PABLO MARÇAL EM SABATINA NA GLOBO NEWS

 


Chefe da ONU fala em “catástrofe mundial” pela rápida elevação do Oceano Pacífico

António Guterres apresentou relatório em cúpula de ilhas da região



O secretário-geral das Nações UnidasAntónio Guterres, lançou, nesta terça-feira (27), um "SOS mundial" em uma cúpula de ilhas do Pacífico, onde apresentou um relatório que revela uma elevação acelerada do nível do mar na região.

"Estou em Tonga para emitir um SOS mundial - Salvem Nossos Mares - sobre a rápida elevação dos níveis do mar. Uma catástrofe em escala mundial está colocando em risco este paraíso do Pacífico", declarou.

As ilhas do Pacífico, pouco povoadas e com pouca indústria pesada, geram menos de 0,02% das emissões globais anuais de CO2.

No entanto, este conjunto de ilhas vulcânicas e atóis de coral está cada vez mais ameaçado pela elevação do nível dos oceanos. Desde a década de 1990, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) monitora os mareógrafos instalados nas praias do Pacífico.

O informe divulgado pela organização de monitoramento climático revela que o nível dos mares subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos em algumas partes do Pacífico.

Segundo o relatório, a média mundial foi de 9,4 centímetros. "As populações, economias e ecossistemas de toda a região sudoeste do Pacífico são muito afetadas pelos efeitos em cascata da mudança climáticas", alertou no documento a secretária-geral da OMM, a argentina Celeste Saulo. "É cada vez mais evidente que estamos ficando sem tempo para reverter a maré", acrescentou.

"Uma questão de sobrevivência"

O aumento do nível do mar em alguns locais, como Kiribati e Ilhas Cook, foi similar ou um pouco abaixo da média mundial. Mas em outros lugares, como as capitais de Samoa e Fiji, a elevação foi quase o triplo da média. Em Tuvalu, a faixa de terra diminuiu tanto que as crianças usam a pista do aeroporto internacional como área para brincadeiras.

Segundo os cientistas, Tuvalu, um país insular de baixa altitude, poderia desaparecer nos próximos 30 anos, mesmo em um cenário de aquecimento global moderado. "É um desastre atrás do outro, e estamos perdendo a capacidade de reconstruir, de suportar outro ciclone ou outra inundação", disse à AFP Maina Talia, ministro do Clima de Tuvalu. "Não devemos fechar os olhos às mudanças climáticas e ao aumento do mar", insistiu. "Para os Estados insulares de baixa altitude, é uma questão de sobrevivência", acrescentou.

Com sua localização remota e reduzido peso econômico, a angústia destes países foi ignorada no passado, mas os cientistas apresentam a região como um alerta do que pode acontecer em outras partes do planeta. "O novo relatório confirma o que os governantes Pacífico afirmam há anos", declarou à AFP o pesquisador australiano do clima Wes Morgan. "A mudança climática constitui a principal ameaça em termos de segurança. As nações do Pacífico estão envolvidas em um combate por sua sobrevivência e acabar com a poluição é essencial para o seu futuro", acrescentou.

Cercados por milhões de quilômetros quadrados de oceano, os países do Pacífico Sul estão particularmente ameaçados pelo aumento do nível do mar, pois a maioria dos seus habitantes vive a menos de cinco quilômetros da costa, segundo a ONU. Além de submergir a terra, o fenômeno reduz as fontes essenciais de água e alimentos. E o aumento do nível do mar não é a única ameaça. A temperatura cada vez mais elevada dos oceanos também desencadeia catástrofes naturais mais violentos e acidifica a água, o que afeta a cadeia alimentar marinha.

AFP e Correio do Povo

Governo Lula confirma indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC

 Atual diretor de Política Monetária era o principal cotado para o lugar de Campos Neto



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta quarta-feira a indicação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, para a presidência da instituição. Segundo Haddad, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, encaminhará o nome ao Senado, responsável por sabatiná-lo.

"Hoje, ele está encaminhando ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ao senador Vanderlan Cardoso, presidente da CAE, o indicado dele para a presidência do Banco Central, que vem a ser o Gabriel Galípolo”, detalhou Haddad a jornalistas, no Palácio do Planalto.

