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Dilma e Perillo defendem relações republicanas e democráticas entre partidos
A presidenta Dilma Rousseff e o governador de Goiás, Marconi Perillo,
defenderam hoje (19) relações republicanas entre partidos e disseram
que governantes têm de trabalhar para todos, independentemente de
questões políticas. Dilma é filiada ao PT e Perillo, ao PSDB.
“Somos
um país democrático, em que há disputa durante a eleição. Acabou a
eleição, eleitos aqueles que o povo escolheu, passamos a governar. Ele
[Perillo], para toda população de Goiás, e eu, para toda população do
Brasil. Somos republicamos e democratas”, disse a presidenta, repetindo
uma expressão usada pelo governador em discurso feito momentos antes. Dilma e Perillo, na solenidade que deu início à implantação do BRT em GoiâniaAntonio Cruz/ABr Ao
ser anunciada a presença de Perillo em evento que marcou o início das
obras de um corredor exclusivo de ônibus em Goiânia, o governador foi
mais vaiado que aplaudido pelas 3,5 mil pessoas que participavam da
cerimônia no espaço onde funciona a prefeitura da capital. Ao discursar,
Perillo reagiu às vaias e disse que não estava no local para ser
hostilizado.
“Eu vim para receber uma presidenta legitimamente
eleita e que tem o meu apoio”, disse o governador, que defendeu relações
republicanas entre políticos, ainda que de partidos diferentes. “O
Brasil não pode ser vítima da intolerância.”
O tucano Marconi
Perillo disse que já teve a “coragem de defender" Dilma em seu partido.
“Para nós, o mais importante é o estado de Goiás e a cidade de Goiânia."
Dilma
agradeceu as palavras do governador e disse que Perillo é “parceiro dos
desafios” enfrentados ao longo de seus mandatos e repetiu a necessidade
de se respeitar a democracia no Brasil, conquistada com muito esforço.
“Temos obrigação de respeitar a democracia, o direito de todos falarem,
se manifestarem, porém de todos serem ouvidos. Por isso, eu peço
tolerância e peço uma outra questão: diálogo.”
Especialistas acreditam em falta de água no DF a partir de 2018
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência BrasilEdição: Lílian Beraldo
A Estação Ecológica de Águas Emendadas é uma unidade de conservação a 50 quilômetros do centro de BrasíliaWilson Dias/Agência Brasil A
crise hídrica que atingiu o Sudeste do país – principalmente São Paulo -
serviu de alerta para as demais regiões. No Distrito Federal (DF), a
atual preocupação das autoridades é encontrar alternativas para aumentar
a captação de água. A redução das perdas no sistema e a conscientização
da população também estão entre as prioridades.
Para
especialistas, “um sinal amarelo está aceso” na região. Segundo eles,
nos horários de pico, o sistema de abastecimento de água chega a operar
no limite. A previsão é que, com o aumento da população e,
consequentemente, da demanda, o DF poderá sofrer com a falta do recurso a
partir de 2018, caso não sejam tomadas medidas que aumentem a
disponibilidade de água.
De acordo com a Companhia de Saneamento
Ambiental do Distrito Federal (Caesb), a capacidade atual de produção do
sistema é 9,5 mil litros por segundo. Em média, na época da seca, o
consumo chega a 7 mil litros por segundo. Nas épocas mais frias, cai
para 5,5. Em horários de pico, entretanto, o consumo fica próximo à
marca de produção, mas, segundo o órgão, isso dura cerca de uma hora e é
amortecido pelos reservatórios. Marcelo Gonçalves Resende, coordenador do curso de engenharia ambiental e sanitária da Universidade Católica de BrasíliaValter Campanato/Agência Brasil “Teríamos
uma crise em 2018, mas não em função da quantidade de chuva, mas em
volume de água que a gente tem nos reservatórios para abastecimento.
Além dos fatores climáticos, do uso e da ocupação do solo, acho que um
dos fatores mais importantes é o crescimento da população do DF. A
própria demanda por água é crescente”, explica o coordenador do curso de
engenharia ambiental e sanitária da Universidade Católica de Brasília,
Marcelo Gonçalves Resende, integrante do Conselho de Recursos Hídricos
do DF.
