de pessoas. Embora tenha contraído a doença, Ana sobreviveu. Seu marido, William Carey, no entanto, morreu.

Maria em Rochford

Em 1533, finalmente ocorreu o casamento entre Ana Bolena e Henrique VIII. Maria também acabaria por se casar nesse ano, mas de modo bem menos glamouroso: seu noivo chamava-se William Stafford e era um serviçal de seu tio, Thomas Howard. O casamento por amor foi realizado escondido e às pressas, e teve como consequências a fúria da família Bolena. Maria era a irmã da rainha da Inglaterra e podia, por isso, fazer um casamento financeiramente bem mais vantajoso. O jovem casal foi então banido da corte.

Maria e Stafford foram então viver no campo, em Rochford. Ela logo engravidou, dando à luz uma menina chamada Ana. Em 1535, nasceria o segundo filho do casal, Edward.

Não há descrição precisa sobre a vida de Maria durante o reinado de sua irmã. Ela nunca se ausentou de Rochford para visitar sua família.

Mas permanecia aflita para retornar à corte. Escrevia frequentemente ao rei e ao chanceler, Thomas Cromwell, implorando por clemência. Quem acabou por ceder foi sua irmã Ana, que enviou-lhe uma xícara dourada e um pouco de dinheiro, ocorrendo assim uma reconciliação íntima entre as duas. Maria então retornou à corte com sua família.

De volta à corte

Ana precisava da sua ajuda. Após dar à luz Isabel, ela não conseguia manter uma gestação até o fim, o que estava deixando o rei novamente apreensivo em ter um herdeiro varão. Henrique começava a desviar o seu interesse para outras mulheres da corte, e para desespero da família Bolena, começou a relacionar-se com uma jovem aia, Joana Seymour, o que diminuiu drasticamente a influência de Ana sobre ele.

Ele agora desejava casar-se com Joana. Thomas Cromwell, que havia ajudado Ana a ascender, agora era o responsável por sua queda, apresentando acusações inteiramente falsas contra a rainha.

Ana foi condenada por traição, acusada de incesto (diziam-se que ela mantinha relações com o irmão, Jorge) e adultério. Jorge também foi acusado das mesmas coisas e ainda de sodomia, por apresentar tendências homossexuais. Seus supostos parceiros também foram julgados, culpados e executados. Ana e Jorge foram presos e depois decapitados na Torre de Londres, em 19 de maio de 1536 e 17 de maio de 1536, respectivamente, na presença da desesperada Maria. Henrique logo casou-se com Joana Seymour, que foi a terceira das suas seis mulheres.

Maria regressou a Rochford.

Vida “pós-Ana”

Com a morte dos seus pais (em 1538 e 1539), Maria herdou todas as terras da sua família, em Essex, tornando-se uma rica camponesa. A chegada da rainha Ana de Cleves levou sua primogênita, Catarina Carey, para a corte em 1540. Os outros três permaneceriam com Maria e Stafford pelo tempo seguinte.

Maria morreu em 19 de julho de 1543. Sua filha Ana também morreria por essa época, perto dos 10 anos de idade. Também aos 10 morreria Edward, em 1545. Após a morte de Maria, William Stafford se casou com uma mulher chamada Dorothy, que acabaria por ser uma cortesã influente durante o reinado de Elizabeth I da Inglaterra. Henrique Carey também ganharia muitas honras nesse período, como conselheiro da rainha, sua prima. Sua irmã Catarina também teria relevância: fundaria uma importante dinastia Elizabethana (ou Isabelina), com seu marido Francisco Knollys.

Descendência

Maria Bolena foi mãe de quatro filhos, sendo eles:

