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sexta-feira, 8 de abril de 2022

Tiroteios levam medo e esvaziam ruas e escolas do bairro Cascata, em Porto Alegre

 Guerra entre facções na Capital transformou rotina e paralizou cotidiano da população na área


A guerra entre facções que atinge Porto Alegre há mais de duas semanas esvaziou as ruas das regiões atingidas. Atividades do dia a dia, como transitar pela via e ir ao mercado, passaram a ser evitadas. Por conta do medo dos moradores, algumas atividades foram totalmente canceladas, como é o caso das aulas na Escola Estadual de Ensino Médio Professor Oscar Pereira, no bairro Cascata.

As atividades do colégio foram suspensas na última terça-feira, após um tiroteio ocorrido no dia anterior ter assustado os alunos e suas famílias. Segundo uma funcionária da escola, o barulho dos tiros foi muito alto e um dos professores pediu para que a turma deitasse no chão, afastada das janelas. Quando os tiros cessaram, muitas mães foram até o colégio exigir que as aulas fossem suspensas, pois, com medo, não mandariam seus filhos. No dia 30 de março, já com as atividades paralisadas, um tiroteio durante a madrugada perfurou o vidro de janelas e deixou marcas nas paredes.


Nesta quinta-feira, o corpo docente da escola e a Secretaria de Educação do RS estiveram em reunião com a Polícia Civil para encontrar soluções para a retomada das atividades com os mais de 700 alunos. O retorno deve acontecer na próxima segunda-feira. Os dias de paralisação serão recuperados durante o recesso escolar.

A escola reivindica maior patrulhamento na área e um vigilante na entrada do estabelecimento de ensino durante o período diurno. De acordo com outra funcionária, os problemas não se dão na escola, mas no entorno, por isso é necessário que a Polícia esteja nos locais adjacentes, principalmente na rua Francisco Martins. Um ex-aluno que passava pelo local disse ter estudado por mais de dez anos ali e nunca ter visto uma situação como essa. “As coisas sempre aconteciam no entorno, mas nunca atingiram a escola.”

Os funcionários lamentam a situação e temem perder muitos alunos, vários já pediram transferência para outros colégios, com medo de voltar à escola. Alguns professores não compareceram mais no colégio após a suspensão das aulas e nenhum membro do corpo docente quis se identificar. “Se eu der meu nome, eu não trabalho mais aqui”, disse uma mulher.

A mãe de um aluno que mora perto da escola disse que os confrontos entre criminosos são frequentes no bairro, mas nunca próximos do colégio, como tem acontecido. Ela conta que está tentando pedir a transferência do filho para outra escola. “Eu vi os tiros, é bala para todos os lados. Como você vai saber se teu filho está bem na sala de aula. Eu pedi desesperada para que as aulas fossem suspensas, porque a vida do meu filho é mais importante”, lamentou a mulher, que diz não se sentir segura também para que seu filho faça o trajeto até a escola.


Um patrulhamento da BM mais ostensivo na área deixaria a mulher mais segura. “Um vigilante na entrada não adiantaria, tem que ser no entorno. Não são poucos tiros, são muitos, é desesperador. Eles falam que não é uma guerra, mas os caras estão de fuzil, eu só vejo fuzil em guerra. Minha casa é de madeira, para entrar um tiro aqui é fácil”, disse.

A Patrulha Escolar da BM também esteve na reunião e disse que seus serviços não foram solicitados pelos responsáveis da escola, mas os policiais militares se colocaram à disposição para atender o colégio. Outras escolas, estas municipais, nos bairros Mario Quintana, na zona Norte, e Cristal, na zona Sul, também suspenderam as atividades no turno da noite, temendo os tiroteios. 


Correio do Povo


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