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terça-feira, 22 de março de 2022

Grupo do MDB vai pedir alteração na forma de escolha do pré-candidato

 Lideranças discutiram o assunto hoje e seguirão amanhã



Lideranças do MDB gaúcho que defendem que a escolha do pré-candidato do partido ao governo do Estado seja feita por um colégio mais amplo que o do diretório, e que internamente se opõem à indicação do deputado estadual Gabriel Souza, deram início ontem a um movimento. A ação tentará reverter a decisão da executiva partidária que, na última sexta, em votação, estabeleceu que o diretório decidirá o nome no próximo domingo, dia 27.

As lideranças partidárias que tentam reverter a decisão da executiva organizaram um almoço na casa do empresário e 2º tesoureiro na executiva estadual, Luis Roberto Ponte. No cardápio, a discussão de uma estratégia. Entre os participantes estavam o deputado federal Alceu Moreira, que disputa a indicação com Gabriel Souza, o prefeito da Capital, Sebastião Melo, o deputado federal Osmar Terra, o estadual Tiago Simon, o vereador Idenir Cecchim, o secretário de Planejamento municipal, Cezar Schirmer, o ex-governador Germano Rigotto e os ex-prefeitos José Fogaça, de Porto Alegre, e Marco Alba, de Gravataí.

No encontro, foi formatado o esqueleto de uma moção a ser encaminhada para a executiva estadual, solicitando o reexame da decisão de sexta e o pedido para que, ao invés de decidir pelo diretório, o partido marque uma pré-convenção para o início do mês de abril e escolha o nome. O grupo se reúne novamente nesta terça-feira, e vai investir no peso da representatividade dos signatários do documento, que fará diferentes referências ao estatuto do partido.

Ainda antes do almoço, Schirmer, que vem sendo apontado pelo grupo de oposição a Gabriel como uma alternativa de terceiro nome dentro do partido, se manifestou, dando o tom da estratégia que se consolidou mais tarde. “O diretório não tem essa competência, de escolher pré-candidato. É totalmente ilegítimo isso. A atribuição é da convenção. O MDB existe há mais de 60 anos. Nunca, em nenhum momento da história do MDB, foi o diretório que escolheu. Que se faça uma convenção, uma pré-convenção ou uma prévia. Porque, da forma que está, não importa quem ganha. É ilegítimo.”

O departamento jurídico do MDB estadual, por sua vez, informou que a definição de pré-candidatos ao governo já aconteceu de diferentes formas, e sempre em eventos anteriores à convenção. “Naturalmente”, quando a maioria de uma liderança é tão ampla que seu nome recebe uma espécie de aclamação, como ocorreu na tentativa de reeleição de José Ivo Sartori, em 2018. Por prévia, como quando Sartori disputou a primeira indicação, em 2014, com Paulo Ziulkoski. Ou por escolha do diretório, como quando Germano Rigotto foi candidato.

Correio do Povo

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