Quarta será de temperaturas mais altas no RS

 Mínimas e máximas aumentam no Estado e o sol predomina mais uma vez

Dia começa frio, mas mínimas já serão mais altas 

A quarta-feira será outro dia em que o sol predominará no Rio Grande do Sul. Há chance de chuva fraca e isolada em pontos do Noroeste e do Norte do Estado na primeira metade do dia, mas o sol também aparece nestas regiões durante o dia.

Novamente se espera nevoeiro, cobertura de nuvens baixas e neblina em diferentes cidades do Centro e da Metade Leste entre a madrugada e o começo da manhã, dando lugar ao sol depois. O dia ainda começa frio, mas com mínimas mais altas que nos dias anteriores. A tarde terá temperaturas amenas com máximas perto e acima dos 20ºC.

Confira as mínimas e máximas em algumas cidades do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira:

  • Porto Alegre: 10ºC / 21ºC
  • Caxias do Sul: 7ºC / 20ºC
  • Santa Cruz do Sul: 9ºC / 21ºC
  • São Miguel das Missões: 11ºC / 23ºC
  • Chuí: 6ºC / 18ºC
  • Santana do Livramento: 5ºC / 18ºC

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Amazônia está próxima do ponto de não retorno

 



Fora MARINA!

Amazônia está próxima do ponto de não retorno, que é quando os danos causados pelo desmatamento são irreversíveis, diz Carlos Nobre, pesquisador colaborador do Instituto de Estudos Avançados da USP e copresidente do Painel Científico para a Amazônia.

Vídeo de Bruno Zambelli

Fonte: https://www.instagram.com/p/C_I-9-zJlcu/

Último abrigo civil para vítimas da enchente em Porto Alegre fecha as portas nesta semana

 Abrigo Emergencial 60+ está localizado no bairro Farroupilha, e acolheu 61 idosos de maio até agosto



O último abrigo desenvolvido por voluntários da sociedade civil para apoiar as ações feitas durante as enchentes de maio em Porto Alegre encerrará suas atividades na próxima sexta-feira, fechando, assim, mais um ciclo relacionado à retomada da cidade. O Abrigo Emergencial 60+, voltado ao atendimento aos idosos afetados, idealizado pela médica gerontologista Michelle Clos e localizado em um imóvel no número 1.315 da avenida João Pessoa, bairro Farroupilha, acolheu 61 pessoas desde 17 de maio. Agora, o espaço será devolvido ao proprietário.

No total, o espaço teve o apoio de 250 voluntários, somando mais de 2 mil horas de trabalho. A contabilização já foi feita: ao todo, foram 4,6 mil fraldas e 10,8 mil marmitas distribuídas, além de 1,9 tonelada de roupas lavadas no Hospital Vila Nova, uma das diversas parcerias feitas pela administração do abrigo. As geladeiras entregues foram 13, bem como 14 fogões, dezenas de eletrodomésticos, móveis, utensílios em geral, conjuntos de cama, mesa e banho.

O total arrecadado junto a pessoas físicas e jurídicas somou mais de R$ 156 mil, dinheiro usado para pagamento de equipes de saúde, limpeza, vigilância, assim como fretes, compra de medicamentos, transporte de abrigados e voluntários. O abrigo tinha, como ideia inicial, quatro frentes de trabalho, funcionando em períodos de tempo. A última, prevista até novembro, era garantir o retorno dos idosos em segurança, porém a etapa pôde ser antecipada.

Ao todo, 42 deles conseguiram voltar. Outros dez foram para Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), cinco para Centros Humanitários de Atendimento (CHA), dois para hospitais e dois faleceram devido a comorbidades. A fisioterapeuta Karen Przybysz da Silva Rosa resume a experiência em privilégio e responsabilidade. “Privilégio de poder ouvir histórias e auxiliar pessoas tão agradecidas por um cuidado de qualidade. E responsabilidade, pois nos primeiros dias não tínhamos muitas informações do histórico destes moradores ou estado de saúde geral. A avaliação clínica e o conhecimento sobre o processo de envelhecimento foram nossa base”, contou ela.

