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terça-feira, 26 de julho de 2022

Anúncio de Olívio evidencia dificuldade do PT em ampliar aliança

 Sem apoio do PSB, chapa de Edegar Pretto deverá ser restrita aos partidos da federação

Taline Oppitz

Nome de Olívio aparece ante as dificuldades do PT em angariar aliança 

Em meio ao cenário de indefinições que marca o mapa eleitoral gaúcho a 70 dias do fim da disputa, a segunda-feira contou com uma definição. O PT anunciou o ex-governador Olívio Dutra como pré-candidato ao Senado, na chapa encabeçada por Edegar Pretto. A confirmação veio ainda acompanhada de uma novidade. Olívio afirmou que, caso seja eleito, exercerá o mandato coletivo, formato permitido pela Justiça Eleitoral. Na prática, significa que irá compartilhar o mandato com os dois suplentes, que ainda não foram definidos, mas que devem ser indicados pelo PCdoB e pelo PV, partidos que integram a federação com o PT. Os detalhes serão discutidos no decorrer desta semana.

Ala de dirigentes petistas ainda aposta na possibilidade, remota, de atrair o PSB, que confirmou a candidatura de Beto Albuquerque no fim de semana, para reforçar a aliança. Algumas lideranças, no entanto, já reconhecem que a união não irá se concretizar e que a chapa ficará restrita aos três partidos. Além de estremecimentos antigos nas relações entre o PT e o PSB, petistas passaram a fazer críticas públicas, recentemente, sobre a postura do PSB no Estado, que deixou de ser considerado pelo antigo aliado como de esquerda devido a participação em governos, inclusive dos de direita e centro-direita no Piratini.

Ironicamente, as mesmas lideranças não apresentam resistências ou críticas ao fato de o ex-tucano Geraldo Alckmin, um adversário histórico, ter se filiado ao PSB para ser confirmado como vice de Lula na corrida presidencial. É a política e suas contradições, que acabam sendo ignoradas desde que facilitem o objetivo partidário. O PSB apoia o PT nacionalmente, mas sem integrar a federação. 

Correio do Povo

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