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domingo, 5 de junho de 2022

Com documentos adulterados, golpe do boleto no Brasil cresce 45% na pandemia

 


Apesar do “boom” do Pix e dos cartões de crédito, o boleto ocupa o segundo lugar entre as opções de pagamento no País, de acordo com o Banco Central (BC). Perde apenas para o Pix. Em relação a valores, fica em terceiro lugar do ranking, atrás da Transferência Eletrônica Disponível (TED) e do Pix, com R$ 386 milhões em março. O problema é que esse tipo de operação financeira é alvo de muitos crimes. Em 2021, o Brasil registrou 4,1 milhões de movimentações suspeitas de fraude, conforme o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. O número representa aumento de 16,8% em relação a 2020 e é o maior da série histórica, iniciada em 2011.

O golpe do boleto não é novo, porém tem sido aperfeiçoado pelos infratores, que fazem cópias dos documentos e transferem o pagamento para a conta do golpista. Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) indicam que durante a pandemia esse tipo de ocorrência cresceu 45% no País.

Na dúvida, o especialista Guilherme Petersen, CEO da plataforma para negócios digitais Ticto, recomenda não pagar e pedir ao banco emissor uma nova via. Caso o pagamento tenha sido feito, Petersen aconselha procurar o mais rapidamente possível a instituição financeira que emitiu o documento. Segundo ele, como o boleto geralmente tem prazo de compensação entre um e dois dias, pode existir tempo hábil para reaver o dinheiro.

O executivo reforça que, embora algumas adulterações sejam feitas por falsários “extremamente técnicos”, é possível ficar atento a indicativos que podem apontar a falsidade do boleto. Acompanhe alguns deles, ao lado.

Documento confiável

Fonte confiável – “A melhor forma de se ter certeza da autenticidade é receber o documento de fonte confiável e oficial”, diz Guilherme Petersen, CEO da plataforma de negócios digitais Ticto, que tem outras dicas à população.

Código de barras – Um sinal de alerta é o fato de o aplicativo do banco não conseguir ler o código de barras, obrigando o usuário a copiar o número do boleto.

Atenção aos nomes – Boletos registrados em Débito Direto Autorizado (DDA) no CPF ou CNPJ do pagador e que tenham como beneficiário nome não reconhecido devem acender um alerta. Verifique também se os dados do pagador estão presentes, completos e corretos.

Atenção a valores discrepantes – O valor do pagamento deve ser o mesmo do boleto.

Boletos por e-mail ou SMS – Boleto que chega por e-mail ou mensagem que não tenha sido solicitado sinaliza uma grande chance de fraude.

Número do banco – Verifique se os primeiros dígitos do código de barras coincidem com o código do banco emissor. É possível consultar a numeração das instituições bancárias no site da Febraban.

Confira erros ortográficos – Erros ortográficos são comuns em boletos falsos.

Controle as datas de vencimentos – Não confie na memória. Registre as datas de vencimentos de débitos.

O Sul

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