Após ser aberto, não demorou para a casa encontrar equilíbrio, mesmo diante do cenário caótico que viviam Porto Alegre e o RS, estado com o maior índice de envelhecimento e a maior faixa etária média do Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por meio da estimulação dos idosos, inclusive com atividades terapêuticas, o processo de adaptação foi relativamente rápido, e logo os abrigados, alguns dos quais perderam seus lares nas cheias, puderam se sentir em casa novamente.

Foram fundamentais algumas parcerias, como, por exemplo, com o Colégio Farroupilha, a Fundação Padre Cacique, o Instituto Dunga, e os apoios do Conselho Estadual do Idoso (CEI), o Conselho Municipal do Idoso de Porto Alegre (COMUI) e a Frente Nacional de Fortalecimento de Instituições de Longa Permanência. Porém, os voluntários foram movidos amor pela causa e a vontade de ajudar. “Ser voluntário nestes 90 dias é desejar ver meu semelhante em condições plenas de vida. Atuar em benefício aos idosos hoje, é atuar em benefício a uma melhor qualidade de vida para os futuros idosos”, disse o técnico em Enfermagem Tiago Goulart.

“Me senti privilegiada e honrada por participar do trabalho de um abrigo que deu muito certo. Vi tanto amor em forma de cuidado, nutrição, doação e gentileza. Vi pessoas recebendo amor que nunca tiveram na vida”, contou a bibliotecária e terapeuta da área integrativa Erna Maria Klausgraber. “Foi uma experiência profundamente tocante para mim, e o que mais me tocou foi a demonstração de amor nas partidas do abrigo, tanto por parte dos abrigados quanto dos voluntários”, prosseguiu Erna.

Correio do Povo

Eleições 2024: campanha eleitoral ainda não engrena nas ruas de Porto Alegre

 A tendência é que as movimentações políticas aumentem na Capital com a chegada de materiais e com o início do horário eleitoral gratuito, na próxima sexta-feira



Passados dez dias desde o início da campanha eleitoral, o clima de eleições em Porto Alegre ainda é tímidoAo menos, é o que pode ser visto percorrendo as ruas da cidade. A tendência é que, com o começo da transmissão do horário eleitoral gratuito em rádio e televisão, na próxima sexta-feira, comecem a ser percebidas mais manifestações. A iminente chegada de materiais gráficos aos partidos e a inauguração de comitês também devem aumentar o ritmo na Capital.

Caminhando no Centro Histórico da cidade, santinhos, panfletos, bandeiras e tendas são vistos em pontos específicos e em uma quantidade menor do que a esperada, por enquanto. Na Praça da Alfândega, do lado da rua Sete de Setembro, nada. Na rua dos Andradas, apoiadores entregam panfletos, mas a quantidade de candidatos com espaços montados, com diversidade ideológica, não passa de dez.

Em frente ao Mercado Público, começa a ganhar forma um reduto eleitoral que atrai os candidatos. Um dos locais mais acessados pelos cidadãos rotineiramente, conta pouco mais de dez tendas montadas. Predominam no local campanhas de partidos de esquerda. Do outro lado da rua, onde está localizado o Paço Municipal, praticamente nenhuma movimentação.

Em frente ao Paço Municipal, não há praticamente nenhuma movimentação eleitoral Em frente ao Paço Municipal, não há praticamente nenhuma movimentação eleitoral | Foto: Ricardo Giusti

A área do Parque da Redenção costuma ter mais agitação aos finais de semana com entregas de materiais por apoiadores de candidatos, apesar de não estar recheada de propagandas estáticas. A presença maior é de candidatos à esquerda do espectro político.

No sentido bairro/Centro, com destino inicial na zona Norte, a presença de wind banners, uma espécie de publicidade que consiste em um banner suspenso por uma haste, chama a atenção. Em praças, como a Encol, na avenida Nilópolis, e o Parcão, no bairro Moinhos de Vento, além de grandes avenidas, como a Goethe, é comum o material. Principalmente, de candidatos de direita.

