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Por Maurício Moraes e Bruno Garattoni

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As agulhas dos instrumentos do Instituto Sismológico de Uppsala, na Suécia, chacoalharam no dia 30 de outubro de 1961. Momentos depois, outros aparelhos ao redor do mundo também detectaram o que parecia ser um terremoto de 5 graus na escala Richter. Mas o tremor nada tinha de natural. Era uma onda de choque que deu três voltas no planeta – e resultado da maior explosão nuclear de todos os tempos. A União Soviética havia acabado de detonar a mais potente arma já produzida pelo homem: a bomba nuclear RDS-220. Por seu enorme poder destrutivo, ganhou o apelido de Bomba Tsar. O nome é uma referência ao tzar Ivã 4º, também conhecido como Ivã, o Terrível, que governou a Rússia no século 16 (e ganhou esse apelido por ter liderado o país em seis guerras, e pelo humor instável e explosivo).
A hiperbomba foi detonada no Círculo Polar Ártico, na ilha de Nova Zemlia, um local desabitado que os soviéticos costumavam usar para testes nucleares. A força da Bomba Tsar, de aproximadamente 50 megatons, equivale a 50 milhões de toneladas de dinamite, ou a 3.300 bombas de Hiroshima (cuja detonação completou 70 anos no mês passado). Sozinha, ela é dez vezes mais potente do que todos os explosivos da Segunda Guerra Mundial – somados. O cogumelo nuclear chegou a 64 quilômetros de altura, seis vezes a altitude em que voam os aviões comerciais, e sete vezes o tamanho do Monte Everest. Atingiu a mesosfera, a camada da atmosfera onde os meteoritos entram em combustão.
Ela foi lançada por um bombardeiro Tupolev TU-95, que era comandado pelo major Andrei Durnovtsev, e liberada a uma altitude de 10.500 metros. Um paraquedas retardou a queda da bomba, que pesava 25 toneladas, para que o avião tivesse tempo de se afastar antes da explosão. Quase não deu. O avião voava a 644 km/h, e já estava a 45 quilômetros de distância quando a detonação aconteceu, quatro minutos depois. Mesmo assim, foi atingido pela onda de choque e quase caiu – despencou mil metros de uma vez só. Outras aeronaves observaram e filmaram o momento em que a Bomba Tsar foi detonada. “O espetáculo era fantástico, irreal, sobrenatural”, disse um dos militares que documentaram a operação. Segundo ele, à medida que a bola de fogo crescia, parecia sugar a terra.
Embora a bomba tenha sido detonada no ar, a 4 quilômetros do chão, seus efeitos no solo foram devastadores. “A superfície da ilha foi nivelada, varrida e polida, como se virasse uma pista de patinação. A mesma coisa aconteceu com as pedras. A neve derreteu e suas bordas estão brilhando. Não há um sinal de imperfeição no solo”, disse o relatório soviético sobre a inspeção no lugar, tempos depois. Tudo no local havia sido destruído e derretido. Outros efeitos da explosão foram percebidos muito longe dali. O clarão foi avistado a uma distância de 1.000 quilômetros, mesmo com céu nublado. Um observador a 270 quilômetros de distância viu o lampejo mesmo de óculos escuros e pôde sentir o calor emitido pela explosão. A onda de choque derrubou as casas de madeira e arrancou telhados, janelas e portas de casas de alvenaria. Qualquer pessoa que estivesse num raio de 100 quilômetros do centro da explosão sofreria queimaduras de terceiro grau.
As bombas nucleares causam três tipos diferentes de dano. O primeiro é a onda de choque, que, dependendo da potência da arma, derruba prédios em uma grande área e arremessa as pessoas atingidas. Depois vem a onda de calor, que incinera tudo o que está na região e provoca queimaduras graves. Por último, vem a radiação. O centro da explosão fica altamente contaminado por radioatividade. Mas a bomba também espalha poeira radioativa, que é levantada pelo vento e cai a milhares de quilômetros de distância, junto com a chuva. Isso significa que áreas gigantescas podem ficar contaminadas, por muito tempo. O Atol de Bikini, no Pacífico, onde os americanos fizeram testes nucleares na década de 1950, continua inabitável até hoje.
