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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Mendonça dá 10 dias para governo explicar sigilo sobre encontro do presidente com pastores

 Governo impôs sigilo de 100 anos em encontros do presidente Jair Bolsonaro com pastores suspeitos de atuação indevida no MEC



ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, deu 10 dias para o governo federal explicar um decreto que determina 100 anos de sigilo sobre os encontros que o presidente Jair Bolsonaro teve com os pastores Gilmar dos Santos e Arilton Moura. Os dois são suspeitos de terem atuado de forma irregular no Ministério da Educação e de cobrar propina de prefeitos para liberar recursos da pasta aos municípios.

Em abril deste ano, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi questionado sobre as reuniões do presidente com os pastores, mas negou-se a fornecer detalhes com o argumento de impedir a exposição de dados Gilmar e Arilton. A pasta baseou-se na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

"Em atenção à legislação vigente, o GSI ratifica o seu posicionamento de não difundir dados pessoais — de qualquer visitante — registrados em sua plataforma exclusiva e restrita à segurança para o controle de acesso [ao Palácio do Planalto]", justificou o GSI em nota, à época.

Uma ação apresentada ao STF questiona a proteção de 100 anos dada pelo governo a informações relacionadas a Bolsonaro. Segundo a peça, "a imposição do sigilo não encontra esteio junto à normatividade jurídico-constitucional e deve ser analisada pelo controle concentrado do STF, uma vez que a referida suspensão contém inconstitucionalidades materiais, por violar, o conteúdo material dos direitos e garantias fundamentais".

Relator do caso, André Mendonça decidiu que a controvérsia deve ser analisada judicialmente. "Ante o exposto, notifique-se a autoridade requerida [Bolsonaro] para que preste informações no prazo de dez dias", definiu o ministro.

Além disso, Mendonça deu cinco dias para que o advogado-geral da União, Bruno Bianco, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestem sobre o caso. O ministro decidiu também enviar a ação para a análise do plenário do STF.

R7 e Correio do Povo



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