Alta demanda em gráficas atrasa campanha na cidade

Oito candidatos à prefeitura de Porto Alegre e 512 candidatos a vereador, sendo quatro inaptos até o momento, estão registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o pleito deste ano. Isso significa que o potencial para materiais nas ruas é grande.

Segundo o membro partidário de uma campanha para a majoritária, as gráficas da Capital estão com a demanda muito alta. Ele comenta que apenas 20% do material de campanha do partido foi liberado para esta semana. Um total que será dividido entre toda a nominata para a Câmara Municipal. Já nesta segunda-feira, foi possível registrar um aumento da presença do partido nas ruas.

No Centro Histórico, o Largo Glênio Peres é um dos pontos mais movimentados No Centro Histórico, o Largo Glênio Peres é um dos pontos mais movimentados | Foto: Rafael Renkovski / Especial / CP

Na próxima sexta-feira, com o início da propaganda em rádio e televisão, é natural que os candidatos apareçam mais nas ruas. Apenas três postulantes à majoritária, porém, terão horário.

Com o maior número de partidos aliados, Sebastião Melo (MDB), que busca a reeleição, tem o dobro de tempo das suas duas concorrentes, com 5 minutos e 36 segundos diariamente. Maria do Rosário (PT) terá 2 minutos e 19 segundos e, Juliana Brizola (PDT), 2 minutos e 3 segundos em cada programa.

Correio do Povo

Confiança do empresário, perda da arrecadação e encerramento de empresas: números da economia gaúcha pós-enchente

 Confiança do empresário cresce, perspectivas são positivas para os próximos seis meses e fechamento de empresas está abaixo do verificado em 2023; pequeno empreendedor foi o mais impactado

Comércio e empresas fecham no Centro Histórico devido as enchentes 

Os efeitos das enchentes sobre a economia do Estado ainda não estão claros. Porém, os primeiros números que jogam luz ao cenário local indicam tendência de que a retração na atividade de setores importantes deve persistir nos próximos meses. Contudo, pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) indica que a confiança do empresário gaúcho começa a subir.

Conforme a principal entidade empresarial do Estado, o Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) cresceu de 46,2, em julho, para 49 pontos, em agosto. Apesar do grave momento pós-enchente, o patamar identificado é o mais alto desde abril de 2024.

“O resultado mostra o início de uma recuperação a partir da retomada das atividades nas empresas com o restabelecimento gradual das condições anteriores à calamidade climática de maio. Mas essas condições já não eram muito favoráveis devido ao cenário de incertezas, principalmente por causa dos juros elevados”, diz o presidente da Fiergs, Claudio Bier.

Perspectivas

As perspectivas dos empresários gaúchos para os próximos seis meses voltaram a ficar positivas pela primeira vez desde abril de 2024. Em agosto, o índice de expectativas atingiu 51,6 pontos, 2,7 acima de julho. Acima de 50, revelam otimismo, e abaixo, pessimismo. E segundo a Fiergs, todos os componentes do ICEI-RS, nas condições atuais e nas expectativas, cresceram de julho para agosto.

O otimismo, contudo, está restrito às expectativas com os próximos seis meses entre as suas empresas. Subiu de 53,7 para 54,7 pontos, enquanto o pessimismo com a economia brasileira permanece, mas diminuiu: o índice subiu de 39,4 para 45,3 pontos.

O percentual de empresários pessimistas com a economia brasileira caiu de 43,2% para 27% entre julho e agosto, e o de otimistas subiu de 7,4% para 12,5%. Entretanto, a maioria, 60,5%, não espera mudanças (eram 49,4% no mês anterior). A avaliação dos empresários com relação ao futuro da economia gaúcha voltou a ficar similar à brasileira: o índice de expectativas aumentou de 39,9 para 45,5 pontos.