O ministro informou que, agora, o governo começa a trabalhar nas indicações para os três outros diretores que precisam ser nomeados. Os mandatos do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, e dos diretores de Regulação e Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta terminam em 31 de dezembro.

Com a escolha de Galípolo, o governo também terá de indicar um novo diretor de Política Monetária. "Oportunamente, nós devemos, depois de entrevistar e tomar a decisão junto ao presidente da República, indicar os três diretores que vão compor a nova diretoria”, disse Haddad.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Galípolo apresentou Lula ao mercado financeiro e se aproximou do petista

 Ele foi um dos responsáveis por fazer a ponte entre o petista e o mercado financeiro



Finalmente anunciado como indicado para a presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo se aproximou de Luiz Inácio Lula da Silva quando o petista ainda era candidato a presidente da República, em 2022. Ele foi um dos responsáveis por fazer a ponte entre o petista e o mercado financeiro.

Lula foi reabilitado para eleições em 2021, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou ações contra o petista. Em seguida, o Supremo invalidou todas as condenações contra Lula na Lava Jato, que o haviam levado para a cadeia.

Assim que retomou a elegibilidade, Lula passou a trabalhar em sua candidatura presidencial. Uma das principais tarefas era recriar laços com o PIB. O empresariado e o mercado financeiro têm desconfianças com o PT desde sempre. A situação ficou pior depois da crise econômica do governo de Dilma Rousseff.

A atuação de Galípolo foi parte de um movimento mais amplo, que envolveu acenos ao setor produtivo. Lula teve uma série de jantares e outros encontros com banqueiros, industriais e empresários de diversas outras áreas.

Outros nomes importantes nesse processo foram Walfrido Mares Guia (Kroton) e José Seripieri Filho (Qsaúde), conhecido como Júnior da Qualicorp, ambos amigos de longa data do hoje presidente da República. Também participaram do esforço os advogados Walfrido Warde e Marco Aurélio de Carvalho.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

"É uma honra, prazer e responsabilidade imensa ser indicado à presidência do BC", diz Galípolo

 Indicação foi confirmada pelo ministro Fernando Haddad nesta quarta-feira



Confirmado como a indicação do governo Lula para a presidência do Banco Central, o atual diretor de Política Monetária da instituição, Gabriel Galípolo, disse ser uma "honra, um prazer e uma responsabilidade imensa" ser indicado ao posto. Ele falou brevemente com a imprensa após o anúncio de seu nome pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.

"Vou ser breve, a indicação ainda depende da aprovação do Senado. Então, por respeito, serei breve, mas, na mesma magnitude, é uma honra, prazer e responsabilidade imensa ser indicado à presidência do BC do Brasil pelo presidente Lula e o e ministro Fernando Haddad. É uma honra enorme e grande responsabilidade, e estou muito contente", afirmou o diretor.

Galípolo acrescentou ainda que não responderia a perguntas dos jornalistas presentes para respeitar a institucionalidade do processo, uma vez que seu nome ainda será sabatinado e precisará ser aprovado pelo Senado Federal.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Campanha de Marçal rejeita 'traíra' Joice: 'Xô, Satanás'

 

Governo atua na Câmara para barrar votação e análise de pacote anti-STF é adiada

 Parlamentares de PT, PSOL e PCdoB reagiram para obstruir a pauta do colegiado e conseguiram adiar a análise dos textos com pedidos de vista (mais tempo para análise)

"Chegou na semana passada esse texto aqui. Já se vota admissibilidade sem nenhum debate público. Por isso, é prudente que retiremos da pauta, façamos um debate aprofundado", disse Orlando Silva (PCdoB-SP) 

Deputados da base do governo atuaram para impedir nesta terça-feira, 27, a votação de pacote anti-Supremo Tribunal Federal (STF) prevista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, presidida por Caroline de Toni (PL-SC), apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Parlamentares de PT, PSOL e PCdoB reagiram para obstruir a pauta do colegiado e conseguiram adiar a análise dos textos com pedidos de vista (mais tempo para análise).

Quatro propostas para limitar os poderes dos ministros da Suprema Corte estavam na agenda de votação. Duas são propostas de emenda à Constituição (PECs) - uma limita decisões monocráticas dos ministros e outra dá ao Congresso o poder de sustar decisões tomadas pelo STF. Outros três são projetos de lei: dois criam novas possibilidades de impeachment para ministros do Supremo e outro dificulta julgamentos de inconstitucionalidade.

