Técnica de enfermagem relata rotina incansável ao participar de resgates em Canoas e Porto Alegre

 Letícia Fontes se envolveu em várias atividades para auxiliar durante a enchente

Letícia Fontes dos Santos ficou quatro dias sem descansar 

A técnica de enfermagem e bombeira civil Letícia Fontes dos Santos ficou quatro dias sem descansar e sem tomar banho, auxiliando nos resgates em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Ela se envolveu principalmente no atendimento às vítimas e na gestão de medicamentos. Logo que as águas começaram a subir na Grande Porto Alegre, Letícia se dirigiu a abrigos e começou a distribuir marmitas e a montar farmácias, além de participar de resgates em Canoas.

“Quando encerraram as buscas no bairro Mathias Velho, eu fui para Porto Alegre, porque sentia necessidade de continuar ajudando”, destaca. Quando chegou na zona Norte da Capital, identificou a falta de remédios e de materiais para curativo na farmácia improvisada. “Comecei a pedir remédios e arrecadações. Fui montando o estoque e apoiando na enfermagem que precisava”, descreve. “Não consigo explicar a dimensão que se tornou. Estava praticamente morando embaixo de um viaduto”, lembra.

Além disso, Letícia ajudou a organizar uma equipe de saúde para ir para as vilas que estavam necessitando de suporte. “Para mim, isso foi muito gratificante, porque eu sou apenas uma técnica de enfermagem e bombeira civil. Em momento algum tive medo de ir para água e ajudar a resgatar, levar o mínimo de dignidade que as pessoas precisavam, que é medicação, curativo, água, comida. Até tentei ir para casa, mas o coração da gente não consegue. Abandonei minha casa, meus filhos. Acho que nem tenho mais emprego, mas foi válido.” Agora ela deve trabalhar para atuar na fase pós-enchente, auxiliando a volta dos desabrigados para casa.

Correio do Povo

Estado reconhece situação de emergência em Farroupilha

 Documento foi publicado nesta terça-feira com validade retroativa, cancelando a decisão publicada no dia 13 de maio que retirava o município da lista das cidades com decretos homologados

O Governo do Estado homologou e publicou nesta terça-feira, o decreto que coloca o município de Farroupilha em situação de emergência em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região desde o fim de abril. Os eventos climáticos causaram diversos problemas em estradas na cidade e no interior, exigiram o cancelamento de aulas e colocaram o Hospital São Carlos em uma delicada situação.

O novo documento tem validade retroativa, ou seja, ele cancela a decisão publicada em 13 de maio, quando o município ficou de fora da lista das cidades com decretos homologados no Rio Grande do Sul.

Após uma reclassificação, considerando a possibilidade de avaliação dos estragos causados pelas chuvas e contatos com a Casa Civil e reuniões com as coordenações regionais e estaduais da Defesa Civil, houve um novo laudo apontando que o município se enquadra na situação de emergência.

O novo documento foi apresentado pela Prefeitura ao Estado, que fez a homologação e publicou a decisão nesta terça-feira.

As equipes que integram o Comitê de Crise instalado no município seguem alimentando o sistema da Defesa Civil estadual com as informações prestadas conforme os critérios estabelecidos, que comprovam o estado de calamidade, como, por exemplo, a interdição de pontes de ligação entre comunidades do interior e rachaduras encontradas na estrada Salto Ventoso, inviabilizando o trânsito de moradores e o escoamento da produção.

Além disso, houve problemas estruturais no perímetro urbano, como tubulações que cederam, sendo necessária, inclusive, a evacuação de ao menos quatro famílias de suas residências no bairro Nova Vicenza.

Já o Hospital São Carlos, referência para 34 cidades, precisou cancelar todas as consultas e exames eletivos previamente agendados devido ao risco de desabastecimento de insumos essenciais provocado pela dificuldade de logística e fornecimento por conta das enchentes verificadas na Região Metropolitana e dos bloqueios em rodovias estaduais e federais.


Correio do Povo

Sem prazo para reabrir, comerciantes no Centro de Porto Alegre têm prejuízo milionário

 Falta de energia impede reabertura e agrava prejuízos de comerciantes na região central

Enchente causa prejuízo a comerciantes no Centro de Porto Alegre 

A enchente gerou prejuízo milionário ao comércio no Centro Histórico de Porto Alegre. Além das perdas materiais, ainda não há prazo para o retorno da energia elétrica nas quadras mais atingidas da região. Sem previsão de luz, a garantia é que o rombo nas finanças dos empreendedores deve ficar ainda maior.