Brasília
cresceu em um ritmo duas vezes maior ao das demais cidades brasileiras
de mesmo porte no último ano, de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Entre as capitais, é o quarto município
mais populoso, com 2,85 milhões de habitantes - somadas as populações
das regiões administrativas. O crescimento da área urbana e a ocupação
irregular também geram desafios para o abastecimento. >> Confira a série especial sobre o Dia Mundial da Água
Segundo
o portal da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do
Distrito Federal (Adasa), 81,27% da água produzida na região são
utilizados. "O que vai acontecendo é que, se não se injeta novos
aportes de água e a população gasta muito, é lógico que a oferta não vai
atender ao consumo e pode ocorrer a falta em alguns pontos", acrescenta
o diretor da Adasa, Diógenes Mortari, perguntado sobre uma possível
crise de falta de água no prazo de três anos.
A projeção de falta
de água em 2018 leva em consideração a capacidade do atual sistema de
produção e a expectativa de crescimento da população. A questão é
debatida no Conselho de Recursos Hídricos do DF. "Brasília pode
enfrentar uma crise muito séria de demanda porque com os nossos
mananciais, de onde se tira água para tratamento, e com o crescimento da
população, a gente iria entrar em colapso", prevê Resende.
Para o
conselho, a solução para aumentar a quantidade de água disponível está
na conclusão de três projetos liderados pela Caesb: a captação de água
do Lago Paranoá, localizado no centro de Brasília, do reservatório
Corumbá 4, localizado no estado de Goiás, e do Ribeirão Bananal, ao
norte da capital. Segundo a Caesb, quando concluídas as obras para
captação nesses locais, será possível obter mais 6,5 mil litros de água
por segundo para o DF – o suficiente para abastecer a população até
2040.
A obra de Corumbá 4 já está em execução e é feita em
parceria com a Saneamento de Goiás S/A (Saneago). A expectativa é que,
ao final da obra, no segundo semestre de 2017, segundo previsões da
Caesb, seja possível gerar um adicional de 2,8 mil litros por segundo. A
captação do Bananal, que gerará em etapa única mais 700 litros por
segundo, deve estar concluída ainda este ano. As obras no Paranoá
deverão ser licitadas no primeiro semestre de 2015 e gerar 2,8 mil
litros de água por segundo. O abastecimento aumentará de forma
gradativa, a partir de 2018. A capacidade total demorará até seis anos
para ser atingida. Para o presidente da Caesb, Maurício Ludovice, não há indicativo de crise de abastecimentoValter Campanato/Agência Brasil Para
o presidente da Caesb, Maurício Ludovice, não há indicativo de crise de
abastecimento. "Estamos nos precavendo, não existe indicativo de crise
de água ou coisa parecida, não neste momento", destacou.
Ele
avalia que a preservação de rios e nascentes e o uso consciente da água
são fundamentais. Outra preocupação da companhia é reduzir as perdas de
água tratada, que chegam a 27%. O valor é inferior a outras regiões do
país, mas o objetivo é que seja reduzido para 20% em cinco anos.
Mais de 3,7 milhões de contribuintes entregaram declaração de Imposto de Renda
Wellton Máximo – Repórter da Agência BrasilEdição: Fábio Massalli
Quase três semanas após o início do prazo de entrega do Imposto de Renda Pessoa Física
(IRPF), 3.784.588 declarações foram encaminhadas à Receita Federal
pelos contribuintes até as 17h de hoje (19). O número representa 13,8%
do total de 27,5 milhões de declarações que a Receita espera receber até
30 de abril, quando termina o prazo.
Este ano, os contribuintes
com certificação digital podem fazer a declaração pré-preenchida na
página da Receita na internet, na área do e-CAC. Isso também poderá ser
feito por um representante do contribuinte que tenha certificação
digital e procuração eletrônica registrada no órgão.
No ano
passado, 26.883.633 de contribuintes enviaram a declaração do IRPF até o
fim do prazo. O número ficou aquém do esperado pela Receita na ocasião,
27 milhões de formulários. Em 2013, 26,1 milhões de pessoas físicas
entregaram o documento.
