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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Bolsonaro diz que cidadão armado garante "segurança nacional"

Presidente também comemorou a flexibilização da posse e do porte de arma de fogo e voltou a criticar os ministros do Supremo


Em visita a Umuarama, no Paraná, nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que flexibilizar o porte e a posse de arma de fogo dá "garantia de segurança nacional". O presidente está no estado para acompanhar a obra de um trecho da BR-487, a Estrada Boiadeira, e visitar a construção da ponte de integração entre o Brasil e o Paraguai, em Foz do Iguaçu. 

"Com meu governo, a posse e o porte de arma de fogo começaram a ser realidade. Todas as ditaduras começaram com campanhas de desarmamento do povo, assim foi no Chile. Nesta semana, o Canadá começou uma campanha. Mas a arma de fogo é garantia de sobrevivência das famílias é uma questão de segurança nacional", comentou o presidente, finalizando com a frase que tem repetido nos últimos discursos: "Povo armado jamais será escravizado."

O discurso segue a mesma linha do que o presidente disse em Jataí, em Goiás, na última terça-feira. Na ocasião, Bolsonaro falou sobre as suas principais bandeiras e enfatizou o discurso pró-armamento, ao dizer que "a arma de fogo nas mãos do cidadão de bem, mais que defender a sua família, passa a defender a pátria."

Dados do Exército mostram que houve um aumento de 333% no número de novos registros de armas para CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo) em 2021 em comparação com 2018. O total saiu de 59.439 registros para 257.541. No mesmo período, o número de CACs aumentou 325% – passou de 255.402 registros ativos, em 2018, para 1.085.888, em 2021. 

Críticas ao Supremo

No Paraná, Bolsonaro também fez críticas indiretas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), insinuando que "alguns querem roubar nossa liberdade". "Surgiu uma nova classe de ladrões no Brasil, os que querem roubar a nossa liberdade, eu peço que vocês cada vez mais se interesse por esse assunto. Se precisar, iremos à guerra", disse. 

Em seguida, Bolsonaro citou o caso do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). O parlamentar  foi preso em fevereiro do ano passado após sugerir o fechamento do Supremo e a volta do AI-5, o ato institucional mais severo do regime militar

"Nós defendemos, além da liberdade de expressão, o direito de ir e vir. Não pude admitir a prisão de um parlamentar por ter falado algo que eu não gostaria de ouvir, mas liberdade de expressão ou temos ou não temos", enfatizou Bolsonaro. 

O presidente está acompanhado dos ministros Adolfo Sachsida (Minas e Energia) e Marcelo Sampaio (Infraestrutura). Também participaram do evento o prefeito da cidade de Umuarama, Hermes Pimentel (Democracia Cristã-PR) e o deputado federal Osmar Serraglio (PP-PR).


R7 e Correio do Povo

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