A articulação dos governistas passou por votação de requerimentos de retirada dos projetos de pauta e por pedidos de vista. Todas as votações de retirada de pauta foram derrotadas, restando apenas o pedido de vista. As solicitações de mais tempo para análise são regimentais, ou seja, obrigatórias de serem atendidas. As proposições, então, só podem voltar à pauta da CCJ daqui a duas sessões, o que deve ocorrer em outra semana.

O adiamento por meio de pedidos de vista indica que será necessário o diálogo com demais partidos do Centrão para rejeitar os projetos nos votos. Deputados de legendas como o PSD e o Republicanos manifestaram apoio às propostas.

Caso aprovados, os projetos de lei já podem ser votados no plenário, enquanto as PECs precisarão passar anteriormente em comissão especial.

O governo reclama principalmente que as propostas estariam sendo votadas com mais rapidez que o comum. "Veja, chegou na semana passada esse texto aqui. Já se vota admissibilidade sem nenhum debate público. Por isso, é prudente que retiremos da pauta, façamos um debate aprofundado", disse Orlando Silva (PCdoB-SP).

Do outro lado, a oposição aproveitou para reforçar as constantes críticas ao Supremo. "É um momento em que este Parlamento demonstra, não apenas pela votação do Senado da República, mas também por decisão da sua CCJ que o mandato parlamentar tem valor, que cada deputado e cada senadora tem valor, e que o conjunto de deputados e senadores precisam ter sua decisão respeitada, e, se confrontada, jamais por uma única pessoa", disse Marcel van Hattem (Novo-RS), relator da PEC das decisões monocráticas.

"O juiz não fala fora dos autos. Isso é regra primordial. Hoje vivemos situação absolutamente atípica", criticou Gilson Marques (Novo-SC), relator de um projeto de lei que cria novas possibilidades para o impeachment de ministro do Supremo.

Patrus Ananias (PT-MG) cobrou uma autocrítica do Parlamento para defender o Supremo. "A questão desse ressentimento contra o Supremo Tribunal Federal está relacionada com as emendas parlamentares, com as emendas obscuras, com os recursos enormes", disse. "É por causa dessas emendas que vieram quatro projetos consecutivos. Se queremos discutir o Supremo Tribunal Federal (...) é fundamental que nós parlamentares, que nós façamos a nossa autocrítica. Estamos prestando contas ao povo brasileiro dos recursos que chegam aqui através desse mesmo povo? Esse é o debate fundamental que penso que essa comissão deve travar."

As duas PECs liberadas para votação fazem parte da retaliação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que desengavetou as propostas após o STF suspender as emendas parlamentares ao Orçamento.

Havia ainda uma matéria que já passou por pedido de vista e poderia ser votada nesta terça-feira. O texto diz que o Supremo não pode julgar ação direta de inconstitucionalidade por omissão (caso que ocorreu no julgamento que equiparou homofobia e transfobia a racismo, em 2019) sobre tema que o Congresso já tenha discutido, em qualquer nível, num prazo de cinco anos. Esse projeto acabou não analisado, em razão do encerramento da sessão no final da tarde desta terça.

Veja o que diz cada proposta:

PEC das decisões monocráticas

PEC estabelece que as decisões monocráticas (feitas por um único ministro) do STF que suspendem leis, atos do presidente da República e dos presidentes da Câmara e do Senado deixem de ser válidas. O texto impõe que essas ações devem ter votadas por pelo menos seis dos 11 ministros, o que exigiria a maioria dos magistrados.

A redação prevê a exceção para períodos de recesso do Judiciário. O presidente do STF, atualmente Luís Roberto Barroso, poderá realizar uma decisão monocrática "no caso de grave urgência ou perigo de dano irreparável" num prazo de até 30 dias. Caso isso não seja feito, ela perderá a sua eficácia. Esse texto já foi aprovado no Senado, restando, caso não haja alterações no texto, aprovação na CCJ, na comissão especial e no plenário.

PEC que susta decisões do STF

Esse texto visa dar um novo poder ao Congresso. A Casa pode votar para sustar uma decisão da Corte num prazo de até dois anos, renovados por mais dois. Seria preciso, nesse caso, dois terços de votos das duas Casas, ou seja, 342 deputados e 51 senadores. O STF, por outro lado, precisa do apoio de quatro quintos - ou seja, nove - dos ministros. A Câmara é autora do texto, o que indica que o Senado ainda precisaria analisar após aprovação em plenário.

