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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Macho ou homem?

 Em que ponto essas duas definições, antes ligadas, passam a ser distintas?


Ser homem é diferente de ser macho. Alguém pode alegar que uma coisa é inerente à outra e não está errado em dizê-lo, mas, ainda assim, são definições distintas.

Macho qualquer um que nasce com o sexo masculino é. Fisicamente. Até os animais. Ser homem é outra história.

Também é bem diferente ser homem de ser menino, apesar de o segundo, de forma bem definida, ser um caminho importante para o primeiro.

Muitas culturas antigas – e outras até hoje – têm rituais e provas para o indivíduo do sexo masculino deixar de ser um simples macho ou um simples menino e se tornar um homem, reconhecido como tal perante o resto do povo. Claro, são convenções sociais, pois de nada vale a pessoa passar por tantos e tantos testes e provações “provando” algo ao público se, para ela mesma, em seu interior, não definiu o que é. A natureza se encarrega dos estágios iniciais e o próprio ser se incumbe do estabelecimento do que é e continuará a ser.

Entretanto muitas pessoas atualmente não sabem a diferença entre ser homem de verdade e ser apenas um macho, irracional, que age como qualquer outro animal. É só macho – ou moleque, melhor dizendo –, por exemplo, quem assedia mulheres na rua, quem arruma briga no trânsito, quem se esforça mais para ter músculos do que para ter intelecto. O homem, por outro lado, sempre pensa antes de agir. É equilibrado e consciente de suas ações. Só o fato de tentar sinceramente já vale mais do que ele imagina.

Claro, é natural que atitudes masculinas façam parte do que é ser homem. Elas não têm, necessariamente, que significar algo ruim, como a mídia lacradora tem tentado a todo custo nos convencer. Ela pinta a masculinidade como algo tóxico e que deve ser combatido, diluindo cada vez mais as características entre os gêneros. Em São Paulo, pasme o leitor, surgiu até um “curso de vulnerabilidade masculina” para “ser menos macho”, mas diluindo a definição do que é ser homem e macho, tentando juntar as duas no mesmo balaio – nessa aí, inclusive, os caras passam por estágios como ficar pelado e trocar carícias. Pois é!

Esforça-te
Afora essas tentativas de confundir mais ainda esses tempos já confusos, quem disse que ser homem deve ser algo a se combater? O que deve ser combatido é ser o macho irracional. O homem inteligente sabe usar a “macheza” inerente de forma positiva. A virilidade não é algo para ser usada contra os outros ou contra si mesmo. Muitos homens provam isso com seus exemplos, com suas vidas, todos os dias: como liderança ou liderado; como pai de família ou filho; como tutor ou aprendiz.

“Esforça-te, pois, e sê homem”, disse Davi a seu filho Salomão (1 Reis 2.2), antes de morrer e passar a ele o bastão. Ele sabia do que falava ao dizer “esforça-te”, pois provou, na própria carne e no próprio espírito, que deixar a testosterona falar mais alto e não usar o cérebro só lhe causaram enormes problemas. O hormônio masculino é importante, mas não é o homem todo. Só quando Davi se submeteu de verdade ao Espírito Santo e obedeceu ao Seu direcionamento foi homem de verdade e não aquele “macho” hipócrita que cresceu os olhos para a mulher do próximo e não soube criar os filhos. Salomão, por sua vez, quando deixou a sabedoria de homem de fora e não se esforçou, também fez besteira e foi só macho.

Claro, não é exclusividade masculina cometer erros como os de Davi, mas, contextualizando a questão para o lado do homem, temos muito em que pensar e agir de acordo com isso.

Davi nasceu menino, nasceu macho, mas só foi homem ao entender o que isso significava perante Deus.

Afinal, ser um homem de fato também é, inevitavelmente, uma questão de fé.

  • Redação / Foto: getty images 


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