De acordo com a Associação dos Permissionários do Mercado Público de Porto Alegre, a movimentação no local é de cerca de R$ 500 mil por dia. A previsão de reabertura é de pelo menos um mês. “O fechamento durante esse período, somado a perdas de móveis e equipamentos, deve resultar em prejuízo de quase R$ 30 milhões”, disse o presidente da Associação, Rafael Sartori.

O prejuízo também ultrapassa a casa dos milhões em um atacado de roupas e bijuterias na rua Voluntários da Pátria. A água invadiu o estabelecimento, que tem cerca de 1,5 mil metros quadrados, danificando equipamentos eletrônicos, móveis de madeira, itens de vestuário e maquiagem.

Conforme o dono, Rômulo Marcicano, as perdas atingem R$ 3 milhões quando somadas a outros estabelecimento da rede na rua Anchieta. “Perdemos duas lojas, uma no Centro e outra na zona Norte. Não sei como faremos para pagar nossa equipe, que tem 80 funcionários, sendo que 16 deles estão desabrigados. Vai ser um trabalho de formiguinha”, diz o homem, emocionado.

Na mesma rua, Gabriel Corrêa é gerente de uma unidade das lojas Marisa. Enquanto retirava peixes mortos que estavam no meio das peças de roupa, ele evitou prever o valor do prejuízo causado pelo dilúvio, mas confirmou que deve superar R$ 1 milhão. “Perdemos várias roupas que custam entre R$ 300 e R$ 500. Além disso, toda a parte elétrica da loja foi danificada e os balcões de madeira, também. Não vamos conseguir reabrir em menos de um mês”, lamentou.

No Pop Center, conhecido como Camelódromo, 650 lojas estão fora de operação. O mês de maio teve perda de 60%, cifra que foi intensificada pelo fechamento no dia das mães. São 4 mil funcionários e cerca de 2,5 mil famílias afetadas.

Apesar do prejuízo, a diretora institucional do Pop Center, Elaine Deboni, destaca que a água não atingiu as lojas nem houve saques no local. “Sim, tivemos perdas materiais. Ocorre que o mais importante é que estamos vivos. Garanti aos lojistas que vamos recuperar o prejuízo financeiro”, disse.

Correio do Povo

Nível do Rio Guaíba fica abaixo de 4m pela primeira vez em 18 dias

 Cota medida no Cais Mauá chegou a 3,91m

Centro de Porto Alegre após recuo das águas do Rio Guaíba 

O nível do Rio Guaíba ficou abaixo dos 4m pela primeira vez em 18 dias nesta quarta-feira. A cota medida no Cais Mauá, no Centro de Porto Alegre, amanheceu em 3,91m.

A informação foi obtida às 5h15min por meio da régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestruturas (SEMA) e Agência Nacional de Águas (ANA).

O número ainda segue acima da cota de alerta, que é 2,5m, e também superior à cota de inundação: 3m.

O recuo das águas do Rio Guaíba revelou no Centro de Porto Alegre um cenário de lodo e sujeira. Carros que foram abandonados durante a enchente voltaram a aparecer, mas cheios de barro.

Apesar da diminuição considerável do rio, há ainda pontos da Capital que seguem alagados. Ainda assim, o processo de limpeza já começou, com moradores retornando para suas residências, enquanto em outros locais comerciantes tentam recuperar o espaço para receber clientes nas próximas semanas.

Correio do Povo

Nível do Rio Guaíba está baixando

 


Novo acesso à Porto Alegre, no entorno da Rodoviária, é liberado para veículos

 Acesso possibilita a retomada do Túnel da Conceição nos dois sentidos

Acesso possibilita a retomada do Túnel da Conceição nos dois sentidos 

A nova passagem para veículos na saída de Porto Alegre, nas imediações da Estação Rodoviária, foi liberada para trânsito na tarde desta terça-feira, 21. O acesso possibilita a retomada do Túnel da Conceição nos dois sentidos.

Até então, apenas o corredor humanitário estava em operação – desde que entrou em funcionamento, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) estima que 100 mil veículos trafegaram pelo local. Com o novo caminho, o corredor segue com uso preferencial para veículos de emergência, mas pode ser utilizado por carros de passeio sem restrição de horário.


Desde o começo dos bloqueios na área central, o sentido Capital-Litoral do Túnel estava inacessível. “Esta ampliação é muito importante para dar mais fluidez na entrada e saída da cidade. Seguimos com a orientação de que sejam priorizados os serviços essenciais no fluxo de veículos da região”, destaca o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Pedro Bisch Neto.