A pesquisa consultou 152 empresas, sendo 35 pequenas, 53 médias e 64 grandes, entre 1º e 9 de agosto. Acompanhe o levantamento completo no Observatório da Indústria do Rio Grande do Sul.

Atividade em queda

Outro levantamento, este apresentando pelo Banco Central (BC), mostra que a atividade econômica no Estado caiu 9% em maio, na comparação com o mês anterior. Ainda de acordo com o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), o indicador recuou 3,9%, a a maior queda para o RS desde que o indicador começou a ser divulgado, em 2002.

Outro dado sobre o impacto econômico do desastre climático no Rio Grande do Sul vem da Receita Federal: a arrecadação de tributos federais caiu R$ 4,4 bilhões em maio na comparação com maio de 2023, em números corrigidos pela inflação. Contudo, há ressalva de que tal perda está inflada porque a Receita adiou o pagamento de diversos tributos federais por até três meses, variando conforme imposto ou contribuição.

Empresas fechadas

Após a inundação de maio, 31 empresas deram entrada em pedidos de recuperação judicial na Junta Comercial, Industrial e Serviços do Rio Grande do Sul. Contudo, esta etapa que normalmente ocorre diante do agravamento da situação financeira de uma empresa, está próxima da média registrada em 2023 e é levemente superior à frequência dos primeiros cinco meses de 2024 que antecederam a tragédia climática.

Conforme dados da Junta estadual, 94 empresas atualmente estão em recuperação judicial. O mês com maior incidência em 2024 é abril, com 22 processos abertos. Após a enchente, são 7 pedidos em maio, 10 em junho e 14 em julho. Na comparação, ocorreram 110 solicitações durante o ano de 2023, sendo 32 entre maio e julho do ano passado, número praticamente idêntico ao do período pós-inundação.

Neste ano, 87.825 empreendimentos encerraram suas atividades. Deste total, 66.079 estavam registrados como microempreendedores individuais (MEIs). Ocorreram ainda 2.161 fechamentos de filiais entre janeiro e julho. Em 2023 ocorreram 130.678 extinções (98.504 MEIs) e 3.786 filiais fechadas.

Em 2024, o órgão estadual recebeu 36 pedidos de falência, contudo o maior número ocorreu antes da crise. Foram 17 em março contra duas em junho e seis em julho. No ano passado foram 50 pedidos, sendo julho a maior incidência (10).

Pequenos sofreram mais

Aumentar vendas (59%), equilibrar finanças (58%), reconstruir o negócio (45%) e busca por crédito (44%) são as prioridades dos empreendedores entrevistados na 37ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios, realizada em julho pelo Sebrae RS. Os dados apontam impacto mais severo da enchente sobre os micro e pequenos empreendedores, justamente o número maior de fechamentos de negócios registrados pela Junta Comercial do Estado.

Sobre o impacto dos recentes eventos climáticos nos pequenos negócios, 90% dos entrevistados revelaram terem sido afetados de alguma maneira. Destes, 36% relataram danos em parte de suas estruturas, enquanto 28% não sofreram danos estruturais, mas enfrentaram paralisações devido à ausência de colaboradores, escassez de matéria-prima, dificuldades de acesso ao local de trabalho, entre outros obstáculos. Já 26% indicaram completa destruição das suas instalações.

Referente à atual situação dos negócios, 75% das empresas já estão operando desde julho, enquanto apenas 2% dos pesquisados admitiram o encerramento total da operação. A redução do faturamento no último bimestre foi um processo apontado por 86% dos respondentes da pesquisa, sendo que 60% dos entrevistados alegam queda superior a 40%.

Entre os 46% que já procuraram financiamento para seus negócios, 34% já acessaram os recursos. Outros 13% estão em processo de análise.

“É latente a necessidade de fortalecer os pequenos negócios, que é o setor que vai impulsionar mais rapidamente a economia”, diz Ariel Fernando Berti, diretor-superintendente do Sebrae RS.

