Líder do DEM no Senado diz que afastamento de Dilma deve ser rápido


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Brasília - Tem início a votação da autorização ou não da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no plenário da Câmara dos Deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Câmara autoriza abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff Marcelo Camargo/Agência Brasil
Após 342 deputados federais terem votados a favor da abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, governistas deixaram o plenário da Câmara com declarações de que a derrota foi do país. Apesar do clima pessimista, o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), disse que “a democracia vencerá”. Com a aprovação da Câmara, o futuro de Dilma Rousseff passa para as mãos dos 81 senadores, que a partir de amanhã (18)  iniciam o processo, com a leitura do relatório em plenário.  Já o senador Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, acompanhou a votação direto do plenário da Câmara e rechaçou as críticas ao vice Michel Temer, que pode assumir a presidência caso o Senado acata o processo. Se isso ocorrer, Dilma terá de se afastar do cargo.
“Se aqui aceitamos a Constituição brasileira, se a regra é a Constituição, não tem como argumentar esta tese. A Constituição determina que no afastamento da presidente assume o vice-presidente. Não se coloca se terá que ser analisada sua popularidade ou não. Isto é mantra”, disse Caiado
Para Caiado, são poucas as chances de o processo não culminar no afastamento definitivo da presidenta Dilma. O senador afirmou que o resultado da Câmara mostra que o governo “não tem a menor capacidade de sobrevivência política”. Segundo ele, um acordo de procedimento pode garantir celeridade ao processo no Senado. “A ingovernabilidade está instalada e nós, senadores, precisamos, com responsabilidade, resumir ao máximo num calendário e votarmos rapidamente o parecer da comissão em 10 dias”, afirmou
Na terça-feira (19), os líderes partidários deverão indicar os 42 parlamentares que vão compor a comissão que analisará o assunto no Senado, com 21 titulares e 21 suplentes. A comissão tem prazo de 48 horas para eleger o presidente e o relator. Por causa do feriado de 21 de abril, nesta quinta-feira, isso deverá ocorrer somente na segunda-feira (25).
Os integrantes da comissão especial serão definidos conforme a proporcionalidade dos partidos ou dos blocos partidários. A partir daí, o colegiado terá dez dias para apresentar um relatório pela admissibilidade ou não do processo de impeachment. O que ainda não está claro é se são dias corridos ou dias úteis. O parecer será votado na comissão e independentemente do resultado também será apreciado pelo plenário do Senado. Em ambos os casos, a votação será por maioria simples.



Imprensa internacional destaca abertura de impeachment de Dilma


Alguns dos principais veículos de imprensa do mundo dão destaque à autorização para abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, aprovado na noite (17) pela Câmara dos Deputados. Em suas páginas na internet, jornais como o The New York Times,The Washington PostThe GuardianLe MondeLe FigaroEl País Clarín têm a decisão dos deputados brasileiros entre as manchetes. 
The New York Times destaca a larga vantagem obtida pelos deputados pró-impeachment, que chegaram aos 342 votos necessários para dar seguimento ao processo quando os votos contrários somavam 127. O jornal norte-americano lembra que o processo depende agora do Senado Federal e também relata a comemoração de manifestantes favoráveis à saída de Dilma em atos espalhados pelas principais cidades do país.
O francês Le Monde destaca a ligação entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diz que a derrota de hoje na Câmara mostra que a presidenta "tem poucas chances de termionar o mandato". O jornal publicou que, diante do cenário, a perspectiva é que a votação no Senado “seja apenas uma formalidade” para confirmar o veredicto dos deputados. O jornal destaca que Dilma é alvo do processo pela acusação de crime de responsabilidade pelas chamadas pedaladas fiscais, mas que o recurso também foi usado pelos presidentes que a antecederam.
Na página do El País, a manchete principal é a decisão da Câmara dos Deputados brasileira, que o jornal chama de “início da destituição de Dilma Rousseff”. O El País também destaca que a decisão final sobre o afastamento da presidenta caberá ao Senado, o que pode acontecer em maio.
Clarín, da Argentina, classifica de expressiva a votação que garantiu a abertura do processo contra Dilma e cita falas de deputados contra o governo ao longo da sessão. O também argentino La Nación diz que o resultado desta noite na Câmara representa “um duro golpe” para o governo e que Dilma, primeira mulher a presidir o Brasil, também poderá ser a primeira a ser destituída do poder na América Latina neste século. O jornal também destaca que o processo seguirá para o Senado.