Os motoristas que vêm no sentido Bairro/Centro, pelo Túnel da Conceição, poderão acessar o Largo Vespasiano Julio Veppo na contramão, junto à Rodoviária, e entrar na Castelo Branco.

No sentido inverso, o condutor virá pela Castelo Branco e acessará o Túnel da Conceição via corredor humanitário, com tráfego ampliado a partir desta terça-feira, 21.

Correio do Povo

STF anula decisões da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht

 Acordo de delação premiada de empresário continua válido


O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta terça-feira todas as decisões da 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht. O magistrado também determinou o trancamento de todos os procedimentos penais contra o empresário.

Segundo Toffoli, a anulação é justificada porque houve conluio entre magistrados e procuradores da República que integravam a operação. O ministro apontou problemas como arbitrariedades na condução do processo contra a Odebrecht, o desrespeito ao devido processo legal, parcialidade e ações fora da esfera de competência.

“Diante do conteúdo dos frequentes diálogos entre magistrado e procurador especificamente sobre o requerente, bem como sobre as empresas que ele presidia, fica clara a mistura da função de acusação com a de julgar, corroendo-se as bases do processo penal democrático”, destacou Toffoli na decisão.

Apesar da anulação, o STF informou que o acordo de delação premiada firmado pelo empreiteiro durante a Lava Jato continua valendo.

De acordo com Toffoli, a Operação Spoofing, que revelou o conteúdo de mensagens trocadas entre integrantes da Lava Jato, constatou condutas ilegais como a ameaça dirigida aos parentes do empresário, a necessidade de desistência do direito de defesa como condição para obter a liberdade e pressões sobre o advogado.

Na decisão, o ministro destacou que recente relatório do corregedor-nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, revelou a gestão “absolutamente caótica” dos recursos da Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba.

A decisão atendeu a um pedido da defesa de Marcelo Odebrecht. Os advogados alegaram que o caso do empresário era semelhante ao de outros réus da Lava Jato que tiveram os processos anulados por irregularidades na condução das investigações.

Também nesta terça, a Segunda Turma do Supremo reconheceu a prescrição de uma das condenações do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na Operação Lava Jato. A maioria dos ministros entendeu que a condenação de Dirceu, por corrupção passiva, a oito anos e dez meses de prisão prescreveu e ele não pode ser mais punido pelo crime. José Dirceu foi condenado no processo que apurou irregularidades entre contratos da Petrobras e a empresa Apolo Tubulars.


Agência Brasil e Correio do Povo

Saque-calamidade do FGTS está disponível em 359 municípios gaúchos

 Valor de retirada é de até R$ 6.240

Saque-calamidade pode ser feito por trabalhadores residentes em áreas afetadas pelas enchentes 

Trabalhadores de 359 municípios do Rio Grande do Sul afetados por enchentes desde o fim de abril podem fazer a solicitação de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na modalidade Calamidade.

“Já temos 359 municípios que estão habilitados para que as pessoas atingidas possam solicitar a retirada desse valor, de até R$ 6.240, que é um apoio muito importante”, informou o ministro para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, nesta terça-feira (21), durante coletiva à imprensa, em Porto Alegre.

O saque-calamidade pode ser feito por trabalhadores residentes em áreas afetadas pelas enchentes e indicadas pelas secretarias de Defesa Civil dos municípios. Qualquer cidadão com saldo na conta do FGTS poderá fazer o saque – inclusive quem já fez o saque nos últimos 12 meses pelo mesmo motivo.

A liberação será autorizada após o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconhecer, por meio de portaria, o estado de calamidade pública ou situação de emergência da localidade.

Como sacar

Para pedir a liberação do benefício, o trabalhador que tem direito deve acessar no aplicativo FGTS e fazer a solicitação com clique na opção “Solicitar meu saque 100% digital” ou no menu inferior “Saques” e selecionar “Solicitar saque”. Na seleção do motivo do saque, apontar “Calamidade pública”, informar o nome do município, digitar o CEP e o número da residência e clicar em “Continua”.

Depois, é necessário encaminhar os seguintes documentos:

- cópia da frente e do verso do documento de identidade, da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou do passaporte, além de foto do próprio rosto segurando o documento de identificação;

- cópia do comprovante de residência em nome do trabalhador, como conta de luz, água, telefone, gás, fatura de internet, de TV e de cartão de crédito, entre outros, emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade;

- cópia da certidão de casamento ou da escritura pública de união estável, caso o comprovante de residência esteja em nome de cônjuge ou do companheiro.

