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terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Com debandada para o litoral e interior, cai procura por atendimento em emergências

 Taxa média de lotação das emergências era de 70,80% em Porto Alegre

Felipe Samuel

Com a debandada para o litoral e o Interior gaúcho, a procura pelos serviços de urgência e emergência na Capital apresenta redução no início da semana. Das sete unidades de emergência adulto, apenas o Instituto de Cardiologia (IC) operava acima da capacidade, com 28 pacientes internados, o equivalente a uma ocupação de 133,33%, conforme monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Com 160 pacientes internados em observação, a taxa média de lotação das emergências de Porto Alegre era de 70,80%, bem abaixo do observado na semana anterior, quando superou 100% de ocupação. Por conta da realização de limpeza nos dutos de ar condicionado e adequações estruturais solicitadas pela Vigilância Sanitária, a emergência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) opera com restrição máxima no atendimento até 8 de janeiro. Nesse período, serão recebidos apenas pacientes encaminhados via SAMU ou com risco iminente de morte. 

Entre os pronto-atendimentos, o da Bom Jesus tinha a maior ocupação, com 12 pacientes internados, em 7 leitos disponsíveis, e 171,43%. A Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar, com 105,88% de ocupação, e o PA da Lomba do Pinheiro, com 100% de lotação, operavam no limite da capacidade máxima. Conforme o coordenador municipal de Urgências da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre, Daniel Lenz Faria Corrêa, a redução da procura por atendimentos médicos se deve à redução da população na cidade nesse período de festas.

“Muita gente acabou ficando na praia ou viajou para o Natal e Ano-Novo. Então isso repercute nas emergências e em todos os serviços, com menos população e menos lotação”, compara. Corrêa afirma que o movimento baixo deve se manter nesse patamar durante janeiro. Ele destaca que o cenário atual é diferente do início deste ano, quando o Rio Grande do Sul e Porto Alegre observaram aumento das internações por conta da nova onda de Covid-19. 

“Janeiro deste ano foi um período bem ruim. A nova onda da variante Ômicron resultou numa lotação grande nas emergências da noite para o dia. Mas agora, com a entrada da variante BQ.1 há um mês atrás, esse início de ano deve ser mais tranquilo, porque já deve vir na descendente. Não deve ter nada de novo que mude o quadro”, destaca.


Correio do Povo

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