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segunda-feira, 18 de abril de 2022

Inflação aumenta risco de recessão global, mas analistas dizem que mundo ainda pode evitá-la

 


A maior escalada da inflação em décadas e a corrida dos bancos centrais dos países para aumentar as taxas de juros estão alimentando temores de recessão nos mercados financeiros de todo o mundo. As preocupações são agravadas pelo impacto dos bloqueios agressivos na circulação de pessoas por causa do coronavírus na China e da guerra na Ucrânia.

Somente na última semana, os Estados Unidos e o Reino Unido registraram a maior aceleração da inflação desde o início da década de 1980, e os bancos centrais do Canadá e da Nova Zelândia forneceram um modelo para outros bancos no mundo como o Federal Reserve dos Estados Unidos, elevando as taxas em 50 pontos base pela primeira vez em 22 anos.

O Bank of America informou que os gestores de fundos se mostraram pessimistas com as perspectivas de crescimento, e o JPMorgan Chase aumentou suas reservas para se proteger contra uma deterioração econômica.

Enquanto isso, nações como Sri Lanka e Paquistão mergulharam em crises econômicas. As Nações Unidas alertaram sobre uma “tempestade perfeita” para os países em desenvolvimento com o aumento dos preços das commoditie. A Organização Mundial do Comércio cortou suas perspectivas para o avanço do comércio global.

É nesse cenário que os formuladores de políticas vão a Washington, capital dos EUA, esta semana para reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

O FMI já prevê que a guerra na Ucrânia provoque uma redução na previsão para o crescimento de 143 economias este ano, que, juntas, respondem por 86% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas) global.

“Estamos enfrentando uma crise em cima de uma crise”, disse a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.

Amenizando perdas

Mas também há razões para pensar que a resiliência, com estagflação em vez de uma recessão global, pode estar na ordem do dia, pelo menos para as nações ricas.

Graças aos estímulos durante os meses mais críticos da pandemia, as famílias nos mercados desenvolvidos ainda têm de 11% a 14% da renda em poupança, de acordo com uma análise do JPMorgan Chase.

A alavancagem está em mínimos de várias décadas e a renda está avançando a uma taxa anual de cerca de 7% em meio ao aperto dos mercados de trabalho. Nos EUA, relatórios da semana passada sobre vendas no varejo e o sentimento do consumidor ofereceram esperança de que todos os consumidores não recuassem, apesar dos choques de preços.

“Vejo mais razões para a economia global desacelerar do que para acelerar novamente”, diz Stephen Jen, que administra a Eurizon SLJ Capital, um fundo de hedge e consultoria em Londres.

Ele continua: “No entanto, se entrará em recessão é uma história totalmente diferente, simplesmente porque a redução da covid-19 em todo o mundo deve desencadear uma enorme demanda reprimida, ajudando a compensar boa parte dos ventos contrários”.

O Sul

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