O excesso de interatividade das rádios brasileiras é muito chato, por Lúcio Machado Borges*

Já está começando a ficar chato esse negócio de interatividade nas rádios brasileiras, principalmente nas emissoras do Rio Grande do Sul. É mensagens de WhatsApp, Twitter, torpedo, Facebook, etc. Principalmente em programas esportivos eu tenho percebido este excesso. A maioria das opiniões lidas no ar são perfeitamente dispensáveis.
Eu acredito que a maioria das rádios ussa essas ferramentas para “encher linguiça” em sua programação. Lamentável!




*Editor do site RS Notícias


Artigo escrito no dia 19 de setembro de 2015.


O equilíbrio das superpotências no Oriente Médio


Na realidade, o Oriente Médio tornou-se um dos cenários em que a Guerra Fria entre as duas superpotências – Estados Unidos e União Soviética – se desenvolveu de maneira mais marcante. O papel que fora desempenhado por turcos-otomanos, ingleses e franceses, passava a ser executado no pós-guerra por soviéticos e norte-americanos. Com o agravante de estenderem estes para a região os conflitos ideológicos dos sistemas que representam. Israel foi-se tornando o grande aliado dos Estados Unidos juntamente com o Irã do xá Reza Pahlevi, ao passo que a União Soviética buscava formar alianças com países árabes. E conseguiu fomentar revoltas em alguns deles que culminaram com a deposição das monarquias que historicamente os governavam e com a sua substituição por regimes socialistas.
O exemplo mais contundente deu-se no Iraque, onde a União Soviética fomentou a revolta que, em 1958, acabou com a monarquia e instituiu a república, fazendo com que, na sequência, subisse ao poder o partido Baath, de linha socialista. Este mesmo partido também viria assumir o poder na Síria. Apesar disso, os dois países sempre mantiveram históricas divergências.
Tudo, no entanto, passou a transcorrer na esteira do problema judaico-palestino. A formação do Estado de Israel e a não eleição pelos árabes da partilha da ONU deixou os palestinos sem terra. O desterro dos palestinos passou a ser cavalo de batalha dos países árabes, tendo por trás o apoio da União Soviética. Por outro lado, a proteção ao Estado de Israel era garantida pelos Estados Unidos, que mantinham o novo país como ponta-de-lança de seus interesses no Oriente Médio.
Premido pela ameaça dos árabes, Israel passou a armar-se e a estruturar um dos mais bem equipados exércitos do mundo. Aliava esta ação a um extraordinário serviço de informações.
A União Soviética armava os países árabes e fornecia substancial ajuda especialmente àqueles que seguiam pela trilha do socialismo ditado por Moscou. Na esteira desses suportes político-econômicos estavam os interesses imperialistas e expansionistas das duas superpotências. Cada uma procurando alastrar sua área de influência e de dominação. Como ponto de destaque figurava a questão judaico-palestina, que passou a ser justificativa para todos os conflitos regionais. Concomitante aos temas da região se faziam sentir as disputas da Guerra Fria.




O desafio de ser competitivo


A divulgação do ranking do Relatório Global de Competitividade 2015/16, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, divulgado nesta terça, mostra que o Brasil se encontra em situação que exige reação na condução da sua economia. De acordo com os dados, o país caiu 18 colocações nessa avaliação, ficando na 75ª posição entre 140 países. Anteriormente, era o 48º colocado na aferição de 2012. Essa queda e essa posição constituem dois recordes negativos que devem servir de alerta.
Entre os itens que foram avaliados para serem condensados estão corrupção, confiança nos políticos, defesa de interesse de acionistas, eficácia dos conselhos corporativos. A queda da nota em termos de competitividade de 4,34 para 4,05 mostra que o país ficou menos competitivo em relação a si mesmo, ou seja, não houve ascensão de seus concorrentes diretos. Os três mais bem colocados foram Suíça, Cingapura e Estados Unidos. Os lanternas foram Mauritânia, Chade e Guiné, respectivamente.
Esse levantamento pode e deve servir de subsídio para que o país busque melhorar sua produtividade e a qualidade da sua logística. A pressão cambial abre espaço para a internacionalização das empresas nacionais, mas elas precisam estar competitivas no mercado global. Internamente, o ajuste do gasto público, a reforma da atual matriz tributária, a capacitação da mão de obra, os investimentos em infraestrutura, em educação e em inovação são parte de um redirecionamento que pode reverter a atual conjuntura econômica adversa.


Fonte: Correio do Povo, página 2, editorial da edição de 30 de setembro de 2015.

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