quinta-feira, 10 de abril de 2025

Irara e furão aparecem em área de visitação no Cânion Itaimbezinho

 Mamíferos da Mata Atlântica foram flagrados em área protegida entre RS e SC; espécies sofrem com desmatamento, queimadas e perda de habitat

Irara é uma espécie é ágil, onívora e pode percorrer grandes áreas em busca de alimento | Foto: William Polli / Urbia / Divulgação / CP


Dois mamíferos silvestres da Mata Atlântica foram avistados em plena área de circulação de visitantes no Cânion Itaimbezinho, no Parque Nacional Aparados da Serra. Uma Irara (Eira barbara) e um Furão (Galictis cuja), ambos da família dos mustelídeos, surgiram entre a vegetação nos dias 8 e 9 de abril, reforçando o papel do parque na preservação de espécies e na oferta de um ambiente seguro para a fauna nativa.

registro é considerado relevante por ocorrer em área de Mata Atlântica preservada, reforçando a importância do trabalho ambiental realizado tanto no Aparados da Serra quanto no Parque Nacional da Serra Geral, onde fica o Cânion Fortaleza. Ambas as unidades são administradas pela Urbia.

Eles não são exatamente raros, mas são bem difíceis de encontrar na natureza. O curioso é o avistamento em áreas de circulação de visitantes. Um indicativo de segurança e áreas preservadas.

Irara e o Furão se juntam a outros animais avistados recentemente nos parques, como o leão-baio e o lobo-guará, este último em risco extremo de extinção. Entre as principais ameaças às espécieestão o desmatamento, as queimadas e a fragmentação ambiental.

Furão é flagrado próximo à trilha no Cânion Itaimbezinho Furão é flagrado próximo à trilha no Cânion Itaimbezinho | Foto: Willian Mota / Urbia / Divulgação / CP

Sobre o Parque Nacional de Aparados da Serra

Criado em 1959, o Parque Nacional de Aparados da Serra é um dos mais antigos do Brasil e abriga formações geológicas impressionantes, como o famoso Cânion Itaimbezinho. Localizado na divisa entre os municípios de Cambará do Sul (RS) e Praia Grande (SC), o parque integra o bioma da Mata Atlântica e possui áreas de transição com os Campos de Cima da Serra.

Com uma área de aproximadamente 13 mil hectares, é reconhecido pela rica biodiversidade e pelos paredões verticais que chegam a 700 metros de profundidade. O parque faz limite com o Parque Nacional da Serra Geral, formando um importante corredor ecológico que favorece o deslocamento de espécies ameaçadas.

A região também se destaca pelo clima mais ameno, com nevoeiros frequentes e temperaturas que podem atingir marcas negativas no inverno, além de ser um dos destinos mais procurados do ecoturismo no Sul do Brasil.

Correio do Povo

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