Dois projetos de lei criam novas hipóteses de pedido de impeachment para ministros do STF

São dois diferentes projetos de lei, com poucas diferenças entre eles. Em comum, dizem que ministros que manifestem opinião sobre votos, usem de suas prerrogativas para beneficiar a si mesmos ou a terceiros ou, em decisões proferidas, violem a imunidade parlamentar, estariam cometendo crime de responsabilidade - hipótese que dá a possibilidade de abertura de pedido de impeachment de um ministro do STF. Ambos os projetos também estabelecem um prazo para o Senado, Casa iniciadora, julgar cada pedido: o primeiro dá 30 dias e o segundo estabelece o prazo de 15 dias úteis.

Projeto de lei dificulta julgamentos do STF

O projeto de lei diz que matérias que tramitaram no Congresso Nacional em qualquer comissão, seja da Câmara ou do Senado, nos últimos cinco anos não podem ser alvo de Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO).

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Barroso nega impedimento de Moraes para investigar ex-assessor no TSE

 Pedido havia sido feito pela defesa de Eduardo Tagliaferro

"Não houve clara demonstração de qualquer das causas justificadoras de impedimento, previstas, taxativamente, na legislação de regência”, escreveu Barroso 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, negou nesta terça-feira, 27, um pedido para que o ministro Alexandre de Moraes fosse declarado impedido de ser relator de investigações contra um de seus ex-assessores no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“No presente caso, o pedido não deve ser acolhido. Isso porque não houve clara demonstração de qualquer das causas justificadoras de impedimento, previstas, taxativamente, na legislação de regência”, escreveu Barroso.

O pedido havia sido feito na segunda-feira, 26, pela defesa de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes no setor do TSE responsável pelo monitoramento de desinformação durante as eleições presidenciais de 2022, quando o ministro presidia a corte eleitoral.

Tagliaferro foi alvo de um mandado de busca e apreensão determinada por Moraes, após o ministro ter aberto um inquérito de ofício – ou seja, sem ser provocado – para investigar o vazamento de mensagens trocadas entre o ex-assessor e o desembargador Airton Vieira, que é juiz instrutor auxiliar no gabinete do próprio ministro no Supremo.

As conversas foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo e revelam pedidos de Vieira a Tagliaferro para que fossem produzidos relatórios sobre publicações nas redes sociais por parte de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que depois foram alvo de decisões de Moraes em inquéritos que tramitam no Supremo.

Tagliaferro era o responsável pela produção dos relatórios. As decisões citadas pelo jornal, que determinaram, por exemplo, o bloqueio de perfis nas redes sociais, não esclarecem que os relatórios que lhes serviram de subsídio foram produzidos a pedido do próprio Moraes. Em alguns casos, o ministro escreveu que tais documentos foram feitos após denúncia anônima.

Após a publicação das reportagens, o gabinete de Moraes divulgou nota negando qualquer ilegalidade. Em sessão plenária do Supremo, o ministro afirmou que "não há nada a esconder”. Diversos ministros do Supremo saíram em defesa da conduta de Moraes, como Flávio Dino, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia (atual presidente do TSE) e o próprio Barroso, que chamou o episódio de “tempestade fictícia”.

Vazamentos

O novo inquérito foi aberto por Moraes com a justificativa de apurar “possível origem criminosa do vazamento de conversas pelo aplicativo WhatsApp entre servidores lotados no Supremo Tribunal e no Tribunal Superior Eleitoral”.

Após determinar as medidas contra seu ex-assessor, o ministro pediu a reclassificação do inquérito como “petição”, tipo de processo cuja investigação tem caráter mais preliminar.

No pedido pelo impedimento de Moraes, o advogado Eduardo Kuntz, que representa Tagliaferro, argumentou que o ministro não poderia ser relator de um inquérito que apura acontecimentos “diretamente relacionados com a lisura ou não de sua própria atuação e cujo deslinde [esclarecimento], portanto, manifestamente é de seu interesse pessoal”.