Números da economia Gaúcha*:

  • 1.786.140 empresas ativas no RS
  • 183.197 empresas são do setor da Indústria
  • 512.256 do setor do Comércio
  • 1.015.964 do setor do Serviços

Em 2024 (janeiro a julho):

  • 147.149 aberturas de empresas (sendo 117.045 MEIs)
  • 87.825 extinções (66.079 MEIs) - janeiro é o mês com mais pedidos (14.164)
  • 2.161 filiais fechadas
  • 94 recuperações judiciais solicitadas
  • 36 falências decretadas

Em 2023:

  • 231.924 aberturas (183.567 MEIs)
  • 130.678 extinções (98.504 MEIs) - maio é o mês com mais pedidos - 13.771
  • 3.786 filiais fechadas
  • 110 recuperações judiciais solicitadas
  • 50 falências decretadas

*Fonte: junta comercial do Estado

Correio do Povo

O golpe de Maduro vai acabar

 

Paraguaio considerado um dos maiores traficantes da América do Sul é enviado a cadeia em Porto Alegre

 Recolhido no Nugesp, estrangeiro aguarda transferência a presídio federal



Um dos maiores traficantes da América do Sul está recolhido no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), em Porto Alegre. O homem de 37 anos é natural do Paraguai, onde estava detido antes da extradição a solo gaúcho. Ele é suspeito de movimentar R$ 3,85 bilhões, entre 2021 e 2023, com envio de 17 toneladas de cocaína para a Europa através dos portos de Rio Grande (RS) e Itajaí (SC).

Sob vigilância da Polícia Federal, o paraguaio embarcou no domingo em um voo comercial, com ponte no Aeroporto de Congonhas (SP) e aterrissagem no Aeroporto de Caxias do Sul. No final da tarde, ele seguiu para a Capital.

O estrangeiro estava há mais de um ano no Presídio de Tacumbú, em Assunção, enquanto a Justiça brasileira concluía um pedido de extradição. A ideia é que ele fique no sistema prisional gaúcho enquanto aguarda transferência a uma penitenciária federal. Até o momento, o detento permanece na sede do Nugesp.

A prisão do investigado ocorreu na capital paraguaia, em março de 2023, no âmbito da Operação Hinterland. Na ocasião, também houve o sequestro de 87 bens imóveis, 173 veículos e de uma aeronave, além do bloqueio de 147 contas bancárias e da movimentação imobiliária de 66 pessoas físicas e jurídicas.

De acordo com a PF, o paraguaio fingia ser empreendedor do mercado financeiro e pecuarista, com empresas e criação de gado no país vizinho. A investigação aponta que ele utilizava propriedades rurais para receber cocaína produzida na Bolívia. O suposto empresário nega participação no esquema.

Entenda o esquema de tráfico internacional

Os entorpecentes ingressavam do Paraguai para o Brasil via Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. De lá, seguiam em caminhões para cidades portuárias no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Em ambos estados, respectivamente, os narcóticos eram armazenados em empresas e depósitos no entorno dos portos de Rio Grande e Itajaí.

O próximo passo era inserir os ilícitos em cargas regulares de insumos, manobra que ocorria com cumplicidade da alta cúpula de empresas de logística. Quando os navios atracavam na Europa, um grupo pré-determinado de criminosos ensaiava o roubo das cargas e depois distribuía a cocaína em países do continente.

A Operação Hinterland ainda resultou na prisão de dois irmãos, em Balneário Camboriú (SC). A dupla seria responsável por auxiliar a coordenação do esquema por meio de empresas de logística marítima sediadas nos portos de Rio Grande e de Itajaí. Ambos respondem em liberdade, mas são monitorados com tornozeleira eletrônica.

Comparsa na Europa seria traficante albanês

Além do paraguaio, a Polícia Federal ainda aguarda a extradição de outro estrangeiro, um traficante da Albânia, que seria responsável por comprar e distribuir a droga na Europa. Ele foi preso em Dubai, no último dia 29 de julho.