Uma pequena comparação pode dar uma ideia melhor dos terríveis efeitos daBomba Tsar. Se tivesse sido detonada sobre a Avenida Paulista, no coração de São Paulo, a onda de choque derrubaria quase todas as construções num raio de 9 quilômetros – praticamente toda a região da capital paulista entre os rios Tietê e Pinheiros, o Aeroporto de Congonhas e o início da zona leste. Mas a coisa não pararia aí. Uma cratera de 340 metros de profundidade por 3 quilômetros de diâmetro tomaria todo a área central da metrópole. A bola de fogo, com aproximadamente 5 quilômetros de diâmetro, chegaria quase até o Parque do Ibirapuera, iniciando um grande incêndio que provavelmente se espalharia pela cidade. O calor provocaria queimaduras de terceiro grau até em moradores de Jundiaí, Atibaia, Mogi das Cruzes e Santos. A chuva radioativa poderia chegar ao sul da Bahia, dependendo da direção e velocidade dos ventos.
A hiperbomba russa era incrivelmente forte. Enquanto as armas nucleares americanas tinham potência suficiente para devastar uma cidade, o artefato russo era capaz de varrer do mapa Estados inteiros. Uma quantidade relativamente pequena de Bombas Tsar seria suficiente para arrasar a civilização como a conhecemos. E os russos queriam que todo mundo, em especial os EUA, soubesse disso.
No 22º Congresso do Partido Comunista, o secretário-geral Nikita Kruschev prometeu que os soviéticos criariam uma bomba nuclear de 100 megatons. Os próprios cientistas, no entanto, ficaram com receio do que poderia acontecer. Anos depois, os físicos Viktor Adamsky e Yuri Smirnov, que participaram do projeto, revelaram que uma explosão dessa magnitude teria gerado um tornado de fogo gigante, capaz de engolir uma área de mais de 30 mil quilômetros quadrados (um pouco maior que o Estado de Alagoas). Por isso, os russos acharam melhor reduzir a Bomba Tsar para 50 megatons. Ela tinha essa potência toda graças a uma inovação tecnológica: era umabomba atômica de três estágios.
As primeiras bombas atômicas, detonadas em Hiroshima e Nagasaki, tinham apenas um estágio. Grosso modo, elas funcionam da seguinte maneira. Um explosivo tradicional, colocado dentro da bomba, estoura – e comprime o material nuclear (urânio, no caso da bomba de Hiroshima, e plutônio, no caso da bomba de Nagasaki). Isso inicia uma reação de fissão nuclear, ou seja, a quebra dos núcleos dos átomos de urânio ou plutônio. Uma quantidade enorme de energia é liberada, e a bomba explode.
Na década de 1950, os americanos deram um passo além, e inventaram uma versão de dois estágios. É a bomba termonuclear, também conhecida comobomba de hidrogênio. Ela também faz fissão nuclear, como suas antecessoras. Só que não para aí. A energia gerada pela fissão é usada para espremer átomos de hidrogênio, que estão armazenados no segundo estágio da bomba, uns contra os outros. Eles se juntam, e acontece a chamada fusão nuclear – que libera ainda mais energia. É o que ocorre naturalmente em estrelas como o Sol.
Na Bomba Tsar, os cientistas acrescentaram um terceiro estágio – também de fusão de hidrogênio. O design inicial da arma soviética previa 50% de fissão e 50% de fusão para produzir os 100 megatons previstos. Mas, para domar a bomba, os cientistas trocaram parte do urânio por chumbo. Além de diminuir a potência da explosão, isso teve um efeito colateral surpreendente: a Bomba Tsar espalhava muito menos radiação do que seria normal numa explosão daquele tamanho. Isso evitou que ela contaminasse grandes áreas da Europa (e da própria URSS).