Presidentes de Venezuela e Bolívia criticam abertura de impeachment de Dilma


Dois chefes de Estado da América do Sul, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Bolívia, Evo Morales, declararam apoio à presidenta Dilma Rousseff após decisão da Câmara dos Deputados de abertura do processo de impeachment na Câmara dos Deputados neste domingo (17). Em sua conta no Twitter, Maduro questionou a legalidade do processo aprovado e acusou a oposição brasileira de atuar por “ordem yankee”, referindo-se aos Estados Unidos.
“A direita do continente desconhece a Soberania Popular. Pretendem que desapareçamos? Alerta, alerta que caminha”, escreveu o presidente venezuelano. Junto com a declaração, Maduro postou fotos de manifestações contra o impeachment feitas no Brasil. Essa foi a mais recente das manifestações pela rede social do presidente venezuelano, dado a frequentes críticas aos governos de direita e ao que chama de “imperialismo norte-americano”.
Antes da votação, Maduro havia feito outra publicação sobre a crise política no Brasil. Ele postou uma foto de manifestantes com bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Na imagem, o grupo erguia uma bandeira com os rostos do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “O povo brasileiro mobilizado diz 'não ao golpe a Dilma', entretanto, o Parlamento atua como um lacaio do Império”. Outro post diz “A presidente Dilma chegou ao poder com 54 milhões de votos, hoje 437 gorilas a ameaçam por ordem yankee”.
Também via Twitter, o presidente boliviano, Evo Morales, foi outro a criticar a abertura do processo de impeachment de Dilma. Ele referiu-se à votação de domingo à noite como um “golpe”, reproduzindo um discurso amplamente repetido pelos críticos ao impeachment e pela própria Dilma. “Não ao golpe no Congresso. Defendamos a democracia do Brasil, sua liderança regional e a estabilidade da América Latina”.
Com 367 votos a favor, o processo de impeachment contra Dilma foi aberto na noite de ontem e segue para análise do Senado. O pedido teve como base o argumento de que Dilma cometeu crime de responsabilidade por causa do atraso nos repasses a bancos públicos para o pagamento de benefícios sociais, que ficaram conhecidos como pedaladas fiscais. Os autores do pedido também citaram a abertura de créditos suplementares ao Orçamento sem autorização do Congresso Nacional como motivo para o afastamento da presidenta. 


