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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Fuzilada há cem anos, Mata Hari ainda é mito

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Paris – Em 15 de outubro de 2017, Mata Hari morreu fuzilada aos 41 anos, acusada de ser uma agente dupla prussiana e francesa em plena I Guerra Mundial. Cem anos depois, o mito sobre esta bailarina e mulher fatal continua vivo.

Margaretha Zelie chegou a Paris aos 27 anos em novembro de 1903. Ela deixou sua Holanda natal, após se divorciar do marido, Rudolf Mac Leod, um oficial da Marinha 20 anos mais velho. Partiu em busca de fortuna e fez tentativas fracassadas como modelo do pintor Octave Guillonnet.

Começou a dançar em salões privados com o codinome Lady Mac Leod, antes de ficar famosa como Mata Hari (“o Sol” em malaio) com “danças indianas”, apesar de não saber nada sobre o tema. Emile Guimet, fundador do museu parisiense de artes asiáticas, abriu-lhe sua sala de espetáculos para uma apresentação em 13 de maio de 1905. Margaretha começou vestida de princesa hindu e terminou nua. Foi o início de uma carreira que a transformou em uma artista muito solicitada.

Mata Hari viveu no Champs Elysées, onde foi cortesã. Chegou a ter ministros entre seus clientes. De repente explodiu a guerra. Em 1915, ela voltou para a Holanda. Ali no começo de 1916, endividada por seu estilo de vida, aceitou que um diplomata alemão pagasse suas dívidas em troca de informação. Assim se tornou a agente H 21.

De volta a Paris, conheceu o capitão Landoux, um oficial de contra espionagem, que desconfiava dela. Por ter relações com ministros, Mata Hari se considerava intocável. Ladoux a incumbiu de diversas missões e a vigiou. No verão de 1916, aumentaram as suspeitas quando ela se apresentou ao serviço de informação do Exército francês para pedir um salvo-conduto para ir a Vittel, onde a França construía uma base aérea. Ela conseguiu, mas foi o começo de seu fim.

Em janeiro de 1917, interceptaram uma mensagem da Alemanha, provando que H 21 era uma agente dupla. Segundo historiadores, os alemães sabiam que os franceses decifrariam o texto, o que significa que eles a abandonaram intencionalmente. Foi detida em 13 de fevereiro em seu quarto no então Hotel Palácio do Eliseu (hoje, sede do Executivo francês) e levada para a prisão em Saint-Lazare. Em 24 de julho, o conselho de guerra a condenou à morte. Diante do pelotão de fuzilamento, quando lhe perguntaram se tinha alguma revelação a fazer, Mata Hari respondeu: “Nenhuma, e se tivesse alguma a guardaria para mim”.

Fonte: Correio do Povo, página 9 de 12 de outubro de 2017.

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