O albanês vivia com a esposa, uma alemã que já morou no Brasil, na capital dos Emirados Árabes, onde dizia ser CEO de uma empresa de artigos metálicos. A suspeita é que ele utilizava o empreendimento como disfarce para negociar toneladas de cocaína enviadas a partir do Sul brasileiro.

O começo da investigação

A apuração da PF teve início em março de 2021, a partir de informações sobre uma apreensão de 316 quilos de cocaína na cidade de Hamburgo, na Alemanha, em dezembro de 2020. No caso, foi constatado que o envio dos tóxicos ocorreu através do Porto de Rio Grande.

Para desarticular o esquema de tráfico, os agentes brasileiros celebraram acordos de cooperação policial internacional com Alemanha e Paraguai, além de termos de cooperação jurídica foram firmados com a França. As diligências também contaram com o apoio da Receita Federal e Marinha do Brasil.

O resultado disso foi a Operação Hinterland, que teve como desdobramento a Operação Narcopesca, deflagrada no início de julho deste ano. As investigações comprovaram que ao menos 17 toneladas de cocaína foram enviadas para a Europa e que outras três toneladas de haxixe partiram do continente rumo ao Brasil.

A Polícia Federal também conseguiu relacionar alguns dos investigados no flagrante ocorrido em 29 de fevereiro deste ano, quando três pessoas foram presas quando tentavam acoplar 21 quilos de cocaína no casco de um navio. A embarcação partiria do Porto de Rio Grande com destino a Portugal.

Os suspeitos poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Se condenados, estarão sujeitos a uma pena de até 33 anos de reclusão.

Correio do Povo

Quem era o brigadista que morreu enquanto combatia incêndio em MT

 Corpo de Uellinton Lopes dos Santos foi localizado na manhã desta segunda-feira, a cerca de 1 km de uma linha de defesa contra o fogo



O brigadista Uellinton Lopes dos Santos, de 39 anos, morreu enquanto combatia incêndios florestais na Terra Indígena Capoto/Jarina, em São José do Xingu, em Mato Grosso. Em nota, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o Ibama lamentaram a morte. A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) também emitiu nota de pesar.

O corpo foi localizado na manhã desta segunda-feira, 26, a cerca de 1 km de uma linha de defesa contra o fogo.

Uellinton pertencia ao quadro de brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama.

O brigadista foi contratado pelo PrevFogo em 2024 e integrava a Brigada Pronto Emprego de Brasília. De 2021 até este ano, trabalhou como brigadista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

"O MMA e o Ibama prestam assistência, solidariedade e apoio à família do brigadista", disse a nota conjunta.

Em suas redes sociais, Uellinton publicava a rotina de seu trabalho e dizia que um de seus "maiores prazeres" era viver em contato com a natureza.

Incêndio em MT

O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso extinguiu quatro incêndios florestais no Estado neste domingo, 25. Outros 26 incêndios foram combatidos com 165 bombeiros em campo, que contaram com apoio de quatro aviões, um helicóptero, 52 viaturas, entre caminhões-pipa e caminhonetes, 11 máquinas e quatro barcos.

Em Mato Grosso, foram registrados 752 focos de calor entre sábado, 24, e domingo. Desses, 403 se concentram na Amazônia, 319 no Cerrado e 30 no Pantanal. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).

Na capital mato-grossense, 18 bombeiros combatem incêndios na região da Comunidade Rio dos Peixes, próximo a MT-251, em Cuiabá; e na MT-010.

No Pantanal, 63 bombeiros foram distribuídos na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, em Barão de Melgaço; no km 16 da Transpantaneira, na Fazenda Cambarazinho e Porto do Triunfo, em Poconé; e na divisa com a Bolívia e em Porto Conceição, em Cáceres. Nesses locais, os militares contaram com dois aviões, 16 viaturas, 11 máquinas, quatro barcos e um caminhão-pipa.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Casa Branca relata “progressos” em negociações sobre trégua em Gaza

 Israel lançou múltiplos bombardeios no Líbano na manhã de domingo e afirmou ter frustrado um grande ataque do Hezbollah



As negociações sobre um cessar-fogo em Gaza ocorridas no Cairo avançaram e espera-se que continuem, apesar dos confrontos entre Israel e o grupo libanês Hezbollah, afirmou a Casa Branca nesta segunda-feira (26).