Manifestantes comemoram abertura de impeachment na Esplanada


 Brasília - Manifestantes favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff se reúnem na Esplanada para assistir, por telão, a votação do processo (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Após o resultado da votação na Câmara dos Deputados, os manifestantes favoráveis ao impeachment explodiu em comemoração Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O clima de torcida de futebol que se intensificou na política brasileira nos últimos meses chegou ao seu ápice na noite de hoje (17) na Esplanada dos Ministérios. Após o resultado da votação na Câmara dos Deputados, que aprovou a abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, uma multidão - a maioria vestida de amarelo - explodiu em comemoração.
Eles gritaram, cantaram o Hino Nacional e inflaram, no final da manifestação, um grande boneco do “Pixuleco”, ato que a Secretaria de Segurança do Distrito Federal havia proibido por considerar que seria um ato de provocação aos manifestantes contrários ao impeachment.
"É difícil mensurar o quão importante é esse momento. Cada cidadão presente, se manifestando em prol de um país melhor é um herói nacional", disse o estudante Raphael Kita, um dos coordenadores do Vem Pra Rua, movimento que organizou o ato pró-impeachment na Esplanada. "A gente não aceita a forma como o governo lida com a situação do país hoje. A gente vai se manter vigilante sempre. Não adianta eleger alguém e não saber o que ele está fazendo. Temos sempre que saber o que ele está fazendo, independente de partido, senão o voto é jogado fora".
Pelo telão
Por volta das 23h, quando o voto “sim” do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) contabilizou os 342 suficientes para abrir o processo de impeachment, a Esplanada recebia cerca de 50 mil manifestantes a favor do impedimento, segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Divididos por um muro e observados por 5 mil policiais que fazem a segurança da área, os manifestantes contra e a favor do impeachment acompanharam por telões colocados dos dois lados.
Do lado pró-impeachment, muita vibração a cada "sim" proferido pelos deputados no plenário. A cada voto "não", vaias eram ouvidas. Durante a votação, a multidão estava concentrada, olhando atentamente aos telões.
Se a posição da maioria dos Deputados se repetir no Senado, significará o segundoimpeachment de um presidente do Brasil. Agora, o processo será encaminhado ao Senado, para apreciação naquela Casa. Ossenadores já começaram as articulações em prol da aceitação ou não do processo de afastamento de Dilma Rousseff.
Mais conscientes
 Brasília - Manifestantes favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff se reúnem na Esplanada para assistir, por telão, a votação do processo (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
A Esplanada recebia cerca de 50 mil manifestantes a favor do impedimento, segundo a PMFábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O servidor público Paulo Tanner, 28, participou de todos os grandes atos peloimpeachment. Para ele, as pessoas estão mais conscientes do seu papel na sociedade e das responsabilidades dos governantes. "Acho que o povo finalmente tomou consciência e está indo às ruas contra esse estado de coisas que a esquerda nos colocou. Acho que a luta vai continuar por muitos anos, tirar o PT é só o primeiro passo. A gente precisa de todo um movimento de renovação".
Para Tanner, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que chegou a sofrer manifestações de rejeição do grupo pró-impeachment durante a sessão, sofrerá as sanções necessárias sem necessidade de manifestações semelhantes. "Se o Cunha tem problema na Justiça, ele vai ser investigado. Acho que a saída do Cunha vai se dar de outro modo, por outros motivos, acho que não precisaremos ir às ruas. Se ele estiver devendo, ele vai sair".
Lamentos
Como também é típico de decisões esportivas, enquanto um lado comemora, outro lamenta. Dividida em dois, a Esplanada testemunhou também a frustração dos defensores do mandato de Dilma.
Os apoiadores do governo Dilma Rousseff, que chegou a juntar 26 mil pessoas, segundo a PMDF, se dispersava à medida que o tempo passava. Alguns foram embora antes mesmo do resultado final da votação na Câmara. Um núcleo fiel, no entanto, acompanhou até o final a votação que, segundo eles, se configura um "golpe".
De acordo com determinação da PMDF, o lado considerado "derrotado" terá que deixar a Esplanada antes, para evitar confronto com grupos contrários.




Governo admite derrota na Câmara, mas diz que pode reverter situação no Senado


Brasília - Deputado José Guimarães (PT/CE)fala durante discussão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no plenário da Câmara (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Derrota é provisória, e situação pode ser revertida, diz José GuimarãesFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), acaba de admitir a derrota do governo na votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Segundo Guimarães, a derrota é “provisória”, e o governo tem ainda a chance de reverter a situação no Senado com a ajuda das ruas.
“Perdemos porque os golpistas foram mais fortes. Reconhecemos a derrota, mas de cabeça erguida. Estamos firmes, e este país vai se levantar contra esses golpistas que não têm voto, e muito menos condições de governar o país”, disse o líder do governo.
Guimarães adiantou que a estratégia dos governistas será, em um primeiro momento, concentrar esforços no Senado, e, com a ajuda do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, José Eduardo Cardozo, acionar também o Judiciário.
“Os golpistas venceram aqui na Câmara, mas a luta continua nas ruas e no senado, que pode corrigir essa ação dos golpistas que foram capitaneados por aqueles que não têm autoridade moral para falar em ética", afirmou Guimarães. Para o deputado, reconhecer essa derrota provisória não significa dizer que a luta terminou. "A guerra não terminou. Vamos agora discutir o mérito no Senado Federal."
“Nossas expectativas são de que o país se levante e continue a lutar. Não somos de recuar, ou nos abater por esta derrota momentânea. As ruas estão conosco e temos condições de virar o jogo no Senado. O mundo inteiro começa a se mobilizar. Não é possível aprovar impedimento de uma presidenta que não cometeu nenhuma ilegalidade. É um desrespeito a 54 milhões de pessoas que votaram na presidenta. A luta está apenas começando. A guerra será lenta, gradual, segura e prolongada, até porque o vice-presidente [Michel] Temer não reúne a menor condição de comandar o país”, afirmou o líder.
Guimarães acrescentou que, assim que o processo for concluído, vai se encontrar com a presidenta “para dar um abraço nessa mulher valente que é a presidenta Dilma”.




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