quarta-feira, 15 de maio de 2024

Clubes gaúchos das Séries C e D se organizam para voltar a competir

 Situação não é a mesma para cada um deles, mas em comum há o sentimento de que a CBF não deverá paralisar as competições

Pingo, recém chegado ao São José, teve pouco tempo de trabalho com os jogadores 

Ao todo são seis representantes do Rio Grande do Sul nas Séries C e D do Campeonato Brasileiro. Metade em cada uma, divididos também não somente pelo nível de prejuízo com as chuvas no estado, mas pela interpretação da decisão da CBF. Até aqui a entidade, que adiou somente os jogos dos gaúchos até o dia 27, não sinaliza com a paralisação das competições depois disso. O Correio do Povo atualiza a situação de cada um dos clubes envolvidos.


Série C: quatro rodadas disputadas e apenas duas com os gaúchos.


Caxias: 16º com 1 ponto
A região da Serra foi uma das primeiras afetadas com as chuvas. Os jogadores vinham trabalhando somente na academia. Houve invasão de água no vestiário, mas o gramado está em condições. Se nada for alterado, o grupo volta a treinar nesta quarta-feira. O clube é a favor da paralisação das próximas rodadas. "Pelo menos para equalizar tecnicamente. Com quatro jogos adiados, seria uma maratona. Temos mais esperança do que possibilidade de ver o adiamento", admite o presidente do Caxias, Mário Antônio Werlang, que não descarta o Centenário servir de palco para os jogos da Dupla Gre-Nal nas próximas semanas.


São José: 19º com 0 ponto
Mesmo com a zona norte da Capital afetada, o estádio do Passo D´Areia não foi atingido. A água ficou distante uma quadra do local. O clube esteve sem luz, água e internet, mas na segunda-feira deve retomar as atividades. Os treinos têm sido facultativos, pois há jogadores e membros da comissão técnica sem condição de deslocamento. Esse aliás, é o temor do clube caso a CBF não pare o campeonato, pois a companhia de aviação que opera os voos com passagens pagas pela entidade não opera em Caxias do Sul, atualmente o local mais próximo. "O nosso problema são em jogos fora. O nosso estádio está em condições, mas qualquer viagem para fora do estado começaria por sete horas até Florianópolis para pegar um voo" explica Nilton Batista, executivo do Zequinha.


Ypiranga: 7º com 6 pontos
Erechim e região sofreram pouco com o clima. A situação é tranquila na tabela e na rotina do time. As atividades têm ocorrido normalmente. Em tese, assim como o Atlântico, equipe de futsal da cidade disputa a Liga Nacional, o Canarinho teria condições de seguir jogando, pois o aeroporto permanece em funcionamento. O clube, no entanto, entende a decisão da CBF.

Série D: três rodadas disputadas e só uma com os gaúchos no Grupo A8


Avenida: 7º com 0 ponto
Chovia na região de Santa Cruz do Sul antes mesmo do início do Campeonato afetando os treinos do time. Atualmente, o grupo trabalha em campos alternativos uma vez que o gramado do estádio Eucaliptos está muito molhado. O clube é contrário à paralisação da competição, entende a decisão da CBF, mas enxerga problemas no futuro. "Há datas para remarcar os jogos, mas estender o calendário para o fim de outubro, novembro implica em uma nova folha de pagamento e haveria dificuldade em arcar com esses salários", explica Guilherme Eike, assessor especial da presidência.


Brasil de Pelotas: 8º com 0 pontos
A zona sul do estado viu agravada a situação desde o final de semana com as cheias na Lagoa dos Patos. A diretoria ainda não se manifestou sobre a situação atual do Xavante, o que deve ocorrer até o fim da semana.


Novo Hamburgo: 6º com 1 ponto
O Estádio do Vale abriu as portas para a comunidade da região. O clube ofereceu banho quente e marmitas para os desabrigados desde a semana passada. Nesta terça-feira foram retomados os treinos, porém com ausências. Dois jogadores não conseguiram voltar de outras cidades no interior em função de estradas interditadas e outros dois de São Paulo tiveram os voos cancelados após informação de tremor de terra em Caxias do Sul, onde pousariam. "A competição vai voltar e se não nos prepararmos, vamos perder duas vezes", diz Ademir Bertoglio, diretor de futebol do Noia.

Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário