Em vídeo com preservativo e console da Nintendo, primeiro-ministro francês tenta atrair jovens eleitores

 Attal pediu que jovens votem em sua candidata nas eleições de domingo para o Parlamento Europeu

Em um vídeo inusitado, o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, mostrou nesta sexta-feira (7) um preservativo, um console Nintendo Switch e um carregador USB nas redes sociais, para pedir que os jovens votem em sua candidata nas eleições de domingo para o Parlamento Europeu. "Estes três objetos têm uma coisa em comum: a Europa", afirma o primeiro-ministro mais jovem da história da França, de 35 anos, vestido de terno e gravata, mostrando cada um deles em um vídeo publicado no Instagram.

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"É a Europa que garante que os preservativos que você compra cumprem todos os requisitos em termos de resistência e segurança, graças a este pequeno logótipo CE", explicou o chefe do governo, no último dia da campanha. "Foi a Europa que forçou a Nintendo a substituir de graça os controles do Switch que não funcionam mais, mesmo depois de a garantia ter expirado", diz Attal, o primeiro chefe de governo assumidamente gay da França.

"É a Europa que acaba de impor o carregador universal a todos os fabricantes de celulares a partir do próximo mês de dezembro", acrescenta no vídeo, no qual afirma que esta Europa "das coisas concretas (...) está em perigo". Attal justifica este receio dizendo que, "pela primeira vez na história, a extrema direita poderá ter uma minoria de bloqueio" no Parlamento Europeu, razão pela qual apelou ao voto na sua candidata, a centrista Valérie Hayer.

Segundo as últimas pesquisas, o candidato da extrema direita, Jordan Bardella, de 28 anos, venceria as eleições na França com entre 32% e 33% dos votos, seguido de Hayer, com cerca de 14%, e do social-democrata Raphaël Glucksman (13 %). Para tentar impulsionar Hayer, que era pouco conhecida, Attal envolveu-se na campanha, o que lhe rendeu críticas da oposição que o acusou de "invisibilizar" a sua candidata, depois de ter interrompido uma entrevista dela na rádio pública e falado em seu lugar durante vários minutos.

AFP e Correio do Povo