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domingo, 10 de abril de 2022

Sergio Moro diz que segue “à disposição” da terceira via, mas que candidatura depende do partido

 


O ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) afirmou, no sábado (9), que seu nome segue à disposição para a candidatura presidencial da chamada “terceira via”. Ele exaltou que as pesquisas de intenção de votos o apontavam em terceiro lugar antes de sua saída do Podemos e afirmou que, portanto, tem uma “participação importante” no cenário do centro. “É extremamente importante que o candidato do centro seja competitivo”, disse, participando de painel da Brazil Conference.

Desde que migrou para o União Brasil, no fim de março, a pré-candidatura de Moro à Presidência está em “modo de espera”. Oficialmente, o ex-juiz não faz mais parte da relação de presidenciáveis, mas ele afirma não estar completamente fora da disputa. No sábado, ele reforçou que, de sua parte, quem tem o poder de decisão é o presidente da legenda, Luciano Bivar. Seu partido articula com o PSDB, de João Doria, e o MDB, de Simone Tebet, um consenso em torno de um único nome para representar o centro na corrida presidencial.

“Acho que, na formação desse centro democrático, eu tenho uma participação importante. Agora, isso vai depender, evidentemente, da discussão dos partidos entre eles e nas discussões internas do partido. No meu caso em especial, quem está discutindo essa questão é o presidente do União Brasil Luciano Bivar”, disse.

Durante sua participação no evento, Moro voltou a exaltar seu trabalho durante a Operação Lava Jato, que condenou à prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre outros políticos. Em determinado momento, ele foi confrontado pelo advogado Augusto de Arruda Botelho, ligado ao Grupo Prerrogativas e crítico à força-tarefa, sobre suas mensagens vazadas com o ex-procurador Deltan Dallagnol.

O ex-juiz argumentou que as mensagens não são suficientes para inferir que houve inocentes incriminados pela operação e que elas não revelam conluio entre juiz, procuradores e advogados, já que, segundo ele, é comum, na tradição jurídica brasileira, que os detentores desses cargos conversem. “Não existe um caso de inocente que foi condenado na Lava-Jato indevidamente com base em prova fraudada ou prova que foi ocultada, ninguém”, afirmou.

O Sul

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