Ele e outros parlamentares entendem que houve violência na desocupação da Secretaria da Fazenda
Denúncia foi feita ao procurador-geral de Justiça do Estado, Marcelo Lemos DornellesFoto: Vanessa Vargas / PT Sul,Divulgação
Rosilene Pozza
O deputado Pepe Vargas (PT), junto com a deputada federal Maria do Rosário (PT) e dos deputados estaduais petistas Jeferson Fernandes, Luiz Fernando Mainardi, Adão Vilaverde e Stela Farias e Pedro Ruas (PSOL), apresentou nesta quinta-feira denúncia ao procurador-geral de Justiça do Estado, Marcelo Lemos Dornelles, sobre violência praticada pela Brigada Militar.
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O posicionamento deu-se em virtude da desocupação da Secretaria da Fazenda, em Porto Alegre, quarta-feira. Para Pepe, ficou nítido o despreparo dos servidores no trato com estudantes menores de idade, pais e um jornalista que fazia a cobertura da desocupação.
— Os policiais tiveram atos inadequados na abordagem. Remete ao período da ditadura. A prisão de quarta-feira fere a liberdade de imprensa, e essa violência empregada contra os estudantes é inaceitável — definiu Pepe, defendendo a negociação e o diálogo, dentro do que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Dornelles disse que, embora discorde da presença de adolescentes na ocupação, não concorda com a violência demonstrada em vídeo exibido.
Truculência
Quem assiste ao vídeo do Jornal JÁ, de Porto Alegre, divulgado nesta quinta-feira, verifica que os estudantes foram arrastados e tiveram spray de pimenta sendo disparado diretamente no rosto.
Foram presas 43 pessoas, entre elas, um jornalista. As imagens foram registradas pelo repórter, que na ação questionou: "Para abordar as meninas, não precisa de policial mulher?". E seguiu dizendo: "Sou jornalista, não sou policial".
A BM, por sua vez, emitiu nota declarando que somente foi informada de que um deles era jornalista no momento em que o próprio era conduzido até o ônibus. "Cabe destacar que ele ocupava o prédio junto dos demais", diz o texto.
A vereadora Ana Corso (PT) abordou o assunto na sessão da Câmara de quinta-feira, classificando de "truculenta" a ação da BM.
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