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sexta-feira, 10 de junho de 2022

Em primeiro encontro com presidente americano, Bolsonaro trata de economia, meio ambiente e democracia

 


No primeiro encontro com o presidente americano, Joe Biden, Jair Bolsonaro falou sobre as eleições brasileiras, disse querer “eleições limpas, confiáveis e auditáveis”, mas evitou falar sobre o pleito americano. Em declarações à imprensa,  nesta quinta (9), o brasileiro disse que preserva a Amazônia e citou seu afastamento de Biden, segundo ele, “por questões ideológicas”, destacando, no entanto, que ambos são democratas.

“Este ano teremos eleições no Brasil e queremos sim eleições limpas, confiáveis e auditáveis. Para que não reste nenhuma dúvida após o pleito. Tenho certeza que ele será realizado nesse espírito democrático. Cheguei pela democracia e tenho certeza de que quando deixar o governo também será de forma democrática”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro – que dois dias antes da viagem a Los Angeles, onde acontece a Cúpula das Américas, voltou a afirmar em uma entrevista que ainda duvidava do resultado da eleição americana – evitou falar sobre o pleito americano.

O brasileiro também afirmou que o Brasil é “um exemplo para o mundo na questão ambiental” e disse que o mundo depende “muito do Brasil” para sua sobrevivência. Ele voltou a dizer que seu governo preserva a Amazônia, apesar das críticas constantes de ambientalistas.

“Temos uma riqueza no coração do Brasil, a nossa Amazônia, que é maior que a Europa Ocidental. Por vezes nos sentimos ameaçados em nossa soberania naquela área, mas o Brasil preserva muito bem o seu território”, afirmou. “A nossa legislação ambiental é bastante rígida. Fazemos o possível para cumpri-la, pelo bem de nosso país. Podemos ser o maior exportador de energia limpa. O mundo hoje, ouso a dizer, depende muito do Brasil para sua sobrevivência”.

Biden, por sua vez, deu as boas-vindas a Bolsonaro e disse que o resto do mundo deveria ajudar a financiar a preservação da Amazônia. Descontraído, o americano disse que o Brasil “é um país maravilhoso”, com “um povo magnífico” e “instituições fortes”, e foi extremamente simpático com o chefe de Estado brasileiro.

“Nós temos que ajudar a recuperação econômica e também a preocupação climática. Vocês tentam proteger a Amazônia, acho que o resto do mundo deveria ajudar a financiar essa preservação. Isso é uma responsabilidade muito grande. Nós temos que conectar nossos povos e estou ansioso para saber o que você pensa sobre isso. Gostaria de ouvir sua opinião e também levantar algumas questões de interesse mútuo”, disse Biden. ‘Nossas nações compartilham valores e temos enormes oportunidades para os nossos países”.

Divergências ideológicas

Apesar do clima leve, pouco antes do encontro, Bolsonaro esclareceu que só aceitou ir à reunião porque os dois lados acertaram uma agenda, comparando o compromisso a um casamento. No encontro, ele citou suas divergências ideológicas, mas afirmou ter “um interesse enorme e cada vez maior se aproximar dos EUA”.

“Em alguns momentos nos afastamos por questões ideológicas, mas tenho certeza que com nossa chegada ao governo nunca tivemos uma oportunidade tão grande pelas afinidades que nosso governo tem”, afirmou Bolsonaro no encontro. “Temos muita coisa em comum, por exemplo, amamos a liberdade, somos democratas, comungamos dos mesmos valores, queremos o bem dos nossos povos e a paz no mundo”.

O Sul

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