Em razão dos alagamentos, se não for possível apresentar comprovante de residência em nome do trabalhador, é possível apresentar uma declaração do município atestando que o trabalhador é residente na área afetada.

O cidadão deve selecionar a opção para creditar o valor em conta Caixa, inclusive poupança, ou outro banco. Após o envio, a Caixa irá analisar a solicitação e, após aprovação, o valor será creditado em conta.

Dúvidas

Mais informações sobre o saque-calamidade podem ser obtidas no site oficial do FGTS. Caso necessário, os telefones de contato com a Caixa são os 4004 0104 (para ligações feitas a partir das capitais e regiões metropolitanas) ou 0800 104 0 104 (nas demais regiões).

Agência Brasil e Correio do Povo

Instituições de ensino destinam recursos a alunos atingidos pelas enchentes no RS

 IFRS e Unipampa oferecem apoio financeiro a estudantes afetados; UFFS mantém política de auxílio emergencial



O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) e a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), com campi no estado, estão concedendo auxílio financeiro a estudantes afetados pelas enchentes na região.

No caso do IFRS, o benefício é de R$ 1 mil, e se destina a alunos que tiveram a residência danificada pelas chuvas. O Instituto estima que em torno de 2 mil estudantes já oficializaram o pedido, que deve ser feito até a próxima sexta-feira (24/5).

Já a Unipampa oferece um auxílio de R$ 500,00 a estudantes diretamente afetados pelas enchentes ou cuja família foi atingida. O prazo para a solicitação do valor termina amanhã (22/5).

Acadêmicos da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) também podem ter acesso à ajuda financeira, por meio do programa de auxílio emergencial permanente da Universidade. O edital de 2024 pode ser consultado no site da instituição.

Como pedir auxílio financeiro ao IFRS

A solicitação pode ser feita por alunos atingidos de quaisquer campi, regularmente matriculados em cursos técnicos, de graduação, pós-graduação, Educação para Jovens e Adultos (EJA) ou EJA da Formação Inicial e Continuada (FIC), que tiveram a residência afetada por alagamento, deslizamento de terra, destelhamento (parcial ou total) ou outras situações que causaram danos materiais na casa ou obrigaram o aluno a deixar a residência. Estudantes enquadrados nesses requisitos podem solicitar o auxílio, mesmo que não façam parte do público prioritário da assistência estudantil do Instituto.

Os pedidos serão recebidos até a próxima sexta-feira (24/5) via formulário eletrônico. São solicitados os seguintes dados: nome completo; RG; CPF; cidade e endereço de residência; telefone para contato; campus, curso e modalidade; e dados bancários. Passado o período de calamidade pública no RS, os contemplados deverão entregar, em seu campus, uma autodeclaração de acesso ao benefício.

O pagamento dos auxílios é financiado pelo orçamento do IFRS e por recursos da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério de Educação (Setec/MEC). Eventuais dúvidas podem ser encaminhadas à assistência estudantil, no WhatsApp (54) 99635-7158.

Como pedir auxílio financeiro à Unipampa

O auxílio de R$ 500 será pago em parcela única aos estudantes de graduação presencial, Educação a Distância institucional (curso de licenciatura em Letras - Português EAD) e de pós-graduação stricto sensu que foram atingidos pelas chuvas ou que tiveram a família afetada.

A solicitação é feita via Sistema de Gestão Unificada de Recursos Institucionais (Guri) até amanhã (22/5). São pedidos os seguintes dados: comprovação de residência em cidade atingida pela elevação do nível das águas (conforme decretos nº 57.600, de 4/5, e nº 57.596, de 1º/5); comprovação de atendimento pela Defesa Civil, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social ou outro órgão público de defesa, saúde ou assistência social; comprovante ou declaração de residência do local atingido; cópia de documento de identidade do(s) familiar(es) atingido(s), se for o caso; formulário de dados bancários; e formulário de solicitação. A Unipampa disponibilizou um tutorial para realização da inscrição e outro para o envio da documentação. A homologação dos resultados deve ocorrer até a próxima segunda-feira (27/5).

Dúvidas sobre o auxílio devem ser encaminhadas ao email prodaepermanencia@unipampa.edu.br ou dcpp.prodae@unipampa.edu.br (no caso de questões relativas a dados bancários).

Gabriela Sardi, sob supervisão de Maria José Vasconcelos

Correio do Povo

Arroio Dilúvio - 22/05/2024, Porto Alegre

 



Baixou bastante no dia de hoje.