sábado, 19 de abril de 2025

Centenas de pessoas participam de tradicional procissão no Morro da Cruz, em Porto Alegre

 Encenação contou ainda com a participação de cerca de 60 moradores do bairro; caminhada até o topo do morro foi de cerca de 1,5 km

Multidão subiu a lomba em direção ao mirante na procissão do Morro da Cruz | Foto: Mauro Schaefer


A tradicional procissão e da encenação da Paixão de Cristo no Morro da Cruz, em Porto Alegre, reuniu centenas de fiéis na tarde desta sexta-feira. Neste ano, o evento teve também a temática da sustentabilidade e resiliência, com uma peça teatral abordando os cuidados com o meio ambiente e a necessidade de evitar problemas climáticos.

Pelo 44º ano, o vereador Aldacir Oliboni interpretou a figura de Jesus Cristo na encenação e na procissão de cerca de 1,5 km até o topo do Morro da Cruz. A encenação contou ainda com a participação de cerca de 60 moradores do bairro. Oliboni destacou a temática do evento neste ano e recordou que, em 2024, um forte temporal impediu que a encenação tivesse fim, interrompendo o momento da crucificação e ressurreição de Cristo.

“Existem tantos conflitos mundo afora e nós queremos lembrar esses acontecimentos de 2 mil anos atrás para fazer as pessoas refletirem. Tivemos duas cenas dirigidas por Camilo de Lélis que tratam a questão do meio ambiente. É uma forma de mandar um recado sobre o cuidado que devemos ter com a natureza. E na interrupção no ano passado, quando me faram que não teria a parte final, fiquei surpreso. Nós queríamos concluir, pois é um momento especial para nós. Ainda bem que neste ano, tivemos este tempo maravilhoso”, comentou.

Antes da encenação da 66ª edição da Paixão de Cristo, foram distribuídas macelas para o público presente no Morro da Cruz. Um dos personagens que mais chamou a atenção de quem acompanhava a peça teatral antes da encenação foi o “Monstro do Plástico”, que representava os resíduos descartados incorretamente e que causam transtornos ao meio ambiente. Já a resposta da natureza se deu através de um personagem de borboleta, que também encantou os presentes.

Moradora do bairro Morro da Cruz, Elisabete da Rosa, de 57 anos, conta que participa todos os anos da procissão e que, mesmo assim, ela se emociona com o ato. “Fazem mais de 40 anos que eu acompanho do início ao fim. Já é tradicional para a nossa comunidade. Durante a semana é até difícil subir toda essa lomba, mas hoje a gente não se cansa. Saímos gratificados daqui”, celebrou.

Correio do Povo

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