Tudo foi feito às pressas, e sob muita pressão política. Foram apenas quatro meses entre o início do projeto, no laboratório ultrassecreto Arzamas-16, e o teste em Nova Zemlia. O design da arma só ficou pronto em 24 de outubro, seis dias antes do lançamento. A equipe, liderada pelo físico nuclear Andrei Sakharov, teve de trabalhar com estimativas e projeções, porque não havia tempo. “Se não criarmos essa coisa, vamos ser enviados para construir ferrovias”, disse Sakharov, na época. A bomba mudaria a vida dele para sempre. Ao perceber a monstruosidade do que tinha inventado, ele se tornou um ativista antiarmas nucleares e, em 1975, recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
A explosão da bomba provocou pânico em todo o mundo, e era exatamente isso o que os soviéticos queriam. Em nenhum momento Kruschev manteve segredo sobre o artefato. Pelo contrário. Fez questão de dizer que seria produzido e detonado, e que os americanos ficassem sabendo. É que, no início dos anos 1960, a situação geopolítica era desfavorável para os russos. A tensão em Berlim levou à construção do muro e, pouco tempo antes, a França detonara sua primeira bomba nuclear, transformando-se na quarta potência atômica, depois de Reino Unido, URSS e Estados Unidos. A BombaTsar, muito mais potente do que as armas dos outros países (o máximo que os EUA conseguiram chegar foi a 15 megatons, num teste em 1954), era uma demonstração de força – e também uma cartada dos soviéticos para desacelerar a corrida armamentista. “As bombas nucleares tinham ido muito além do que havíamos imaginado”, diz Andrew Futter, especialista em política internacional da Universidade de Leicester. Mais do que uma ação militar, a Bomba Tsar foi uma manobra política. Numa guerra real, ela não teria grande serventia prática, porque era muito pesada e precisava ser carregada por um avião grande e lento. “O tipo de aeronave necessária para lançá-la provavelmente seria derrubada”, explica Futter. Em suma: além de ser o artefato tecnológico mais destrutivo e assustador já criado pelo homem, a Bomba Tsar também era um blefe geopolítico. Deu certo.
A explosão reverberou pelo mundo e, dois anos depois, EUA e URSS assinaram um tratado para frear a corrida armamentista. A partir dele, ficou proibido testar bombas explodindo-as na atmosfera, sob a água (como nos oceanos) ou no espaço. A explosão da maior de todas as bombas, na prática, serviu para frear a escalada nuclear.
Americanos e russos continuaram se enfrentando e testando artefatos do tipo, mas em explosões subterrâneas e com armas de potência muito menor. (Hoje, os EUA possuem aproximadamente 5 mil armas nucleares, e os russos têm 3 mil – quase dez vezes menos do que nos anos 1960). A Guerra Fria ainda duraria três décadas. Mas a corrida para desenvolver bombas cada vez maiores parou ali. Graças à Tsar.
BOMBA DE NÊUTRONS
Na mesma época em que os soviéticos desenvolveram a Bomba Tsar, os americanos criaram uma arma nuclear igualmente assustadora: a bomba de nêutrons (seu nome técnico é “bomba de radiação aumentada”). Ela é projetada para matar, mas causando o mínimo possível de dano a prédios e construções em geral. Quando uma bomba atômica tradicional explode, 5% da energia é liberada na forma de nêutrons (partículas subatômicas que, junto com os prótons, formam o núcleo do átomo). Na bomba de nêutrons, é 45%. Ou seja, ela produz muito mais radioatividade. Isso torna possível a criação de bombas pequenas, com carga explosiva bem menor (1 kiloton, por exemplo), mas que mesmo assim matariam muita gente – por envenenamento radioativo. Além dos EUA, Rússia, França e China possuem essa tecnologia.
