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quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Desativado há 12 anos, Sessinsão vira depósito de lixo enquanto definha no Litoral Norte

 Estádio em Cidreira sofre com o abandono e ataque dos vândalos

Chico Izidro

Erguido em 1996, com o objetivo de fortalecer a temporada de veraneio no Litoral Norte e principalmente Cidreira com jogos de futebol, contando principalmente com a presença dos gigantes Grêmio e Inter, o Estádio Municipal Antônio Braz Sessim, o Sessinzão, está desativado desde 2010, e segue em seu processo de deteriorização. A prefeitura da cidade litorânea sempre teve planos para reerguê-lo, mas as ideias não saem do papel. Há um ano, existia o projeto da construção de um novo campo, para receber partidas de equipes amadoras, e também a construção de um novo ecoponto em frente ao Sessinzão. O que existe no local é uma pista de motocross, e que já sediou campeonatos antes da pandemia do coronavírus. 

O estádio localizado na Avenida Cidreira apresenta muito lixo ao seu redor. O portão que impedia a entrada de invasores foi derrubado, e agora para entrar, basta apenas seguir reto, saindo diretamente dentro do gramado. Ou o que um dia foi o gramado, pois lá se encontra muito mato e dejetos de animais e até de seres humanos. Muitos colchões podem ser vistos abaixo das arquibancadas, assim como pedaços de roupas. As duas goleiras, que estavam instaladas há um ano, foram roubadas. 

Sessinzão está desativado desde 2010 e segue em seu processo de deteriorização | Foto: Mauro Schaefer

O veranista Alvair Borgheti da Silva, de Viamão, disse que veraneia todos os anos em Cidreira, nas proximidades do estádio. E sente um desconforto com a situação. “A prefeitura deveria arrumar o estádio, para a gente ter uma diversão”, diz ele, ressaltando ser contra a implosão do Sessinzão. “É quase uma vergonha isso aqui”, lamenta. “Há cada ano que passa e volto pra cá, me assusto mais e mais”, garante. Alvair afirmou que todos os dias vai até o local e acaba encontrando em meio ao lixo muito material que pode ser reciclado. “Cara, as pessoas chegam aqui e largam todo tipo de coisa. Já achei até geladeira e televisão. Eu tiro do lixo e até faço um troquinho”, diverte-se. “Até acabo fazendo o trabalho que a prefeitura deveria fazer, que é o de limpar isso”, completa.


Correio do Povo

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