"Continua havendo progresso e nossa equipe no local segue classificando as conversas como construtivas", declarou à imprensa o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

"Apesar do ataque com foguetes e drones do Hezbollah durante o fim de semana, contra o qual Israel fez um excelente trabalho de defesa, isso não afetou o trabalho real das equipes que estão tentando alcançar este acordo de cessar-fogo", acrescentou. "Esperamos que essas conversas (...) continuem pelo menos durante os próximos dias", afirmou John Kirby.

Israel lançou múltiplos bombardeios no Líbano na manhã de domingo e afirmou ter frustrado um grande ataque do Hezbollah. No entanto, o movimento libanês qualificou como um "sucesso" o disparo de centenas de drones e foguetes em retaliação pela morte de um de seus líderes.

Uma nova rodada de negociações para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns mantidos no território palestino teve início na capital egípcia na quinta-feira. Participaram das conversas chefes dos serviços de inteligência israelense, americano, egípcio e catari.

AFP e Correio do Povo

Planalto reúne líderes da Câmara e diz que haverá “boa saída” para emendas

 Alternativa deve ser encontrada até o envio do Projeto de Lei Orçamentária de 2025, no fim desta semana



O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse a líderes de bancada da Câmara nesta segunda-feira (26), que será encontrada uma “boa saída” para o imbróglio que envolve as emendas parlamentares. A cúpula do governo reúne representantes do Legislativo para discutir o assunto depois de o Supremo Tribunal Federal suspender parte das emendas e um novo acordo em torno do tema, que desagradou a congressistas, ser delineado.

“Nós vamos construir uma boa saída para esse tema que está em debate junto ao Supremo Tribunal Federal, já teve uma reunião na semana passada, tem um grupo de diálogo comum que envolve Executivo, Câmara e Senado”, disse Padilha na abertura da reunião. Participam do compromisso representantes de 19 bancadas, entre bancadas partidárias e outros grupos da Câmara.

Padilha falou em “construir a melhor solução negociada, valorizando o papel de cada parlamentar, porque os parlamentares conhecem muito a realidade local, cumprindo aquilo que é a interpretação da Constituição em relação à execução desses recursos”. Também mencionou que é necessário encontrar a saída até o envio do Projeto de Lei Orçamentária de 2025, que deve ocorrer até o fim deste mês, ou seja, até o fim desta semana.

Congressistas defendem as emendas parlamentares sobre o argumento de que conhecem suas bases melhor que o governo federal e, por isso, podem decidir onde usar recursos. O Executivo tenta recuperar o controle sobre as emendas para poder promover mais obras do programa de governo de Lula.

Padilha repetiu que o governo conseguiu aprovar todos os seus principais projetos desde a posse, em 2023. Afirmou que seria melhor se houvesse reuniões de líderes com o presidente da República com mais frequência. Essa é uma reclamação recorrente de congressistas - em seu primeiro governo, Lula tinha o hábito de encontrar deputados e senadores regularmente .

“Se a gente pudesse, reunia toda semana com o senhor presidente Lula, para o senhor ver o exército de generais que o senhor tem lá na Câmara”, declarou Padilha. Ele disse que o encontro deveria ter sido realizado entre o fim de junho e o começo de julho, mas que o calendário das eleições municipais impediu.

Os dois ministros envolvidos mais diretamente no imbróglio das emendas, porém, não participam da reunião. Quem tem representado Lula nas discussões sobre o assunto são Rui Costa (Casa Civil) e Jorge Messias (AGU).

Estadão Conteúdo e Correio do Povo