O DNA petista, por Rogério Mendelski

Deu na coluna da colega Taline Oppitz, no último sábado: o ex-deputado petista Fabiano Pereira filiara-se ao PSB, em Santa Maria, e já é considerado pré-candidato à prefeitura. Acredito, sinceramente, que o Fabiano Pereira não tomou essa decisão com facilidade. Afinal de contas, 26 anos de militância no partido que lhe proporcionou uma carreira política destacada, não são descartáveis de uma hora para outra.
Mas por que Fabiano deixou o PT? O fato é que seu ex-partido não vacila em detonar candidaturas ascendentes se algumas correntes internas sentem-se ameaçadas como ocorreu, provavelmente com o ex-deputado que tinha como projeto político pessoal ser prefeito de Santa Maria, sua base eleitoral, além de desfrutar de prestígio que poderia levá-lo a uma vitória em 2016.
Vamos a outros incidentes semelhante vividos por lideranças petistas também desalojadas nas mesmas circunstâncias de Fabiano Pereira. Quando o PT começou a vencer as eleições municipais em Porto Alegre, o atual prefeito da Capital José Fortunati passou pela mesma situação.
Olívio Dutra venceu a eleição em 1988 tendo Tarso Genro como vice. Em 1992 foi a vez de Tarso Genro se eleger com Raul Pont de vice. Quatro anos depois, Raul Pont venceu com José Fortunati na vice-prefeitura.
Era a regra petista: o vice em uma eleição seria o candidato a prefeito na próxima. Era... Em 1996, Fortunati levou uma rasteira, e tarso Genro tomou o seu lugar para o PT vencer pela quarta vez consecutiva. Não há nenhuma dúvida sobre Fortunati se eleger prefeito naquele ano. O PT mandava em Porto Alegre, mas a corrente de Tarso impediu a sequência dos vices. Fortunati, magoado, foi para o PDT e hoje é prefeito de Porto Alegre.
Em 1998, Olívio Dutra vence a eleição para o Palácio Piratini e tinha “direito adquirido” para concorrer à reeleição (emenda constitucional nº17/1997). Uma manobra interna não deixou Olívio Dutra disputar uma segunda eleição em 2002, e, mais uma vez, Tarso Genro foi o candidato, perdendo para Germano Rigotto (PMDB).
Agora, Fabiano Pereira sentiu a ferroada quando se preparava para concorrer a prefeito de Santa Maria. O PT já se definiu pela candidatura do deputado estadual Valdeci Oliveira, ex-prefeito municipal. Como Fortunati, Fabiano deixou o PT e vai concorrer pelo PSB. Este tipo de traição entre os próprios companheiros parece ser o DNA petista.

Tudo para vencer (1)

O PT já governou Santa Maria e a atual administração de Cezar Schimer (PMDB) ainda está marcada pela tragédia da boate Kiss e tenha ou não a responsabilidade do que aconteceu. Fabiano teria boas chances de vencer e o PT voltas à prefeitura.

Tudo para vencer (2)

Fabiano Pereira (42 anos) foi vereador e secretário da Saúde em Santa Maria, antes de ser eleito deputado estadual em 2002, com 26.285 votos e reeleito em 2006, com 38.900 votos. Em 2010 concorreu a deputado federal, alcançando 73.463 votos e ficando na 3ª suplência do Partido dos Trabalhadores.

Acordo quebrado (1)

Quando Fabiano Pereira decidiu concorrer a deputado federal ficou combinado que ele concorreria a prefeito em 2016, abrindo mão de disputar a eleição para a Câmara dos Deputados em 2018.

Acordo quebrado (2)

Eis que o PT de Santa Maria decidiu que Valdeci será o candidato em 2016 e Fabiano ficaria como companheiro de chapa, na vice-prefeitura. E deu-se a última punhalada no ex-deputado. O PT estaria negociando a vaga de vice com outros partidos, deixando Fabiano de lado ou com uma vaga para concorrer a vereador.

Apenas cansou

Fabiano Pereira não suportou uma humilhação desnecessária e deu um basta ao ex-partido de coração e de militância inquestionável. Foi para o PSB. O mesmo poderá ocorrer com o senador Paulo Paim, que também está cansado e sabe que irão lhe aprontar em 2018.


Fonte: Correio do Povo, página 8 de 27 de agosto de 2015.


Em protesto contra a decisão do presidente da Câmara de determinar votação secreta na eleição das chapas que irão compor a comissão especial do impeachment, deputados governistas quebraram urnas eletrônicas instaladas no plenário para escolher os integrantes do colegiado. Policiais legislativos tentaram conter os deputados governistas mais exaltados, mas não conseguiram impedir a depredação dos equipamentos. O Centro de Informática da Câmara comunicou à Polícia Legislativa que 10 das 14 urnas instaladas no plenário foram danificadas e ficaram fora do ar. Ao final, a chapa montada pela oposição saiu vitoriosa com 272 votos contra 199. O bloqueio tentado pelos governistas não funcionou. Leia mais na reportagem do site G1: http://glo.bo/1HTo80I‪#‎ADComunicação‬
Heráclito Fortes
2 hEditado
Durante a votação da definição da comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma, um grupo de deputados governistas literalmente bl...
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DILMA JÁ CAIU. A QUESTÃO AGORA É QUANDO SERÁ.
A comissão do IMPEACHMENT será majoritariamente formada pela chapa da oposição!
Patricia BuenoSeguir
3 hEditado
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