Super Interessante
A militância petista e suas linhas auxiliares protagonizaram verdadeiras cenas de guerras em protestos pelo Brasil nos últimos anos e Lula vem falar que nunca tinha visto tanta selvageria. Me poupe, né?
Fonte: https://g1.globo.com/…/veja-a-repercussao-do-ataque-a-carav…
Outras duas pessoas estão gravemente feridas: https://glo.bo/2uANmAb#GloboNews
Condutor da lancha que matou duas pessoas no RJ vai ser indiciado por homicídio culposo
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Batalha da Manchúria
Guerra Nipo-Soviética (Segunda Guerra Mundial)
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Forças soviéticas embarcando para a Ofensiva de Sungari, agosto de 1945.
Data
9 de agosto a 20 de agosto de 1945
Local
Manchúria (Manchukuo), China
Desfecho
Vitória decisiva soviética
Beligerantes
União Soviética
República Popular da Mongólia
Império do Japão
Manchukuo
Comandantes
Aleksandr Vasilevsky
Otozō Yamada
Zhang Jinghui
Forças
União Soviética:
~1.685.500 homens
26.137 artilharia
1852 sup. artilharia
5.556 tanques e artilharia autopropulsada
5.368 aeronaves
Mongólia:
~16.000 homens
Japão:
1.217.000 de homens
5360 artilharia
1.155 tanques
1.800 aeronaves
1.215 veículos
Manchukuo:
170.00
Mengjiang:
44.000 homens
Baixas
União Soviética:
12.031 mortos
24.425 feridos
Mongólia:
72 mortos
125 feridos
Japão:
21.389 mortos
20.000 feridos
Manchukuo:
Maioria das tropas desertaram ou foram capturadas
Mengjiang:
Maioria das tropas desertaram ou foram capturadas
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A Ofensiva Estratégica na Manchúria, também conhecida como Operação da Manchúria (em russo: Маньчжурская операция) ou "Batalha da Manchúria" (битва за Маньчжурию), foi parte da "Guerra Nipo-Soviética" (Советско-японская война) de 1945.
Conhecida pelos historiadores americanos e europeus como a Operação Tempestade de Agosto foi a grande ofensiva terrestre que a União Soviética realizou contra as forças japonesas instaladas no Estado fantoche de Manchukuo, apressando a rendição do Japão. Os soviéticos ocupariam posteriormente Mengjiang, o norte da China, o norte da Coreia, o sul da ilha Sacalina e as ilhas Curilas.
A invasão terrestre teve por objetivo derrotar o Exército Imperial japonês, que ocupava a Coreia e vastas porções da China, e preparar o início da invasão do arquipélago do Japão, programada para novembro de 1945 (ver Operação Downfall).
A operação de invasão dos territórios ocupados pelos japoneses da Manchúria e Coreia pela União Soviética envolveu cerca de 1,5 milhão de soldados do exército soviético, a maior parte transferidos da frente ocidental, entre maio e julho de 1945, para a fronteira com a China e a Coreia.
A operação teve início na madrugada de 08 para 9 de agosto de 1945 e se estendeu até 2 de setembro de 1945, quando as tropas soviéticas já haviam desmobilizado um contingente de 1 milhão de soldados japoneses (entre mortos, feridos e prisioneiros) e ocupado toda a Manchúria e a porção norte da Coreia. A rápida derrota das forças japonesas acelerou o processo de fim da Segunda Guerra Mundial e levou ao fortalecimento dos grupos políticos pró-soviéticos na Coréia e na China durante o pós-guerra.
China ocupada pelo Exército Imperial do Japão até agosto de 1945
Durante a Conferência de Yalta (fevereiro de 1945), os aliados decidiram que em até 90 dias após o fim da guerra na Europa, a União Soviética atacaria as forças japonesas instaladas na China (Manchúria). Na ocasião a derrota alemã era iminente, e veio a se concretizar com a rendição em 8 de maio de 1945.
