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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Autoridade da União Europeia promete novas sanções contra a Rússia após imagens de civis mortos

 


O presidente do Conselho Europeu da União Europeia, Charles Michel, prometeu novas sanções contra a Rússia no domingo (3), depois que imagens chocantes surgiram de 20 cadáveres de civis espalhados pelo chão na cidade de Bucha, a noroeste de Kiev, na Ucrânia.

As imagens foram publicadas pela AFP no sábado (2), depois que jornalistas acessaram a área após a retirada das forças russas.

“Chocado com imagens assustadoras de atrocidades cometidas pelo exército russo na região libertada de Kiev #MassacredeBucha”, escreveu Michel no Twitter. “A UE está ajudando a Ucrânia e ONGs na coleta de provas necessárias para processos em tribunais internacionais. Mais sanções e apoio da UE estão a caminho.”

Enquanto isso, Josep Borrell, alto representante da União Europeia, tuitou: “Parabenizo a Ucrânia pela libertação da maior parte da região de Kiev“.

“Chocado com as notícias das atrocidades cometidas pelas forças russas. A UE ajuda a Ucrânia a documentar crimes de guerra. Todos os casos devem ser investigados, nomeadamente pelo Tribunal Internacional de Justiça”, acrescentou Borrell. “A UE continuará a apoiar fortemente a Ucrânia”.

Retomada

Depois de quase um mês de ocupação russa, a Ucrânia recuperou o controle de toda a região de Kiev, segundo autoridades do país invadido. As imagens da capital e das cidades próximas mostram uma terra arrasada. Escombros por todas as partes e, de acordo com relatos da agência de notícias France Presse, dezenas de cadáveres espalhados, o que foi testemunhado em Bucha, 30 km a noroeste.

Assim como haviam anunciado há alguns dias, as forças russas decidiram concentrar os esforços no leste e no sul da Ucrânia, reduzindo a presença nas regiões de Kiev e Chernihiv, ao norte, em consequência da tentativa fracassada de tomar a capital e os arredores. Cinco semanas após a ofensiva do presidente Vladimir Putin, a Cruz Vermelha ainda tentava, ontem, organizar a retirada de milhares de pessoas presas em Mariupol, cidade portuária no Mar de Azov, sem água, comida e eletricidade.

A saída das tropas russas da região de Kiev não significa um retrocesso de Moscou, contudo. Segundo o conselheiro presidencial ucraniano, Mikhailo Podoliak, com a mudança de tática, Putin quer “manter o controle de vastos territórios ocupados no leste e no sul e ganhar uma base poderosa lá”.

Execução

Em Bucha, Irpin, Gostomel e no restante da região de Kiev, o rastro de destruição é evidente. Na primeira, corpos de pelo menos 20 pessoas em trajes civis foram espalhados em uma única rua da cidade, disseram repórteres da France Presse. Um dos cadáveres estava com as mãos amarradas atrás das costas, um indicativo de execução.

Segundo o prefeito de Bucha, Anatoly Fedoruk, “todas essas pessoas foram mortas com um tiro na nuca”. O governante afirmou que 280 pessoas tiveram que ser enterradas em valas comuns, pois era impossível fazê-lo em cemitérios, dentro do alcance do bombardeio russo.

Ontem, o principal negociador ucraniano, David Arakhamia, garantiu que Moscou aceitou “oralmente” as principais propostas ucranianas e que aguarda uma confirmação escrita. Também informou que as negociações para encerrar o conflito haviam progredido.

Em um vídeo, o presidente ucraniano voltou a insistir no apelo para que o Ocidente forneça mais apoio militar ao país. “Deem-nos mísseis, aviões”, implorou Zelensky na rede de TV Fox. “Vocês não podem nos dar caças F-18 ou F-19 ou o que vocês têm? Deem-nos aviões soviéticos velhos. Isso é tudo. Deem-me algo para defender meu país.”

O Pentágono anunciou que destinará US$300 milhões em “ajuda de segurança” para fortalecer a defesa da Ucrânia, além do US$ 1,6 bilhão que Washington já ofereceu desde o início da invasão russa. O pacote inclui sistemas de foguetes guiados a laser, drones, munições, aparelhos de visão noturna, sistemas de comunicação tática, equipamentos médicos e peças de reposição.

O Sul

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