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domingo, 10 de abril de 2022

Pela primeira vez, Michelle Bolsonaro acompanhou o presidente em visita ao Rio Grande do Sul

 


Ao longo de boa parte de seu périplo por três cidades gaúchas nesta sexta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro fez questão de ter ao seu lado a mulher, Michelle, em visita até então inédita da primeira-dama ao Estado. Trata-se, segundo analistas políticos, de uma das estratégias do mandatário para melhorar a sua imagem, em um ano no qual ele tentará a reeleição.

Em alguns momentos de seus discursos, o chefe do Executivo enalteceu a presença da esposa e passou a palavra a ela, gesto não muito comum em viagens anteriores. Durante cerimônia em Bagé, ele inclusive mencionou o fato de essa ser uma das primeiras ocasiões que a esposa o acompanhou em viagem fora de Brasília desde que o casal passou a ocupar o Palácio do Planalto.

Ele também adiantou que Michelle o acompanhará em outras agendas pelo País. “Com toda certeza, com toda certeza! Porque isso realmente abrilhanta o evento e nos traz até mais tranquilidade”, falou ao microfone, sob sorrisos da primeira-dama e aplausos de apoiadores – e apoiadoras.

Com a palavra, Michelle

Jair Bolsonaro cedeu a palavra a Michelle, dizendo que queria testar sua “oratória”. A primeira-dama fez uma breve fala, encerrada com o mote da campanha de Bolsonaro em 2018:

“Boa tarde a todos. Agradecer o carinho, agradecer o apoio de todos. Prefeito, muito obrigada. É sempre muito bom participar de entregas como essa, que traz dignidade e cidadania pro nosso povo. Muito obrigada pelo carinho, pelas orações, pelo apoio. E Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

Suavização da imagem

“Michelle é considerada pelo comitê de campanha como um ativo eleitoral valioso, especialmente porque Bolsonaro ainda enfrente rejeição considerável junto ao eleitorado feminino”, pondera um especialista ouvido pelo jornal “O Globo”.

Pesquisas qualitativas feitas pelo PL mostraram que a primeira-dama pode ajudar a suavizar a imagem de Bolsonaro frente às mulheres e, na expressão dos próprios bolsonaristas, mostrar que ele não é “o monstro que se pinta por aí”.

No entorno de Bolsonaro, Michelle também é vista como uma pessoa capaz de se conectar com “a mulher real” das regiões mais carentes e distantes do país, que são ao mesmo tempo o eleitorado que Bolsonaro precisa conquistar e o público-alvo do programa.

Fontes próximas à articulação política de Bolsonaro relatam que foi preciso “dobrar” Bolsonaro em relação a uma presença mais ostensiva da esposa ao seu lado em eventos públicos. Dentre as explicações para tal resistência variam conforme o interlocutor.

Enquanto alguns citam o fato de Bolsonaro não se sentir muito confortável em ceder protagonismo à primeira-dama, outros garantem que há outro motivo: ele não quer “forçar a barra”, temendo que a participação de sua mulher nessas ocasiões pareça algo imposto.

O Sul

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