Imediatamente após a rendição alemã, a URSS inicia uma grande mobilização de transferência de soldados, armas e suprimentos para a fronteira com a China ocupada. Mais de um milhão de soldados somaram-se aos cerca de meio milhão de homens que já estavam na fronteira. Homens e armas foram transferidos pela ferrovia transiberiana, por onde passaram entre 25 e 30 comboios por dia, totalizando cerca de 136 mil trens [1]. A partir da transiberiana, soldados e blindados se locomoviam por outras estradas, com deslocamentos que variavam de algumas dezenas a cerca de 500 ou 600 quilômetros, até os locais próximos à fronteira que seriam usados para invasão.
O deslocamento das 80 divisões soviéticas pela transiberiana envolveu uma logística de guerra sem precedentes nesta região asiática, atravessando entre 9 e 12 mil quilômetros da ferrovia transiberiana. Se considerada a distância percorrida e o total de deslocamento envolvendo uma massa humana de 1,5 milhões de soldados, 26 mil peças de artilharia, 5 500 tanques blindados e artilharia autopropelida, além de 1 800 outras armas de artilharia, veículos leves, combustível, suprimentos e munições, tudo isso em apenas três meses,[1] a preparação da Operação Tempestade de Agosto talvez possa ser considerada uma das maiores façanhas de logística na história das guerras terrestres modernas.
Além da logística, a preparação e início da "Operação Tempestade de Agosto" ocorreu em meio a um complexo jogo diplomático envolvendo os EUA, a URSS e o Japão. Em 5 de abril de 1945[2] a União Soviética rompe o tratado de paz e neutralidade que havia sido assinado com o Japão em 1941 [3]. Ciente da impossibilidade de vencer a guerra, em julho de 1945 a diplomacia japonesa contactou Stálin e solicitou à União Soviética que intermediasse um acordo de paz, oferecendo uma rendição "honrosa".
Front do Extremo Oriente: ofensiva soviética contra o Exército Imperial japonês em agosto de 1945
Os aliados preparavam uma invasão do Japão em duas etapas. A Operação Downfall teria início em novembro de 1945, quando os EUA invadiriam a porção meridional do arquipélago (ilhas de Kyoshu e Shikoku), enquanto a URSS invadiria a ilha setentrional (Hokkaido). A segunda etapa seria a invasão da ilha principal (Honshu) em março de 1946.
O acordo fechado com a URSS na Conferência de Ialta (fev/1945), garantia que esta participaria do que deveria ser um longo esforço de guerra contra o Japão. O Japão ignorou o ultimato dos EUA para sinalizar com a possibilidade de rendição até 29/julho, quando os rumos da guerra na Ásia-Pacífico começaram a mudar rapidamente.
Com o teste bem sucedido da bomba atômica em 18 de julho de 1945, a postura norte-americana mudou e o governo dos EUA decidiu usar a bomba atômica antes que tivesse início a "Operação Tempestade de Agosto", marcada para começar em 8 de agosto de 1945. Após o ataque a Hiroshima em 6 de agosto de 1945 os jornais de todo o mundo ocidental direcionaram sua atenção para o feito da nova arma americana, praticamente ignorando a invasão soviética dois dias depois.
Como programado, a União Soviética declarou guerra ao Japão[4] e iniciou a "Operação Tempestade de Agosto" na noite de 08 para 9 de agosto com uma grande ofensiva terrestre. Os EUA lançaram a segunda arma nuclear contra o Japão em 9 de agosto, na cidade de Nagasaki (três dias depois da primeira em Hiroshima), fortalecendo o que viria a ser uma maciça operação de propaganda de guerra para minimizar o significado da ofensiva terrestre por parte da União Soviética na "Operação Tempestade de Agosto". O Japão não sabia quantas outras armas nucleares os EUA possuiam, mas o governo demonstrava estar disposto a resistir mais. Entretanto, a última chance de interlocução diplomática (a União Soivética) havia declarado guerra e iniciado uma mega-ofensiva terrestre contra suas forças instaladas no continente asiático.