  • Catarina Carey: Nascida em 1524, filha de William Carey. Foi dama de honra das rainhas Ana de Cleves e Catarina Howard e importante figura no reinado de Isabel I, sua prima. Casou-se com Sir Francis Knollys e teve com ele 14 filhos: Lettice Knollys, Mary Knollys, Henry Knollys, Elizabeth Knollys, William Knollys, Edward Knollys, Sir Robert Knollys, Richard Knollys, Sir Thomas Knollys, Sir Francis Knollys, Anne Knollys, Catherine Knollys, Cecily Knollys e outro bebê, que morreu cedo e cujo sexo é desconhecido. Sua filha mais velha, Lettice, é ancestral de personalidades como Charles Darwin, Winston Churchill, Diana, Princesa de Gales, Isabel Bowes-Lyon e Sara, Duquesa de Iorque.
  • Henrique Carey: Nascido em 4 de março de 1526, filho de William Carey. Tornou-se principal conselheiro e cortesão na corte de sua prima Isabel I, que o fez Visconde Hunsdon. Casou-se com Ann Morgan, com quem teve 12 filhos: Sir George Carey, Sir John Carey, Henry Carey, Thomas Carey, Thomas Carey (recebeu o mesmo nome do irmão, morto na infância), William Carey, Sir Edmund Carey, Robert Carey, Katherine Carey, Philadelphia Carey, Margaret Carey. Também teve alguns filhos ilegítimos, incluindo Valentine Carey.
  • Ana Stafford: Filha de Maria com William Stafford, nascida logo após ao casamento dos pais, cerca de 1533, provavelmente morreu na infância.
  • Eduardo Stafford: Filho de Maria e Stafford, nasceu em 1535 e morreu 10 anos depois, em 1545.

Títulos

Por toda sua vida, Maria recebeu diversos tratamentos. De seu nascimento a 1521 foi “Senhorita Bolena”, ainda que por certo tempo tenha sido conhecida como “A amante do rei”. Em 1521, o casamento com William Carey rendeu-lhe o tratamento de “Senhora Maria Carey” ou “Lady Carey”. Manter-se-ia assim até 1533; o enlace com Wlliam Stafford, tornou-a “Lady Maria Stafford”. Ela seria assim conhecida até sua morte, em 1543.

Na cultura popular

Ficção
  • É personagem do filme "Ana dos Mil Dias" de 1969 e também do filme "Duas irmãs, um rei".
  • Aparece em livros como "O diário Secreto de Ana Bolena" de Robin Maxwell; "Elizabeth" de Rosalind Miles; "A Rosa de Hever" de Maureen Peters; "The Lady in the Tower" de Jean Plaidy; "Mistress Anne" de Norah Lofts; "The Concubine" de Norah Lofts; "Anne Boleyn" de Evelyn Anthony, "Dear Heart, How Like You This" de Wendy J. Dunn; "Brief Gaudy Hour" de Margaret Campbell Barnes e "Doomed Queen Anne" de Carolyn Meyer.
  • É personagem principal do livro The Other Boleyn Girl de Philippa Gregory, tradução de "The Other Boleyn Girl". O romance é uma espécie de diário de Maria. A história do livro inspirou uma série feita pela BBC em janeiro de 2003, em que Maria é vivida por Natascha McElhone. Foi também feito um filme, The Other Boleyn Girl, em que Scarlett Johansson a interpreta.
  • Aparece na série The Tudors, onde é vivida por Perdita Weeks.
Não-ficção

É personagem de livros de não-ficção, como "The Mistresses of Henry VIII" de Kelly Hart e "Mary Boleyn" de Josephine Wilkinson.

Ancestrais

[Esconder]Ancestrais de Maria Bolena

16. Tomás Bolena

8. Sir Geoffrey Boleyn

17. Anne Bracton

4. Sir Guilherme Bolena

18. Tomás Hoo, 1.° Senhor Hoo

9. Ann Hoo

19. Elizabeth Wychingham

2. Tomás Bolena, 1.º Conde de Wiltshire

20. Jaime Butler, 4.° Conde de Ormond

10. Tomás Butler, 7.º Conde de Ormond

21. Joana de Beauchamp

5. Margarida Butler

22. Sir Richard Hankford

11. Anne Hankford

23. Ana de Montagu

1. Maria Bolena

24. Sir Robert Howard

12. João Howard, 1.º Duque de Norfolk

25. Margarida Mowbray

6. Tomás Howard, 2.º Duque de Norfolk

26. Sir William de Moleyns

13. Catherine Moleyns

27. Marjery Whalesborough

3. Isabel Howard

28. Sir Philip Tilney

14. Sir Frederick Tilney

29. Isabel Thorp

7. Isabel Tilney

30. Sir Lawrence Cheney

15. Elizabeth Cheney

31. Elizabeth Cokayn

O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Maria Bolena



Wikipédia



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