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quarta-feira, 6 de abril de 2022

Rússia bombardeia cidades-chave na Ucrânia e Ocidente prepara novas sanções

 


O Exército russo atacou cidades importantes na Ucrânia nesta quarta-feira (06), enquanto o presidente Volodmir Zelensky cobrou ao Ocidente novas sanções contra a Rússia em resposta aos assassinatos de civis, vistos como crimes de guerra.

Os ataques foram feitos nas regiões de Mikolaiv, Dnipropetrovsk e Luhansk, no sul e no leste da Ucrânia, contra depósitos de combustíveis que serviam para abastecer as forças ucranianas. Pelo menos uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas, dizem as autoridades.

Além desses ataques, militares ucranianos afirmaram que interceptaram dois mísseis russos próximos a cidade de Lviv, no leste. A cidade de Kharkiv, no nordeste, a segunda maior do país, também continua sob ataque, disse o governador da região.

Com exceção de Kharkiv, todas as cidades atacadas nas últimas horas ficam localizadas em regiões próximas a Donbas, onde a Rússia passou a focar as ofensivas após tentativas fracassadas de tomar o poder de Kiev. As tropas terrestres se aproximam da região, e a Ucrânia afirma que se prepara para os ataques. Autoridades da região de Luhansk pediram nesta quarta-feira que os moradores saiam “enquanto é seguro”.

Em paralelo, o cenário de guerra em outras regiões começa a ser revelado com a saída das tropas russas – como a descoberta de mais de 400 civis mortos em Bucha, subúrbio de Kiev.

O presidente Volodmir Zelensky afirmou que civis foram torturados, baleados na nuca, derrubados em poços, explodidos com granadas e esmagados por tanques enquanto estavam em carros. Nesta terça-feira (05), ele afirmou ao CS (Conselho de Segurança) da ONU que os responsáveis devem ser acusados de crimes de guerra diante de um tribunal como o estabelecido em Nuremberg na 2ª Guerra para julgar os nazistas.

Moscou, que se refere ao conflito como uma “operação militar especial” destinada a desmilitarizar a Ucrânia, negou que alvejasse civis no país e classificou as evidências apresentadas como uma falsificação encenada pelo Ocidente para tirar a credibilidade da Rússia.

As descobertas de civis mortos levou o presidente ucraniano a cobrar novas sanções do Ocidente “de forma mais rígida”. “Quando estamos ouvindo uma nova retórica sobre sanções (…) não posso tolerar nenhuma indecisão depois de tudo o que as tropas russas fizeram”, disse Zelensky a parlamentares irlandeses em uma videochamada.

Até o momento, a resposta do Ocidente foi expulsar dezenas de diplomatas de Moscou, mas mais sanções devem ser lançadas nesta quarta-feira após reuniões da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), do G-7 e de diplomatas da UE (União Europeia).

As medidas incluirão a proibição de todos os novos investimentos na Rússia, segundo afirmou um alto funcionário do governo dos EUA, sob condição de anonimato para discutir o próximo anúncio.

Enquanto isso, o poder executivo da UE propôs a proibição das importações de carvão da Rússia, no valor estimado de 4 bilhões de euros (US$ 4,4 bilhões) por ano. Seria a primeira vez que o bloco de 27 nações sancionaria a indústria de energia russa durante a guerra, embora possa parar de cortar as exportações de petróleo e gás da Rússia para a Europa.

O Sul

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