A ofensiva do Exército Vermelho contra a o Exército Imperial Japonês, que ocupava a China e Coreia, teve início na noite de 8 para 9 de agosto de 1945. O marechal de campo Aleksandr M. Vasilevsky comandou os três exércitos do "Front do Extremo Oriente". O comandante do front Trans-Baikal foi o Marechal R. Y. Malinovsky, enquanto os exércitos do 1o e 2 Fronts do Extremo Oriente foram comandados respectivamente pelo marechal K. A. Meretskov e o general M. A. Purkayev.
Durante o dia 09 de agosto tiveram início os primeiros raids aéreos soviéticos contra as forças japonesas, o que acelerou a rápida desestruturação destas.
No início da invasão a superioridade soviética era clara. Além da superioridade qualitativa, de tropas e comandantes experientes do front ocidental e armamentos tecnologicamente superiores (principalmente blindados e aviões), a União Soviética contava com superioridade quantitativa, a começar pela massa de 1,577 milhão de homens contra os 1,2 milhões do Exército Imperial japonês. Em outros aspectos mais relevantes, esta proporção entre as forças soviéticas e japonesas era ainda maior: 5/1 em artilharia, 5/1 em tanques e canhões autopropulsados e quase 3/1 em aeronaves.
Desde o primeiro momento da invasão, os soviéticos acumularam rapidamente uma série de vitórias contra as forças japonesas, que não usavam fortificações complexas e acreditavam que o terreno da região tornava impossível a invasão com grandes exércitos. Mesmo as fortificações japonesas eram frágeis demais perante o poder de fogo russo. Utilizando uma estratégia de pinça, as forças soviéticas que entraram na Manchúria ocidental pela Mongólia e pelo território soviético, encontraram-se com as forças que invadiram o norte da Manchúria e a Manchúria oriental. Em seguida invadiram a Coreia.
No Mar a URSS mobilizou forças da Marinha, Aeronáutica e do Exército para a invasão das ilhas Sakhalinas e das Ilhas curilas, região em disputa desde a Guerra Russo-Japonesa de 1904-1905.
Ministro japonês Mamoru Shigemitsu assina a rendição ao general dos EUA Richard K. Sutherland, em 2 de setembro de 1945, a bordo do USS Missouri.
Em 16 de agosto, uma semana após o início da invasão soviética, a maior parte das forças japonesas já haviam sido derrotadas nos pontos estratégicos para a defesa da região, e os soviéticos controlavam as rotas terrestres mais importantes. Nesta data a vitória soviética já era clara, embora os japoneses só tenham anunciado a rendição em 20 de agosto, e o avanço soviético só tenha terminado em 1 de setembro de 1945.
A maior vitória soviética na "Operação Tempestade de Agosto" ocorreu em Manchukuo, onde uma força de cerca de 750 mil soldados japoneses foi derrotada. Ao fim do conflito, metade dos mais de 1,2 milhão de soldados japoneses envolvidos na guerra na Ásia tornaram-se prisioneiros dos soviéticos, sem contar milhares de mortos, feridos e desaparecidos.
O Japão já havia perdido sua marinha - destroçada nas batalhas navais contra os EUA -, e suas maiores cidades, queimadas pelos bombardeios com bombas incendiárias e com as duas armas nucleares americanas. Ao ver sua principal força terrestre destruída em menos de três semanas, o Japão não teve outra opção que não a rendição [1].
O sucesso soviético em derrotar o exército de ocupação do Japão, seguido da presença do Exército Vermelho na China e na Coreia do Norte, foram centrais para que nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, estes dois países se tornassem socialistas.
