Equipe econômica apresenta aos líderes partidários alternativas para a elevação do imposto
Após cerca de dez dias de debates, a equipe econômica do governo federal faz, neste domingo, apresentação aos líderes partidários das alternativas para o decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O encontro reúne o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Na semana passada, Haddad afirmou que o pacote deve incluir um projeto de lei, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) e “provavelmente” uma medida provisória. Segundo o ministro, a equipe econômica pretende concluir os detalhes das medidas nesta segunda para anunciar as propostas, na terça.
No sábado, o presidente da Câmara, Hugo Motta, defendeu um debate sobre benefícios fiscais. “Isenções essas que chegam a um número não mais possível de suportar pelas contas do nosso país. Isenções essas que não têm o mínimo de acompanhamento sobre o retorno e a contrapartida que deve ser dada por quem as recebe à nossa sociedade e à nossa população”, declarou. Motta disse que não descarta a possibilidade de pautar a votação do projeto que derruba o decreto que aumentou o IOF. Na semana passada, Haddad afirmou que parte do decreto que elevou as alíquotas de IOF pode ser revista. Isso, porque somente após o desenho final das medidas o governo saberá o quanto arrecadará para poder compensar a alta do IOF anunciada há duas semanas, sem descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e o arcabouço fiscal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou no sábado, em Paris, que está “tudo acertado” quanto ao IOF. “Você pode estar certo de que vai acontecer exatamente o que nós acertamos, sem brigas, sem conflito, apenas fazendo aquilo o que tem que ser feito, conversar, encontrar uma solução e resolver”, disse. O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o governo busca o equilíbrio das contas públicas por meio de um diálogo aberto com o Congresso. Ele também afirmou que “o objetivo do governo é cumprir o arcabouço fiscal, ou seja, déficit zero”, destacando a importância dessa meta para conter a inflação e evitar o aumento do endividamento público. “Essa é a boa política do ponto de vista econômico, não gastar mais do que arrecada.”
Correio do Povo
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