(Jim Michaels - USA TODAY/Estado de SP, 02) 1. Os militantes do Estado Islâmico, que se encontram sob crescente pressão da coalizão militar liderada pelos EUA no Iraque e na Síria, estão estabelecendo uma perigosa base na Líbia. O grupo terrorista aproveita do caos que se instalou no país depois que o ditador Muamar Kadafi foi deposto e morreu numa revolução, em 2011, enquanto a presença do Ocidente vem declinando na região. Os EUA planejavam colaborar na reconstrução da Líbia depois da marginalização de Kadafi, em meio à crescente violência, e do ataque terrorista de 2012 contra as instalações diplomáticas em Benghazi, no qual o embaixador Chris Stevens e três outros americanos perderam a vida.
2. O EI fixou-se na cidade costeira de Sirte e tenta expandir sua influência na Líbia. “O que mais preocupa é que, se a central do EI decidir investir mais recursos lá, a situação poderá se agravar”, disse Frederic Wehrey, analista do Carnegie Endowment for International Peace. “Os militantes estão pressionando, ao sul e a leste de Sirte, com o objetivo de conquistar o controle das instalações petrolíferas na área”, disse. “Neste momento, a Líbia, provavelmente, corre o risco de se tornar um santuário do EI”, afirma Patrick Johnson, analista de contraterrorismo da RAND Corp.
3. A expansão do EI ocorre enquanto a iniciativa dos EUA para a formação de um governo de união na Líbia declinam. Washington admitiu, no ano passado, que suspendeu o treinamento de uma força líbia de 5 mil a 8 mil homens, enquanto cresciam os confrontos entre as facções em guerra, até mesmo pelo fato de a Líbia não ter um governo dotado de base ampla, segundo afirma o Pentágono. Os EUA prosseguem os esforços diplomáticos para a criação de um governo unificado no país. “Nosso comprometimento com a Líbia sempre foi modesto”, disse Daniel Serwer, professor da Johns Hopkins School of Advanced International Studies e pesquisador no Middle East Institute. “Considerávamos a Líbia uma responsabilidade da Europa.” Por outro lado, também os países europeus pouco fizeram para conter a violência crescente. E a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) atualmente não está fornecendo nenhuma assistência militar para a Líbia.
4. Depois da queda de Kadafi, com a ajuda de ataques aéreos liderados pela Otan, a Líbia parecia um país promissor e muitos líbios confiavam na ajuda do Ocidente. Em 2012, o país realizou suas eleições com sucesso. O ataque a Benghazi provocou outra reviravolta e um declínio mais acentuado da presença americana. Em 2014, os EUA fecharam sua embaixada em Trípoli. Desde então, intensificou-se a anarquia no país, enquanto governos rivais se estabeleciam na capital e em Tobruk, na Líbia oriental. Os EUA e outros países aliados recorreram à diplomacia para incentivar as facções em guerra na Líbia a buscarem um acordo político. Será difícil mobilizar as forças contra o EI sem a existência de um governo unificado na Líbia. “O Estado Islâmico mostrou-se muito propenso a preencher todo e qualquer vazio”, disse Serwer.
Ex-Blog do Cesar Maia
2. O EI fixou-se na cidade costeira de Sirte e tenta expandir sua influência na Líbia. “O que mais preocupa é que, se a central do EI decidir investir mais recursos lá, a situação poderá se agravar”, disse Frederic Wehrey, analista do Carnegie Endowment for International Peace. “Os militantes estão pressionando, ao sul e a leste de Sirte, com o objetivo de conquistar o controle das instalações petrolíferas na área”, disse. “Neste momento, a Líbia, provavelmente, corre o risco de se tornar um santuário do EI”, afirma Patrick Johnson, analista de contraterrorismo da RAND Corp.
3. A expansão do EI ocorre enquanto a iniciativa dos EUA para a formação de um governo de união na Líbia declinam. Washington admitiu, no ano passado, que suspendeu o treinamento de uma força líbia de 5 mil a 8 mil homens, enquanto cresciam os confrontos entre as facções em guerra, até mesmo pelo fato de a Líbia não ter um governo dotado de base ampla, segundo afirma o Pentágono. Os EUA prosseguem os esforços diplomáticos para a criação de um governo unificado no país. “Nosso comprometimento com a Líbia sempre foi modesto”, disse Daniel Serwer, professor da Johns Hopkins School of Advanced International Studies e pesquisador no Middle East Institute. “Considerávamos a Líbia uma responsabilidade da Europa.” Por outro lado, também os países europeus pouco fizeram para conter a violência crescente. E a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) atualmente não está fornecendo nenhuma assistência militar para a Líbia.
4. Depois da queda de Kadafi, com a ajuda de ataques aéreos liderados pela Otan, a Líbia parecia um país promissor e muitos líbios confiavam na ajuda do Ocidente. Em 2012, o país realizou suas eleições com sucesso. O ataque a Benghazi provocou outra reviravolta e um declínio mais acentuado da presença americana. Em 2014, os EUA fecharam sua embaixada em Trípoli. Desde então, intensificou-se a anarquia no país, enquanto governos rivais se estabeleciam na capital e em Tobruk, na Líbia oriental. Os EUA e outros países aliados recorreram à diplomacia para incentivar as facções em guerra na Líbia a buscarem um acordo político. Será difícil mobilizar as forças contra o EI sem a existência de um governo unificado na Líbia. “O Estado Islâmico mostrou-se muito propenso a preencher todo e qualquer vazio”, disse Serwer.
Ex-Blog do Cesar Maia
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