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domingo, 31 de maio de 2015

Proibição ortodoxa gera polêmica

Londres – Judeus ultraortodoxos de Londres defenderam na sexta-feira proibição às mulheres de conduzir os filhos à escola de carro, apesar de fortes críticas de líderes judeus e do Ministério da Educação. “A comunidade Belz impõe uma certa disciplina. É o estilo de vida que escolhemos. Nós só queremos que nos deixem em paz”, declarou Yanky Eljanu, membro do movimento nascido no século XIX, em Belz, Ucrânia.

A filial de Londres do movimento tem sido muito criticada desde que seus líderes escreveram aos pais para lembrar que “nenhuma criança será admitida em nossa escola se a mãe levá-la de carro”. A comunidade reúne cerca de 400 famílias e administra duas escolas particulares no Norte da capital britânica.

O ministor britânico da Educação, Nicky Morgan, chamou a ideia de “totalmente inaceitável na Grã-Bretanha moderna. Vamos investigar e tomar as medidas adequadas, se nos forem relatadas tais violações”, acrescentou.

Dina Brawer, representante da Aliança Feminista do Judaísmo Ortodoxo, também criticou a proibição “vergonhosa” e “perturbadora”. “Isto é uma questão de controle e poder do homem sobre a mulher” e “isso não é diferente da proibição contra as mulheres de dirigir na Arábia Saudita”, insistiu Brawer em uma entrevista ao periódico Jewish Chronicle.

Contudo, uma integrante da comunidade, Judith Stein, rejeitou em seu blog qualquer opressão das mulheres na comunidade. “Eu não me sinto degradada, oprimida. Eu vivo minha vida nessa maneira porque eu escolhi. Porque os valores familiares são importantes para mim. A mulher está protegida, abrigada. Não por ser intimidada ou calada em casa, mas porque é considerada uma joia, um diamante, que precisa ser preservado a todo custo.”

Fonte: Correio do Povo, página 8 de 31 de maio de 2015.

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