As principais notícias do dia. Política, economia, notícias internacionais, agronegócio e empreendedorismo.
Luxemburgo critica Federação Carioca e protesta com mordaça
Técnico do Flamengo foi suspenso por dois jogos
Luxemburgo protestou contra punição | Foto: Gilvan de Souza / Divulgação Flamengo / CP
Suspenso por dois jogos pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de
Janeiro (TJD-RJ), o técnico Vanderlei Luxemburgo resolveu agir de forma
diferente neste sexta-feira. Após a atividade, o treinador sentou à mesa
de coletiva, e garantiu que este seria o último pronunciamento dele por
conta das punição. O treinador que havia ganho uma liminar junto ao
Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), para estar à beira do
campo neste domingo, contra o Fluminense, teve o direito cassado na
noite desta quinta-feira.
Luxemburgo deixou claro que o time não
sairá prejudicado por conta do trabalho que vem sendo desenvolvido,
porém, garantiu que não estará no Maracanã no clássico. Além disso,
afirmou que não irá se calar, porém, só voltará a falar após tirarem a
"mordaça" - neste momento, colocou uma fita na boca em forma de
protesto.
"Em primeiro lugar, não é a primeira vez que acontece
de eu ficar fora de um jogo, suspenso. Já aconteceu... e fui campeão.
Não vejo isso como um problema da equipe, um prejuízo. Tenho um trabalho
com o David, com os jogadores, caso eu saia do jogo, esteja suspenso,
os jogadores sabem das propostas, como deve ser o comportamento",
destacou.
"Quero comunicar também uma questão minha em conversa
com o presidente: não vou ao jogo. Senti-me prejudicado e não tem por
que estar num local que não posso assistir ao jogo. Como profissional
não irei por não poder atuar. Isso está acordado com a diretoria",
continuou o treinador.
"Não pode, em 2015, um orgão importante do
Rio, em uma situação importante do esporte, voltar a viver um momento
de ditadura. Impossivel acontecer. Começamos lá atrás com um movimento
de rua e está na Constituição o direito de liberdade de ir e vir. Como
cidadão, me senti violentado e agredido. Fiz muitas coisas pelas quais
deveria ter sido punido, mas agora queria a melhora do futebol
brasileiro. Tomaram uma derrota por 7 e estão buscando um caminho
ainda", afirmou.
"E o termo porrada não é com a mão. Só o
procurador entendeu assim. Vejo constantemente isso na televisão, no
nosso meio, e não foi tentativa de agredir ninguém. Acho isso complicado
nesse momento. Como cidadão venho repudiar e continuo criticando o que
tem de ser criticado. Então, continuarei com meus movimentos para meus
filhos e netos terem um país melhor. Não vou me calar. Se quiserem me
tirar do carioca, me tirem, que façam isso, mas não vou me calar. Não
irei me posicionar mais. Só vou falar isso depois que conseguir me
livrar disso e tiver o direito à liberdade", concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário