Desoneração de folha e tributação de fundos não devem ser votadas, avalia Maia

Presidente da Câmara afirma que não há acordo para levar propostas a plenário

Presidente da Câmara afirma que não há acordo para levar propostas a plenário | Foto: José Cruz / ABr / CP

Presidente da Câmara afirma que não há acordo para levar propostas a plenário | Foto: José Cruz / ABr / CP

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira que ainda não há acordo para votar duas propostas do ajuste fiscal deste ano: o projeto que acaba com o benefício da desoneração da folha de pagamento para alguns setores e a medida provisória (MP) que aumenta a tributação dos fundos exclusivos, de investidores milionários.

A ideia original do governo era reverter a desoneração da folha de salários para 50 setores. A economia seria de R$ 8,8 bilhões por ano. Com a mudança na tributação dos fundos exclusivos, entrariam mais R$ 6 bilhões por ano aos cofres públicos.

Maia, porém, disse que os deputados devem votar esta semana outros dois projetos: o cadastro positivo, de bons pagadores, e o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). Segundo o deputado fluminense, o cadastro positivo deve ser votado ainda nesta quarta-feira.

Já a MP dos fundos exclusivos deve acabar caducando, ou seja, perdendo a validade. Editada em 31 de outubro do ano passado, a proposta perde validade no dia 8 de abril. Em março, Maia já tinha anunciado que é contra a medida e que não havia acordo para aprová-la. Na avaliação dele, o governo dá uma sinalização equivocada de “insegurança jurídica” ao propor alteração das regras no meio do processo de investimentos.

Maia se reuniu na terça-feira com governadores para tratar do projeto que permite a Estados venderem ao mercado financeiro créditos que têm a receber de contribuintes, a chamada securitização de dívidas. A proposta já foi aprovada no Senado e aguarda análise dos deputados.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário