segunda-feira, 13 de maio de 2024

Jairo Jorge determina evacuação de áreas secas do lado oeste de Canoas e prevê nova elevação da água

 O acumulado de chuva em regiões do Vale do Jacuí, Vale do Taquari, no Rio Caí, Rio dos Sinos e Gravataí vai desembocar em Canoas, fazendo o nível da água subir ainda mais


O prefeito de Canoas, Jairo Jorge, determinou no início da tarde deste domingo que as famílias que residem em bairros do lado oeste da cidade, como Rio Branco Fátima, Mato Grande, Harmonia, Mathias Velho e São Luis, e que por ventura estejam em áreas secas, que evacuem imediatamente destes locais pois a água vai voltar a subir. “O volume de chuva que caiu em regiões do Vale do Jacuí, Vale do Taquari, no Rio Caí, Rio dos Sinos e Gravataí vai desembocar aqui na cidade de Canoas. A mediação de 5,35metros que marcou até então poderá subir para 5,5metros e por isso o alerta é de evacuação imediata para estas áreas.” Segundo o prefeito, existe uma certa preocupação com moradores que residem no bairro Niterói, cujas famílias também precisar ser evacuadas.

“As Casas de Bombas 1 e 2 estão funcionando e não extravasaram no outro episódio devido a uma obra que elevou o dique em 1,30m impedindo a inundação e o rompimento como, por exemplo, aconteceu na Mathias e no Rio Branco. Mas agora, com a previsão de vento sul, as águas do Gravataí vão represar e por isso também há alerta de evacuação para a região da Niterói. Neste momento é melhor prevenir do que remediar. Vamos preservar as vidas.”

Canoas já contabiliza 13 óbitos pela enchente, 12 pessoas desaparecidas oficialmente, 19.420 pessoas acolhidas em 83 abrigos oficiais da Prefeitura de Canoas e outras 78.499 pessoas alojadas em abrigos voluntários. Jairo Jorge também editou decreto de Requisição Administrativa para agilizar a aquisição de cestas básicas, materiais de limpeza, higiene pessoal, ração, colchões, cobertores, entre outros itens básicos. Segundo explicou o titular do Escritório de Resiliência Climática (Eclima), José Fortunati, a publicação do documento é uma forma de acelerar a compra de produtos para os mais de 150 mil canoenses que tiveram que sair das suas casas, em razão das enchentes.

“Normalmente, mesmo que estejamos em uma época de caráter emergencial, a compra de materiais extremamente essenciais para a população levaria de 4 a 7 dias para serem efetivados. Precisamos, agora, de cestas básicas, colchões, sacolas plásticas, vassouras, cobertores, mantas, toalhas de banho, lençóis, fronhas, pratos descartáveis, além de lanternas e barcos para operar na linha de frente.” Fortunati explica que em hipótese alguma, a Requisição Administrativa se aplica a doações de pessoas físicas, instituições públicas, privadas ou qualquer formato de doação. “A modalidade de compra rápida não tem a ver com o confisco de doação.”


Correio do Povo

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