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domingo, 17 de abril de 2022

Pais fazem esforço e surpreendem lojistas de Porto Alegre na Páscoa

 Rede de supermercados prevê aumento de até 10% na venda de ovos de chocolate



“Temos que fazer um pouco de sacrifício e manter nossas crianças ainda crianças”. A afirmação é da cozinheira Evandra de Quadros, 44. Apesar da elevação dos preços dos ovos de Páscoa e de opções mais baratas, como barras de chocolate e caixas de bombons, ela insistiu na primeira opção para presentear a filha, de 7 anos de idade. O esforço da mãe para levar o tradicional ovo de chocolate é baseado no simbolismo. “Pela mensagem da Páscoa. A criança ainda acredita em coelhinho”, disse. A compra, feita na véspera, em um supermercado na Capital, não se deve à falta de tempo. Evandra esperou entrar o salário para realizar a aquisição.

O pintor Luis Santos, 34, e a dona de casa Cláudia Rodrigues, 34, têm quatro filhas. Eles garantiram um ovo de chocolate para cada uma, além de comprar complementos como bombons. “Elas gostam. Tem que ter ovo, do contrário não tem graça”, afirmou Luis, na saída de uma loja de departamentos. “Sem o ovinho não é Páscoa. É um esforço que a gente faz e elas ficam felizes da vida”, completou Cláudia. O casal tem gêmeas de 5 anos de idade e outras duas filhas de 11 e 9. O pai frisa que todas ganharão presentes iguais “para não ter briga”.

A Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), prevê que no Estado o volume de vendas desse tipo de produto seja inferior ao ano passado. Conforme os supermercadistas, a venda regular para a data festiva girava em torno de 8 milhões de ovos de chocolate, devendo em 2022 atingir o máximo de 6 milhões de unidades, muito por conta de um aumento de até 15% no preço. No entanto, circulando por Porto Alegre, foi possível constatar que o “sacrifício” e “esforço” descrito pelos pais se confirma na prática.

Gerente de marketing de uma rede de supermercados composta por dez unidades, Leandro Brunetto, 39, diz que a procura pelo item foi de 6% a 10% superior ao ano passado. “O ovo é mais uma questão de presente para as crianças, tendo os outros chocolates como complemento. É o que a criança espera encontrar na cesta de Páscoa”, explica. Ele diz que pela liberação maior de circulação de clientes, a compra dos chocolates foi antecipada, tendo uma procura menor na véspera.

“Fizemos uma compra baseada no ano passado. Na quinta-feira, praticamente já não tínhamos ovos em nossas lojas. Vendeu muito bem. As pessoas levam em média de dois a três ovos”, diz. Ele conta que a rede concentrou o que sobrou nas lojas menores na matriz, localizada próximo ao Camelódromo, devido ao maior movimento. Mesmo assim, o montante não completava a chamada “parreira” onde ficam expostos. Segundo ele, o ticket médio do ovo de chocolate é de R$ 70 e os mais procurados foram aqueles com brinquedo em seu interior.

Houve ainda quem buscasse as lojas especializadas. Em duas delas, na região central, o movimento era intenso. “Optei para fazer a compra na véspera. Não sabia ainda quem presentearia, pois esse ano serão só algumas pessoas específicas”, diz a corretora de imóveis Aline Jorge, 29, que saia de uma das lojas, na rua Uruguai. “Pela qualidade, comparado aos de outras marcas do mercado, o preço está legal. Fui em três lojas até encontrar o que procurava”, conta. 

Eduardo Meneghetti, 38, franqueado há 16 anos da rede de chocolates, afirma que o movimento nitidamente aumentou. O faturamento bruto, em uma das unidades da qual é franqueado, subiu 41,17%.

Correio do Povo


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