Ocupações: Justiça determina saída
A Brigada Militar realiza o planejamento e estudo para o cumprimento do mandado de reintegração de posse de uma fazenda em São Lourenço do Sul ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra desde segunda-feira passada. “Estamos vendo qual é a necessidade de pessoal e material para realizar a desocupação e depois iremos enviar o planejamento para o comando regional em Pelotas. Acredito que a ação deve ser realizada nos próximos dias”, informou ontem o comandante do 30º Batalhão de Polícia Militar, capitão Marcelo Ferreira. Conforme ele, terminou às 18h de quinta-feira o prazo dado pelo Justiça para o grupo deixar o local.
As 400 famílias continuavam ontem acampadas. “Aguardamos a chegada do oficial de Justiça ou da Brigada Militar para negociar, mas adianto que as famílias querem permanecer “, disse a integrante da coordenação estadual do MST Aida Teixeira. “Na tarde da última terça-feira começamos a produção de alimento, como milho e mandioca, no local. Sabemos que a área é improdutiva”, afirmou. A fazenda tem 750 hectares.
A BM também se prepara para executar a reintegração de posse de uma área em Livramento, ocupada por 400 pessoas ligadas ao MST. A decisão judicial foi proferida na última quarta-feira e pede a saída pacífica das famílias de sem-terra. Até as 18h30min de ontem, as lideranças do Movimento não haviam se manifestado sobre o assunto.
Fonte: Correio do Povo, página 10 de 24 de outubro de 2015.
Operação Zelotes terá audiência pública no RS
Rastreamento de esquema de corrupção na Receita Federal envolve cerca de R$ 19 bilhões.
Fonte: Correio do Povo, capa da edição de 10 de setembro de 2015.
Oposição cobra cortes de gastos no governo
Na avaliação de deputados, ministérios e CCs têm que ser diminuídos
Deputados federais contestam a declaração da presidente Dilma Rousseff de que o governo federal cortou “tudo que poderia ser cortado” no Orçamento de 2016. Na avaliação de opositores, o governo petista ainda precisa cortar ministérios e cargos comissionados (CCs) para contribuir com as contas públicas. “O pior é que ela não cortou os mil cargos comissionados da Presidência. Tem muita coisa a ser cortada”, avaliou o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), que integra o grupo dos peemedebistas que defendem o desembarque do governo.
Em entrevista a emissoras de rádio da Paraíba, na manhã de sexta-feira, Dilma voltou a afirmar que o governo optou por “um caminho de transparência e verdade” quando enviou o Orçamento 2016 ao Congresso com a previsão de déficit de mais de R$ 30,5 bilhões. “Poderíamos mandar receitas de tributos junto, mas não mandamos porque preferimos deixar que o Congresso possa debater o problema da queda nas receitas”, disse em entrevista a emissoras de rádio locais. “No orçamento, cortamos tudo o que poderia ser cortado.”
O deputado do PMDB, partido da base aliada de Dilma, acredita que, em sua declaração, a presidente voltou a repassar a responsabilidade para o Congresso. “Ali foi vontade de transferir o problema para o Congresso”, comentou Forte. O líder do Dem na Câmara, Mendonça Filho (PE), afirmou não ser possível acreditar no discurso de transparência da petista. “O discurso dela é afirmando em um dia e desmentindo no outro. É um discurso volátil”, disse Mendonça.
O líder do PT na Casa, deputado Sibá Machado (AC), no entanto, elogiou a “coragem” e a transparência de Dilma de reafirmar que o orçamento do próximo ano é deficitário. “Com certeza é um gesto de coragem”, comentou.
Em entrevista a rádios paraibanas antes de embarcar para Campina Grande e João Pessoa, Dilma afirmou que o governo já fez todos os cortes possíveis no Orçamento de 2016, e indicou que a correção de déficit de R$ 30,5 bilhões – que foi previsto na proposta enviada ao Congresso – terá que ser feita com mais impostos. Essa saída é justamente o que o ministro da Fazenda, Levy, não quer. Ele defendeu intensamente que o orçamento não fosse enviado ao Legislativo com déficit, que não fossem criados impostos e que houvesse um corte de gastos profundo, incluindo programas sociais.
Fonte: Correio do Povo, página 3 da edição de 6 de setembro de 2015.



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