Entretanto, o Japão não foi ocupado pelas tropas soviéticas. Na Coreia, o avanço soviético parou no paralelo 38, após o desembarque das tropas americanas e Incheon. Na sequência, as negociações entre o Japão e os EUA resultaram em uma ocupação diferente da Alemanha, no pós-guerra, já que o Japão foi ocupado apenas por tropas americanas, o imperador foi mantido no poder e apenas uma parte da elite do governo japonês foi condenada pela guerra, sendo que a maior parte eram militares.
A rendição japonesa em agosto de 1945 resultou no cancelamento dos planos de invasão do Japão, que seriam implementados a partir de novembro de 1945 na planejada Operação Downfall.
Ver artigo principal: Crimes de guerra soviéticos
Muitos colonos japoneses cometeram suicídio em massa quando o exército soviético se aproximava. Mães foram forçados a matar seus próprios filhos antes de matar ou ser mortos. O exército japonês muitas vezes participou dos assassinatos de seus civis. O comandante do 5 º Exército japonês, general Shimizu , comentou que "cada nação vive e morre por suas próprias leis." Feridos soldados japoneses que eram incapazes de se mover por conta própria foram muitas vezes deixados para morrer quando o exército se retirou.[carece de fontes]
Os soviéticos reivindicaram empresas japonesas na região e levaram materiais valiosos e equipamentos industriais. [carece de fontes]
Relatórios britânicos e norte-americanos indicam que as tropas soviéticas que ocuparam a Manchúria (cerca de 700 000) saqueados e aterrorizaram o povo de Mukden, e não foram desencorajados pelas autoridades soviéticas em "três dias de estupros e pilhagem". Em Harbin, China postou slogans como "abaixo o imperialismo vermelho". As forças soviéticas ignoraram os protestos dos líderes do Partido Comunista Chinês sobre o estupro em massa e saques. [carece de fontes]
Konstantin Asmolov do Centro de Pesquisa coreano da Academia de Ciências da Rússia rejeita contas ocidentais de violência soviética contra civis no Extremo Oriente como exageros e boatos e afirma que as acusações de crimes de massa pelo exército soviético inadequadamente extrapolam incidentes isolados em relação aos quase 2 milhões de soldados soviéticos no Extremo Oriente. Segundo ele, tais acusações são refutadas pelos documentos da época, a partir do qual fica claro que tais crimes eram muito menos um problema do que na Alemanha. Asmolov desvia ainda mais críticos, salientando que ao passo que os soviéticos processaram seus autores, acusações de "estupradores e assaltantes" a alemães e japoneses era praticamente desconhecidas.[carece de fontes]
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Wikipédia
No dia 8 de agosto de 1945, a União Soviética declarou oficialmente guerra ao Japão, despejando mais de 1 milhão de soldados soviéticos em Manchúria, uma área ocupada pelos japoneses, no nordeste da China, com o objetivo de tomar os 700 mil homens do exército japonês.
O lançamento da bomba em Hiroshima pelos norte-americanos não teve o efeito pretendido: a rendição incondicional do Japão. Metade do gabinete japonês interior, o chamado Conselho Supremo de Direção de Guerra, se recusou a se entregar a não ser que os Aliados dessem garantidas sobre o futuro do Japão, especialmente em relação ao imperador, Hirohito. Os únicos civis japoneses que sabiam o que havia acontecido em Hiroshima, ou estavam mortos, ou sofrendo terrivelmente.
O Japão não estava muito preocupado com a União Soviética, que também lutava com os alemães na frente oriental. O exército japonês foi tão longe a ponto de acreditar que eles não teriam de se envolver em um ataque soviético até a primavera de 1946. Mas os soviéticos surpreenderam com a invasão da Manchúria com um ataque tão forte que o Imperador Hirohito suplicou ao seu Conselho de Guerra a reconsiderar a rendição. Os membros recalcitrantes começaram a vacilar.
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