Com a volta da energia elétrica neste domingo, empresários ensaiam retomada da rotina
Estabelecimentos comerciais retomam as atividades na Rua dos Andradas, no Centro Histórico.Uma Rua dos Andradas bem mais vazia que o habitual recebeu os comerciantes de volta neste final de semana. Após mais de 20 dias fechados e cerca de uma semana de limpeza pesada nos estabelecimentos, os donos dos restaurantes localizados na Rua dos Andradas, nas imediações da Casa de Cultura, estão reabrindo as portas desde a última quarta-feira, 22. A iluminação pública na rua, porém, voltou apenas neste domingo, com alguns postes aparentemente queimados.
Após a luz ter sido religada neste domingo, a clientela começa a aparecer aos poucos também no turno da noite. Mas, para Altemir Modesti, gerente do Grelhados Soledade, o movimento deve demorar muito para voltar ao normal. A projeção é que a demanda por refeições caia pela metade, uma vez que muitas lojas e serviços da região estão parados.
Com o estabelecimento fechado desde o dia 3 de maio, Modesti reabriu o restaurante na quinta-feira, após quatro dias de faxina. Segundo ele, além de seis freezers queimados e produtos estragados, o prejuízo maior foi e ainda é na estagnação das vendas. De acordo com o empresário, muitos fornecedores também foram afetados pela enchente, incluindo o seu fornecedor de carne, que ficava na cidade de Arvorezinha, ao norte do Estado, e teve a fazenda afetada por alagamentos.
Um dos primeiros estabelecimentos a voltar à ativa foi o supermercado Zaffari, que reabriu na quarta-feira, com horário reduzido até às 18h, após 23 dias fechado. Segundo o gerente da loja, Cristiano Barbosa, a partir desta segunda-feira o supermercado começará a abrir das 7h30 às 20h, ainda em horário reduzido.
A água chegou até o joelho dentro do Zaffari da Andradas, mas não houve perdas significativas em produtos, que foram levados antecipadamente para o estoque. Ainda de acordo com o gerente, a loja está com o abastecimento de produtos normal.
Vilson Cezar da Rosa, funcionário da tradicional padaria Roma, conta que a equipe reabriu o estabelecimento na sexta-feira. Os funcionários fizeram uma força-tarefa durante uma semana para limpar o local e usaram um gerador emprestado de um estabelecimento vizinho. Apenas dois freezers foram danificados.
Já o Boteco 786, ao lado da padaria, reabriu neste sábado. O gerente, Tiago de Maman, relata prejuízos nas estruturas de MDF, que precisarão ser trocadas, e perda de parte do sistema de refrigeração, além de produtos danificados no estoque. Foram 6 dias limpeza no local, contando com um caminhão contratado para esterilização e transporte de entulhos. De Maman estima que, em vendas, tenha perdido mais R$ 100 mil reais, no valor bruto. Ele ainda não fez o levantamento de custo da substituição de móveis e equipamentos.
Correio do Povo
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