quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Entenda o que está impedindo o nível do rio Guaíba de baixar

 Rio enfrenta cheia por quase três semanas e se mantém com nível muito elevado

O pico da atual cheia se deu na manhã do dia 14 

O nível do rio Guaíba segue muito alto mesmo com a diminuição da vazão dos rios contribuintes e sem a presença de vento Sul moderado a forte. O nível medido no Cais Mauá, junto ao Centro da capital, estava praticamente estabilizado no começo desta quarta-feira com marcas ao redor de 2,60 metros e pequenas oscilações.

Trata-se de um nível muito alto e perto do pico da cheia registrado uma semana atrás. Possível explicação para a não baixa do rio Guaíba está na Lagoa dos Patos, que se encontra com o nível muito alto ao receber todo o volume de água das últimas semanas dos rios que enfrentaram cheias, e algumas históricas, como o Jacuí, Taquari, Sinos e Gravataí. Com a lagoa muito alta, o efeito que se opera é semelhante ao do vento Sul de represamento porque a água do rio Guaíba tem maior dificuldade em escoar.

O pico da atual cheia se deu na manhã do dia 14, na última quinta-feira, com marca que raramente se observa. Chegou a 2,70 metros no Cais Mauá, apenas 30 centímetros abaixo da cota de transbordamento no Centro. No Sul da cidade, com cotas de extravasamento menores, houve alagamentos. Nas ilhas, a situação já ruim piorou. Com o nível muito elevado, as águas do rio Guaíba refluíram pela rede pluvial e alagaram ruas no Quarto Distrito.

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

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