Prevista para terminar no último mês de abril, obra em importante cruzamento da Capital deverá ficar pronta em outubro
O veterano taxista Omar Rodrigues trabalha em um ponto em frente a uma clínica médica, defronte à obra inacabada da ponte Mário Rigatto, sobre o arroio Dilúvio, no cruzamento da rua Ramiro Barcelos com a avenida Ipiranga, junto ao Planetário e unidades da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. As obras, a cargo da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Smoi), começaram em outubro de 2024, e estavam previstas para encerrar no final de abril.
Porém, no último dia 16 de maio, receberam prorrogação de prazo de 180 dias, portanto, outubro de 2025. O custo, inicialmente orçado em R$ 779 mil, recebeu um acréscimo de R$ 113,3 mil, para R$ 892,3 mil, ou seja, aumento de 14,5%. A obra é executada pela empresa RCA Engenharia e Infraestrutura.
“É uma palhaçada (a demora). Não sou técnico e não sei se a estrutura piorou após a chuva. Mas tenho certeza de que, se somar todo o tempo que o pessoal passou trabalhando até hoje, não ultrapassa 30 dias. Eu acho que está demorando muito, e inclusive de manhã, período em que trabalho, tem menos movimento. No final da tarde, é bem pior”, relatou ele. Segundo Rodrigues, pequenos acidentes, como colisões traseiras sem vítimas, são relativamente comuns na área, que, apesar de sinalizada, ainda confunde os condutores. “Já vi pelo menos quatro ou cinco”, pontuou o profissional.
Inclusive, ele disse ter presenciado um motorista, que não era de Porto Alegre, entrar após uma das barreiras, sem saber da interdição. Assim como, segundo ele, não ser incomum motocicletas circularem na área proibida. Sem a ponte, interditada, motoristas que vêm do bairro Santana no sentido Hospital de Clínicas, por exemplo, precisam ingressar na Ipiranga à direita e converter na ponte da Silva Só/São Manoel, voltando à Ipiranga e ingressando na sequência na Ramiro. No sentido contrário, a volta é pela Protásio Alves e Silva Só.
Enquanto isso, outras duas pontes sobre o Dilúvio também estão com etapas de projeto em andamento, entre as ruas Euclides da Cunha e La Plata, e na Barão do Amazonas, ambas no Partenon. Procurada, a Smoi disse que as enchentes causaram um dano estrutural significativo na ponte da Ramiro Barcelos, e que, quando a obra foi iniciada, foram identificados “problemas muito severos na estrutura”, havendo, por isso, a necessidade de atualização do projeto.
Correio do Povo


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