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terça-feira, 7 de junho de 2022

Nova York proíbe venda de armas semiautomáticas para menores de 21 anos

 Em tempo recorde, parlamentares aprovaram projeto posto em votação após os massacres de Buffalo e Uvalde, com 29 mortos



O estado de Nova York proibiu a venda de armas semiautomáticas a menores de 21 anos, na tentativa de diminuir a violência após os recentes massacres de adolescentes em Buffalo e Uvalde. Até agora, a idade mínima para adquirir essas armas era de 18 anos.

A governadora do estado, a democrata Kathy Hochul, assinou nesta segunda-feira (6) um pacote de medidas aprovado em tempo recorde pelo parlamento estadual, que também inclui a proibição de venda de coletes à prova de balas e capacetes de proteção para pessoas que não exercem determinadas profissões.

"A violência das armas de fogo é uma epidemia que está dilacerando nosso país", disse a governadora, acompanhada pelos líderes da Câmara — que viabilizaram a aprovação do pacote — e por autoridades locais, como a promotora Letitia James.

Hochul exortou o Congresso federal a "liderar e tomar medidas imediatas" de prevenção significativas contra a violência com armas, considerando que se trata de um "problema nacional". "Vidas dependem disso", insistiu.

Só no último fim de semana, dez mortos e mais de 20 feridos foram contabilizados em uma série de tiroteios em todo o país.

De acordo com uma pesquisa da CBS News, a maioria dos americanos é a favor de regras mais rígidas sobre a posse de armas, com 81% apoiando a verificação de antecedentes de todos os potenciais compradores.

Diante da onda de violência por armas de fogo, o presidente Joe Biden, também democrata, atacou mais uma vez os republicanos que se opõem à restrição da venda de armas e lamentou o fato de lugares como escolas ou hospitais "terem se tornado campos de extermínio, campos de batalha".

No domingo, o presidente voltou a dizer "Chega". "Se não podemos proibir armas de assalto como deveríamos, devemos pelo menos aumentar a idade para 21" para comprá-las, tuitou.
A violência armada nos Estados Unidos matou mais de 18 mil pessoas até agora em 2022, incluindo quase 10.300 suicídios, de acordo com o Gun Violence Archive.

Os incidentes mais graves até agora são o tiroteio em massa por um supremacista branco de 18 anos em um supermercado em Buffalo, no estado de Nova York, em 14 de maio, no qual dez afro-americanos foram mortos; e o tiroteio dez dias depois em uma escola em Uvalde, no estado do Texas, pelas mãos de um jovem de 18 anos que matou 19 crianças e dois professores.

Em 2020, havia cerca de 393 milhões de armas de fogo em circulação nos Estados Unidos, mais do que a população do país.

R7 e Correio do Povo

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