Projeto de prefeitura autoriza a contratação de seis enfermeiros e 30 técnicos de enfermagem para o Hospital de Pronto Socorro da capital gaúcha
Nesta segunda-feira, o plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou projeto de lei da prefeitura que autoriza a contratação temporária de 36 profissionais da saúde — seis enfermeiros e 30 técnicos de enfermagem — para o Hospital de Pronto Socorro (HPS).
A despeito de ressalvas da oposição e da tentativa de um revés por meio de emendas, o projeto encaminhado pelo Executivo foi aprovado por 22 favoráveis, cinco contrários e seis abstenções quase inteiramente conforme a proposta inicial.
A única exceção foi a primeira emenda, que incorpora a contratação de quatro enfermeiros e 20 técnicos de enfermagem para o Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul. Inicialmente, os vínculos serão válidos por 180 dias, podendo ser estendidos, se necessário, por mais 180 dias.
A pauta surgiu no Legislativo diante da lotação das emergências do hospital e a falta de profissionais da saúde para suprir a demanda. Mesmo que sensível à carência, Jonas Reis (PT), líder da oposição, não perdeu a oportunidade de questionar o modelo de contratação proposto.
Em sua argumentação, o petista apontou para a precariedade do regime de trabalho, que, segundo ele, não oferece nenhuma garantia ao profissional. “Se hoje falta mão de obra, é por que não se realizou os concursos quando necessário”, disse o petista, atribuindo o cenário vivido à gestão Sebastião Melo (MDB). “É desumano”.
Karen Santos (PSol) foi ao encontro do colega de oposição e contestou a terceirização. “E depois que acaba esse período, vai ter contrato?”, indagou a vereadora.
Tiago Albrecht (Novo), por sua vez, assumiu posição antagônica no debate. “Se não render, pode ser demitido. Por isso a escolha por contratações temporárias”, afirmou. Seguindo nessa linha, o vereador aliado parabenizou o prefeito Sebastião Melo pelo projeto durante seu discurso no plenário da Câmara da Capital.
Correio do Povo
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