Quanto antes o contribuinte entregar a
declaração, com os dados corretos à Receita, mais cedo receberá o valor
correspondente à restituição. Têm prioridade no recebimento pessoas com
mais de 60 anos de idade, contribuintes com deficiência física ou mental
e os que têm doença grave.
A multa por atraso de entrega é
estipulada em 1% ao mês-calendário até 20%. O valor mínimo é R$ 165,74.
Um passo a passo com cada etapa da entrega está disponível na página da
Receita. Basta o usuário clicar em cada ponto para obter mais detalhes. O
prazo de entrega vai até 30 de abril.
Hoje (19), a Receita Federal lançou uma série de 11 vídeos no site Youtube
para tirar dúvidas em relação ao preenchimento e à entrega do Imposto
de Renda. Chamada de TV Receita Responde, a série tem como objetivo
explicar de forma simples os principais assuntos relacionados à
declaração do IRPF.
Deputados do PT pedem à PGR que Aécio Neves seja investigado na Lava Jato
André Richter - Repórter da Agência BrasilEdição: Stênio Ribeiro
Deputados da bancada do PT em Minas Gerais pediram
hoje (19) à Procuradoria-Geral da República que o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) seja investigado na Operação Lava Jato. A representação foi
protocolada pelos deputados federais Adelmo Leão, Padre João e pelo
deputado estadual Rogério Correa.
Em depoimentos de delação
premiada, Aécio Neves foi citado pelo doleiro Alberto Youssef, mas, em
atendimento a um pedido da procuradoria, o ministro Teori Zavascki, do
Supremo Tribunal Federal (STF), entendeu que não há indícios mínimos
para abertura de inquérito contra o senador.
Segundo os
parlamentares do PT, além dos fatos narrados pelo doleiro na Lava Jato, a
procuradoria deve investigar a lista de Furnas, um suposto esquema de
corrupção que veio à tona em 2006, no qual políticos e partidos teriam
recebido dinheiro para caixa 2 de campanha. Os valores seriam oriundos
de Furnas, empresa estatal de energia. Na época, a autenticidade da
lista foi questionada pela oposição.
Segundo
os deputados, entre os citados na lista está o então candidato ao
governo de Minas Gerais e hoje senador da República, Aécio Neves. "Os
seguintes documentos, agora associados, apontam, no mínimo, para a
necessidade de se iniciar uma investigação que efetivamente identifique
os ilícitos perpetrados em desfavor das empresas citadas e puna, com
rigor, todos os responsáveis e beneficiários dos delitos eventualmente
praticados em desfavor do erário", alegam os deputados.
Em
depoimento de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef, preso na
Operação Lava Jato, declarou que o esquema de pagamento de propina em
Furnas começou em 1994 e foi até 2000 ou 2001, mas não sabe se foi até o
fim do mandato do então presidente Fernando Henrique Cardozo. Youssef
disse que os pagamentos pararam em 2000 ou 2001, que não sabia o motivo,
nem se o ex-presidente teve algum envolvimento.
Youssef também
disse que "ouviu dizer" que o ex-deputado José Janene (PP-PR), falecido
em 2010, "dividia uma diretoria de Furnas com o PSDB”, por meio do então
deputado federal Aécio Neves. Na Lava Jato, Janene foi apontado como
operador do PP na Petrobras.
Perguntado sobre quem era o operador
do PSDB, Youssef declarou que ouviu dizer, por meio de Janene, que era
uma irmã de Aécio Neves, mas que nunca teve contato com eles.
Cópia
do depoimento atribuído a Youssef ressalta o seguinte: “que acredita
que os valores do PSDB também eram entregues em espécie, mas não sabe
quanto e onde eram entregues; que também não sabe como era a divisão de
valores entre o Partido Progressista e o PSDB; que o declarante não teve
contato com a irmã de Aécio Neves e, mostrada uma foto de Andrea Neves,
diz não poder reconhecê-la, pois nunca teve contato com ela; que também
não sabe qualquer outro dado em relação a ela; que nunca teve contato
com Aécio Neves”.
No dia 6 de março, após a divulgação da decisão
do STF que arquivou as declarações de Youssef, Aécio Neves disse que
recebeu o arquivamento como "uma homenagem". Segundo ele, foram
infrutíferas as "tentativas do governo" de envolver a oposição na
investigação.
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