O advogado também criticou o fato de que “nem sequer houve manifestação da Procuradoria-Geral da República”. O defensor chamou a busca e apreensão ordenada contra seu cliente de “abusiva” e apontou a possibilidade de que Moraes determine novas medidas cautelares contra seu ex-assessor.

Agência Brasil e Correio do Povo

Cotricampo renova embalagens de farinha de trigo

 Moinho apresentou a linha de produtos em evento na noite desta terça-feira

Thais exibe as novas embalagens de farinha de trigo da Cotricampo 

Com o objetivo de estabelecer maior proximidade com o consumidor, o Moinho Cotricampo renovou as embalagens da linha de farinha de trigo que oferece ao mercado gaúcho. Atualmente, a Cotricampo, de Campo Novo, comercializa três variedades do produto, em pacotes de um quilo e de cinco quilos. O novo design foi apresentado na noite desta terça-feira, 27, na casa da cooperativa na 47ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

De acordo com a gerente e tecnóloga em alimentos Thais Kmiecik, “a ideia é fazer com que o consumidor encontre aconchego nas embalagens”. O trabalho de criação foi desenvolvido pela Colabore Comunicação Corporativa, de Santa Rosa. A linha de farinha de trigo da Cotricampo inclui as marcas Farinha Cotricampo, Flor do Trigo e Cotriflor, todas de tipo 1. A Farinha Cotricampo, conforme explica Thais, é um produto premium, de tonalidade mais clara, destinada à produção de pães e massas. A Flor do Trigo, classificada como tradicional pelo moinho, serve para pães doces e cucas. A mais versátil é a Cotriflor, recomendada para produção desde biscoitos até bolos.

Correio do Povo

Vaca Pitoca conquista bicampeonato de concurso leiteiro na Expointer e bate recorde estadual

 Concurso foi encerrado nesta terça-feira com banho de leite aos produtores das raças Holandesa e Jersey

“Leite” usado na comemoração é mistura de água com tinta 

O tradicional banho de leite aos criadores das vacas leiteiras que obtiveram a maior produção durante 24 horas de ordenhas na Expointer foi realizado no fim da tarde de terça-feira. A Granja Ferraboli, de Anta Gorda, conquistou o bicampeonato nas categorias Jovem e Adulta da raça Holandesa, com médias de 84,81 kg e 110,41 kg, respectivamente. A adulta Pitoca sagrou-se bicampeã da Expointer e acumula o terceiro título em um ano, incluindo o título de campeã na Fenasul Expoleite de 2023. A vaca tem cinco anos de idade, cerca de 780 kg de peso, e Pitoca bateu o recorde estadual de produção de leite em um dia.

A família Ferraboli comemorou a vitória depois de enfrentar problemas com as chuvas de maio. “Tivemos que jogar fora 10 mil litros de leite que estavam no resfriador e não tinha como recolher. Perdemos silagem, em torno de 15 hectares de milho, mas os galpões e a casa ficaram em pé”, disse Diogo Ferraboli, que atribui o sucesso ao trabalho em família. Ele pediu valorização ao setor.

“A gente continua na atividade porque gosta e respeita os animais, mas não sabe até quando vamos aguentar”, disse.

A preparação para a Expointer começou 40 dias antes, com dieta indicada por nutricionista e medida em balança de precisão. Pitoca é a sétima geração de um rebanho iniciado “do nada” pelos pais de Diogo, Paulo e Marli. A propriedade é tocada ainda pelo irmão, Diego, a cunhada, Franciele, e o sobrinho Lucas, oito anos.

O presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), entidade promotora do evento, Marcos Tang, ficou impressionado com o desempenho de Pitoca. “Isso é muito mais que 10% de seu peso corporal. É uma verdadeira usina de leite”, disse. O concurso foi realizado com cinco ordenhas em intervalos de oito horas cada, entre as 6h de segunda-feira e às 14h de terça-feira, com anulação das duas medições maiores. O “leite” usado no banho aos criadores é uma mistura de água com tinta. “Não jogaríamos fora um produto tão nobre por uma diversão”, esclareceu Tang.

Na raça Jersey, a categoria Jovem foi vencida pelo expositor Leopoldo Cavalheiro, do município de Boa Vista do Cadeado, com produção de 51,7 kg. Na categoria Adulta, o criador e expositor Valdir Zaro, associado da Cooperativa Santa Clara, venceu com produção de 43,5kg.

Correio do Povo