Mamíferos da Mata Atlântica foram flagrados em área protegida entre RS e SC; espécies sofrem com desmatamento, queimadas e perda de habitat
Dois mamíferos silvestres da Mata Atlântica foram avistados em plena área de circulação de visitantes no Cânion Itaimbezinho, no Parque Nacional Aparados da Serra. Uma Irara (Eira barbara) e um Furão (Galictis cuja), ambos da família dos mustelídeos, surgiram entre a vegetação nos dias 8 e 9 de abril, reforçando o papel do parque na preservação de espécies e na oferta de um ambiente seguro para a fauna nativa.
O registro é considerado relevante por ocorrer em área de Mata Atlântica preservada, reforçando a importância do trabalho ambiental realizado tanto no Aparados da Serra quanto no Parque Nacional da Serra Geral, onde fica o Cânion Fortaleza. Ambas as unidades são administradas pela Urbia.
Eles não são exatamente raros, mas são bem difíceis de encontrar na natureza. O curioso é o avistamento em áreas de circulação de visitantes. Um indicativo de segurança e áreas preservadas.
A Irara e o Furão se juntam a outros animais avistados recentemente nos parques, como o leão-baio e o lobo-guará, este último em risco extremo de extinção. Entre as principais ameaças às espécies estão o desmatamento, as queimadas e a fragmentação ambiental.
Sobre o Parque Nacional de Aparados da Serra
Criado em 1959, o Parque Nacional de Aparados da Serra é um dos mais antigos do Brasil e abriga formações geológicas impressionantes, como o famoso Cânion Itaimbezinho. Localizado na divisa entre os municípios de Cambará do Sul (RS) e Praia Grande (SC), o parque integra o bioma da Mata Atlântica e possui áreas de transição com os Campos de Cima da Serra.
Com uma área de aproximadamente 13 mil hectares, é reconhecido pela rica biodiversidade e pelos paredões verticais que chegam a 700 metros de profundidade. O parque faz limite com o Parque Nacional da Serra Geral, formando um importante corredor ecológico que favorece o deslocamento de espécies ameaçadas.
A região também se destaca pelo clima mais ameno, com nevoeiros frequentes e temperaturas que podem atingir marcas negativas no inverno, além de ser um dos destinos mais procurados do ecoturismo no Sul do Brasil.
Correio do Povo
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